Livro: Um Cavalheiro Perigoso Página 2
Autor - Fonte: Julia London
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ebatido pelo outro insistentemente, de que Rothembow estava fazendo trapaças com tanto descaramento que era evidente que buscava chamar atenção. uns quantos alegaram que Rothembow estava muito bêbado para saber o que fazia, o que foi provado pelo fato de ter chamado Albright de covarde. De todos os homens, o conde do Albright era o último a quem podiam chamar de covarde, e além disso, o que poderia ter feito Albright? Dificilmente um homem deixa que se insulte sua pessoa sem vingar sua honra. Nenhum dos participantes podia culpar ao Albright por aceitar a provocação a duelo do bêbado Rothembow.
Tampouco nenhum podia acreditar que os dois homens tivessem seguido até o fim. Assim, a opinião coletiva era que, à margem dos motivos que levaram ao Rothembow e Albright a enfrentar-se no campo de trigo, este último não teve alternativa. E sim que fez o honroso disparando ao ar; Rothembow, que seguia bêbado perdido essa manhã, respondeu lhe disparando ao corpo (falta tão enorme que os homens se estremeciam cada vez que o recordavam) e errou o tiro. Entretanto, isso não foi nada comparado com o que fez depois, e os participantes tinham as mesmas opiniões a respeito da culpabilidade de lorde Fitzhugh.
Tendo comprado recentemente uma formosa pistola alemã de dois canhões com incrustações de madrepérola, lorde Fitzhugh sentiu a necessidade de levá-la em sua nova capa de pele durante todo o fim de semana, não tinha como saber que seu grupo seria atacado por ladrões ou outro tipo de foragidos. Tão crédulo se sentia com sua nova pistola que adquiriu o costume de levar a capa amassada de modo que a arma ficasse à vista. E assim era como a levava quando Rothembow a tirou da capa; agarrou a pistola, preparada para qualquer emergência, naturalmente, e disparou pela segunda vez em Albright, com a clara intenção de matá-lo. Albright teve que defender-se, e muitos estavam de acordo em que foi um condenado milagre que alcançasse a tirar sua pistola e di
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parar antes que seu primo o abatesse com um terceiro disparo. Fitzhugh foi o descuidado e Rothembow o covarde, embora um do grupo fez notar que a loucura refletida nos olhos do Rothembow sugeria que talvez fosse mais que covarde.
Isso deu pé a outras alegações por escrito a respeito das intenções de Rothembow o que teria levado que Albright o matasse. Não era nenhum segredo no grupo que Rothembow estava até o pescoço de dívidas, tendo dilapidado sua fortuna e sua vida entre o excesso de álcool e as mulheres de Lady Farantino. Dava a impressão de estar empenhado em sua própria destruição. em que pese a isso, para eles era inconcebível que um homem estivesse tão desesperado por acabar com sua vida que recorresse a medidas tão extremas. Inconcebível, mas pelo visto, possível.
Nesse momento, junto à tumba, todos os que tinham ido presenciar o incrível final de sua partida de caça no campo observavam dissimuladamente Albright e a seus amigos por debaixo das asas de seus chapéus, enquanto o padre recitava monotonamente:
«Conhece nesta morte a luz de nosso Senhor.».
Os Libertinos de Regent Street (Adrian Spence, Phillip Rothembow, Arthur Christian e Julian Dane) eram os ídolos de todos os homens da aristocracia. De fato, a última discussão que surgiu por cima do bulício do pub foi como se conheceram os quatro amigos de infância e como ganharam o afamado apelido. Ninguém o recordava exatamente, mas todos coincidiram em que o apelido tinha sido ganho honestamente. Conheceram-se no Eton, e já então adquiriram o apelido de meninos malvados. Mas o apelido, propriamente dito, surgiu uns anos atrás, começaram a aparecer seus nomes com alarmante freqüência no Teme. Os Libertinos eram muito conhecidos por romper o coração das recatadas jovens que se apresentavam em sociedade durante a temporada e ocupavam o dia em passear-se pelo Regent Street visitando lojas. Capazes de enfeitiçar às damas e a suas mães por completo, também eram inex ...
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