Livro: Um Homem Invencível Página 2

... t National como alvo. Existiam na cidade pelo menos uma dúzia de ins¬tituições financeiras com sistemas de segurança mais frá-geis que o do banco. Burke atravessou a calçada e passou pelo suspeito. Uma rápida olhada no perfil sombreado pela aba do cha¬péu deixou-o indignado. Agora não tinha mais dúvida de que Pickman se juntara aos que acreditavam praticar um assalto bem-sucedido ao First National. Burke sacou seu revólver do coldre e apontou para ele. — Encoste as mãos no vidro. — O que está havendo?! Burke aproximou-se e falou por entre os dentes: — Sei quem você é. Se quer ver o sol nascer amanhã, não faça nenhum movimento brusco. — Não atire! Não atire! Está cometendo um erro! — Tem razão. — Burke engatilhou. — Enfie a mão no bolso e tire a arma pelo cano. — Eu não tenho nenhuma… Ele apertou o cano da .45 sob o braço do homem. — Faça o que mandei. Praguejando, o bandido enfiou a mão no bolso por baixo da capa. Quando tirou, Burke levou um susto. Arrancou rápido o cartucho de dinamite da mão trêmula de Pickman. — Agora vamos dar um passeio… Lá dentro. — Lá dentro?! Não vai me entregar ao xerife? — Claro que sim, mas só depois que me responder a algumas perguntas. — Não vou responder nada. Burke empurrou o homem pela porta adentro. — Ande! Pickman tropeçou e quase deu com o nariz na porta. Burke apossou-se da dinamite, e mantinha a arma en¬costada, com discrição e com firmeza, nos rins do prisio¬neiro. E assim eles cruzaram as portas de vidro, um atrás do outro. O caixa mais próximo cumprimentou-o por cima da senhora que estava atendendo: — Bom dia, sr. Youngblood. — Bom dia, Jamison. Burke continuou na direção aos clientes, que aguardavam em cinco filas pequenas. Se maus elementos como Pickman continuassem vendo seu estabelecimento como fonte de apro¬priação indébita, o First National logo ficaria vazio. “E sem meu trabalho, eu me tornarei vazio.” ...

ssa idéia assustou-o. Desde quando pensava em si como uma extensão dos bancos que possuía? — Suba a escada — Burke ordenou. — Estou indo. Não empurre. Quando chegaram, Pickman estava suando e arfando. — Devagar, não sei para que tanta pressa. Burke abriu a porta de sua sala e empurrou o sujeito para dentro. — É bom poupar o pouco fôlego que ainda lhe resta. Porém, ficou surpreso ao ver que tinha visita. Seu ami¬go Gideon Cade estava muito à vontade em uma das poltronas diante da mesa, e se levantou ao avistar Pappy. Burke obrigou Pickman a acomodar-se na outra poltrona. — Sente-se! — Tudo bem, tudo bem… — É agora que devo puxar a corda, Burke? — Se Pappy estiver disposto a falar, Gideon, não será preciso recorrer à força. — Quem é ele, afinal? — Permita-me apresentar-lhe Pappy Pickman. Um ladrão de bancos da pior espécie que estava pensando em entrar no First National para apropriar-se de nosso dinheiro. — Você não pode provar — o homem resmungou. — Com sua cabeça a prêmio, não tenho de provar nada. Tire a foto de Pappy da parede, Gideon. É a terceira da esquerda para a direita, na quarta fileira. Burke continuou de olho em Pickman. Gideon aproximou-se dos pôsteres. — Estes facínoras nunca me incomodaram, mas agora estou vendo para que servem as fotos. Para que você os reconheça de longe. — Mais ou menos. — Burke apontou a arma para Pappy, que transpirava por todos os poros. — Antes de entregá-Io ao xerife Donner, quero que me responda uma coisa. — Por quê? O que ganho com isso? Burke deu de ombros. — Continuar vivo é uma boa razão? — Burke viu o pomo¬-de-adão de Pickman subir e descer no pescoço barbado. — Você está blefando. Nenhum banqueiro almofadinha mata alguém a sangue-frio. — Eu não contaria com isso. O medo fez Pappy se calar. Em seguida tentou de novo: — Não sei por que fica tão irritado. Tem muito di¬nheiro, não ia sentir falta do p ...

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