Livro: Um homem inesquecível
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... Scanlin\\\'s Law Susan Amarillas Ele era a sua única esperança! Califórnia, 1880. Rebecca Tinsdale estava desesperada: seu filho fora seqüestrado! O xerife Luke Scanlin era o único que podia salvar a criança das mãos dos bandidos. Mas como confiar nesse homem, se ele já arruinara a vida de Rebecca? No passado, Luke desperdiçara sua chance de ser feliz. Agora, porém, não deixaria Rebecca escapar. Ela lhe pertencia. para sempre. Digitalização: Cris 18 Revisão: Aliane PROJETO REVISORAS CAPÍTULO 1 Luke Scanlin apeou do cavalo e enrolou as rédeas no anel de metal liso que saia da barra grossa de ferro e madeira, onde se amarravam os animais. Nuvens escuras e ameaçadoras, anunciando tempestade, vagavam pelo céu. Gotas de chuva respingavam em seu rosto. O cabelo, molhado, estava colado ao pescoço. Ele tremeu, mais por reflexo do que por causa do frio. E não pode evitar uma dúvida: como seria sua vida em San Francisco? Três dias. Já estava na cidade há três dias, e a chuva o perseguira desde que descera do trem, vindo de Cheyenne. Agora, tornava a cair. Diabos, pelo jeito nunca mais ir parar de chover! Olhou para a casa dela, um pouco mais a frente, e concluiu que lembrava uma fortaleza medieval. Era cinzenta, e intimidadora, como um castelo antigo. Com seus três andares, mostrava-se tão imponente e impressionante quanto as demais mansões que circundavam a rua Califórnia. Um sorriso malicioso desenhou-se em sua boca. Uma princesa precisava realmente de um castelo. Mas, se ela era uma princesa, então o que ele era? Luke Scanlin podia ser tudo, mas com certeza ninguém se atreveria a chamá-lo de príncipe. A chuva aumentou, escorrendo pelo chapéu de brim e alcançando-lhe o pescoço. — Droga — ele murmurou enquanto sacudia o colarinho manchado de barro. Estava com frio, molhado e desarrumado. Mesmo assim parou em frente a casa e ficou olhando para ela. A mão descansou na barra, dois dedos em vol ...

a do ferro gelado, segurando as rédeas de couro. Tivera que montar, cavalgar e desmontar umas cem vezes nos últimos sessenta minutos. Seus músculos estavam tensos, doloridos. Decidiu que era melhor dar meia volta e sair dali. Chegou a virar-se, mas parou em seguida. Achou a situação patética. Ali estava ele, como um colegial, com medo de entrar e vê-la. mas afinal, a atitude era compreensível. Aquela não era uma mulher comum. Tratava-se da mulher que amava. O irônico era que, quando Luke a deixara, oito anos atrás, estava certo de ter tomado a decisão correta. Não fazia idéia, na época, que passaria todo esse tempo pensando nela. A brisa trazia o cheiro da água salgada da baía e a chuva se intensificava, ensopando a calça de lã preta e a bota de couro coberta de lama. Carvalhos sussurravam ao sabor do vento, jogando suas ultimas folhas douradas ao longo da rua. A seu lado, o cavalo relinchou, protestando contra o fato de ser obrigado a ficar debaixo da tempestade. — Quieto, Scoundrel. Agüente mais um pouco. Luke bateu de leve no lombo do animal e olhou para a casa outra vez. Bem, o que pode acontecer? Acaso você pretende ficar aqui parado o dia inteiro?, perguntou-se. Suspirou. O que diria a ela depois de todos aqueles anos? Estava, pura e simplesmente, procurando problemas. Mas problemas eram coisas das quais Luke nunca conseguia se livrar. Na verdade, concluiu, os problemas já tinham se tornado parte de sua vida. Para ser sincero, considerava-os velhos amigos. Por isso, não havia o que temer, certo? Certo, refletiu, e começou a caminhar na direção da casa. Rebecca Parker Tinsdale andava de um lado a outro da sala. Estava assim desde pouco antes das nove da manhã, quando chegara. O som distante dos trovões a acompanhara o tempo todo. Meio encobertos pelas nuvens, alguns raios de sol tingiam as paredes brancas de um tom amarelo-acinzentado, e a pesada mobília de mogno, com seu estilo rococó, só intensificava o sentime ...

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