Livro: Asgard Página 4
Autor - Fonte: Juliana Dalla
...
enhor escamoso,
trazendo consigo uma concha. — Aqui está.
— Ah, obrigado. Já foi informado do ocorrido?
— Sim, e custo a acreditar.
— Quero saber o que está acontecendo. Agora! —
sentenciou Ísis, tentando esconder sob carrancas e gritos o
assombro diante de tantas criaturas estranhas.
O rei ajoelhou-se ao lado da cama em que Ísis estava
sentada.
— Se você me tocar. — ameaçou ela, protegendo
infantilmente o corpo com o fino lençol.
— Beba — pediu Thor, levando a concha às mãos
delicadas de Ísis.
— O que você quer? Que eu beba isso aí, por acaso?
Pode esquecer! — avisou, amarrando a cara ainda mais.
Thor tomou um gole do líquido, mostrando que aquilo
não a faria mal. E, sem saber ao certo o porquê (“Tirando
a fantasia, ele até que é bonitinho.”), Ísis deu um voto de
confiança ao rapaz.
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— Água do mar. — deduziu Ísis.
— Na verdade, água salgada do Rio Olimpo — corrigiu
Thor.
— Você está me entendendo?
— Agora estou. Prazerosamente — derreteu-se o
rei. — Seja bem-vinda a terra dos deuses.
— Deuses?! — Ísis sabia que não estava sob efeito de
substancias alucinógenas, sabia também que aquilo não era
um manicômio ou coisa parecida. — Você é um deus?!
— Sim. Filho de Odin e de Afrodite. E rei deste lugar.
— Odin. Afrodite. Deus da magia. Deusa do amor
— embaralhou Ísis, tentando recordar das coisas que estudou
na escola.
— Pelo visto você sabe mais sobre nós do que nós
sobre você.
O rei fundiu, apaixonado, seu olhar ao da humana.
Poderia ficar por dias assim, se não fosse a chegada barulhenta
de Hermes e do coiote curandeiro.
— Ali está ela! — avisou Hermes ao coiote.
— Aquele é Hermes, nosso mensageiro divino —
apresentou Thor. — E esse é Dakota, o curandeiro do reino.
Veio ver como você está.
— Hmmm. Func, func. Uh-hum. — minuciou
Dakota, focinhando Ísis. — Ela está um pouco fraca. Func,
func. Precisa de comida
...
e descanso.
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Thor pediu a uma das ninfas do palácio que preparasse
uma bandeja com o que havia de melhor na cozinha.
— Thor, precisamos conversar — disse Hermes (e
quando Hermes o chamava pelo nome.). — Em particular.
O rei assentiu com a cabeça.
— Com licença, donzela — pediu Thor.
— Ísis. Meu nome é Ísis — informou, esboçando
um sorriso.
O sorriso estagnou o rei de tal modo que Hermes,
para ser ouvido, teve que puxá-lo pelo braço e arrastá-lo porta
afora.
— O que foi, Hermes?!
— Escute! O feitiço que seu pai jogou sobre o Sul
será quebrado.
— Como é?! Impossível!
— Tão impossível quando a entrada de uma humana
em Asgard, não é? E olhe o resultado! — disse Hermes,
apontando para Ísis. — Ela é a causadora dos problemas.
— Ísis é apenas.
— Uma mulher?
— Sim. Uma mulher.
— Alteza, lembre-se de Pandora! Ela também era
uma simples mulher.
— Foi Hefesto quem criou as pestes e maldades
guardadas na caixa. Pandora apenas as libertou.
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— Ah, entendi. Você está apaixonado pela humana
— incriminou Hermes.
— Não. Não estou. Não mesmo!
— Aqui está, Alteza — interrompeu a ninfa, trazendo
com ela a bandeja carregada de doces e frutas. — Posso servir
a hóspede?
— Não será necessário — disse o rei, pegando a bandeja.
— Eu mesmo a servirei.
— Os olimpianos estão em perigo, Alteza — continuou
Hermes. — É bom agirmos rápido.
— Preciso alimentar Ísis, nobre amigo. Depois.
— Depois resolvemos os problemas do reino. Claro!
— completou Hermes, ironicamente. — Afinal, para um rei
os problemas de seu reino vêm depois das agruras de uma
mulher. Ah, que decepção! Seu pai não faria isso.
— Eu não sou meu pai — respondeu Thor, e pediu a
todos que se retirassem do quarto.
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DIARIAMENTE, TERMINUS CAMINHAVA.
. De um lado a outro da fronteira
olimpiana. Ela tinha centenas de
quilômetros e Terminus fazia o
trajeto a pé — nada de ...
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