Livro: Rivais no Pecado
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... Mother of the bride Carole Mortimer Jack era um homem inconstante e cheio de mistérios "Helen, querida, quero-a novamente em meus braços, ainda que só mais uma vez." Ao sair para a noite escura de junho, Helen refletia exasperada sobre as palavras ditas por Jack num tom morno e sensual. Quem ele pensava que era para mantê-la presa a um ridículo acordo de casamento? Ele nunca a amara! Queria poder livrar-se deste amor escravo que lhe mentia e enganava, mas a fazia arder de desejo a um simples olhar. Digitalização: Lerinha Silva Revisão: Mare Copyright © 1992 by Carole Mortimer Publicado originalmente em 1992 pela Mills & Boon Ltd., Londres, Inglaterra Título original: Mother of the bride Tradução: Shirley Gomes Copyright para a língua portuguesa: 1993 Esta obra foi composta na Editora Nova Cultural Ltda. Impressão e acabamento: Gráfica Círculo CAPÍTULO I O noivado dos jovens Greg Neilson, filho do Dr. Jack Neilson, e Nicole Palmer, filha da Sra. Helen Palmer, é com grande alegria anunciado. Helen tomava o café da manhã e se engasgou com o suco de laranja ao ler a nota publicada no principal jornal de Londres. Nicole e Greg? Aquilo só podia ser uma brincadeira! Não havia a menor chance de. — O que foi Helen? — O homem idoso sentado do outro lado da mesa indagou, franzindo as sobrancelhas. Aparentando tranquilidade, ela dobrou o jornal e levou o guardanapo à boca, sorrindo em seguida para o pai. — Apenas me engasguei. — Sabendo dos problemas cardíacos do pai, não desejava aborrecê-lo com o que devia ser uma brin¬cadeira de mau gosto, com certeza preparada por uma das amigas de Nicole no dia do seu aniversário. Certamente, ele também não a acharia nada engraçada. — Mas que coisa deselegante, Helen! — Ele se levantou para pegar um pano úmido e limpar a mesa. — Céus, isso é suco de laranja e a toalha tem mesmo que ser lavada — Nicole revidou, irritada por ser repreen ...

ida. Porém, diante do olhar magoado que o pai lhe deu, arrependeu-se ime¬diatamente de seu tom brusco. No entanto, tinha de admitir que aquela nota no jornal, por mais absurda que lhe parecesse, a perturbara. — Desculpe-me — ela suspirou e também se levantou. — Preciso ir agora. Recebi encomendas para três casamentos hoje. — Apesar disso, ela começou a tirar a mesa do café com a calma que lhe era característica. — Deixe isso. Eu mesmo tiro a mesa depois que você sair. Ela lhe sorriu com carinho, sentindo-se um pouco culpada por sua reação rude de momentos atrás, e continuou com a tarefa. — Não se esqueça que vamos jantar com Nicole esta noite — Helen, falou enquanto vestia o blazer preto que combinava perfeitamente com a saia de corte reto e com a blusa de gola alta, de um tom de azul tão claro que quase se confundia com seus olhos acinzentados. Seu pai pareceu ofendido diante da insinuação de que estava ficando esquecido, relutante que era em admitir seus setenta e oito anos. — Como se fosse possível esquecer o aniversário de dezoito anos da minha neta! Como se alguém pudesse esquecer! Helen sorriu ao se lembrar da agitação enlouquecedora que tomara conta de Nicole nas úl¬timas semanas, sempre às voltas com o aniversário. Para aquela noite, haviam combinado um jantar íntimo apenas para os três. No dia seguinte, Nicole daria uma festa num hotel para todos os seus amigos. Fora a maneira que encontraram para incluir o avô na comemoração sem submetê-lo à tortura de uma festa barulhenta. Helen se deteve diante do grande espelho do vestíbulo, como fazia todos os dias antes de sair para a floricultura que dirigia no centro da cidade. A compleição delicada e esguia, os cabelos curtos e escuros, os olhos grandes e acinzentados, o nariz levemente arrebitado e os lábios sempre sorridentes, reforçavam a impressão de juventude que ela irradiava. E nem mesmo todas as dificuldades e problemas que enfrentara ao lon ...

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