Livro: A noiva desejada Página 3

... vos. Não conse¬guia evitar de olhar para o cavalheiro que a encarara um pouco antes. Ele era de uma beleza perturbadora. Logo, porém, disse a si mesma que não tinha interesse nos homens. Eles faziam parte de seu passado. — Sorria, querida — tia Clara pediu. — Finja que está se diver¬tindo. Você é bonita demais para ficar tão imersa em seus pensamen¬tos. Relaxe, pois é hora de voltar à sociedade e encontrar um homem que a mereça. — Tia Clara, a senhora prometeu que não iria tentar me apresentar ninguém. — Assim você me insulta, querida. Estou apenas apresentando minha sobrinha à sociedade. Se os homens de Charleston com alguma qualificação não têm inteligência suficiente para reconhecer uma mu¬lher linda e disponível, que o diabo os carregue! — Tia Clara, e se tio Sydney a ouvir usando expressões tão vul¬gares? — Alexandra comentou sem conter o riso. — Ah! Seu tio foi conversar sobre cavalos e beber com os amigos. Ele não deve voltai- antes da meia-noite. Alexandra olhou ao redor e viu que Robert Thurston, o primo fofoqueiro de Gordon, seu ex-marido, se aproximava. Pelo visto, a notícia de sua volta logo correria até Nova York. — Tente ficar calma, querida. Parece que Robert vai nos dar o desprazer da sua presença. — Está tudo bem, tia. Ele correria para Gordon, e o plano de vingança de Alexandra teria início. — Alexandra, que surpresa! — Robert a cumprimentou. — A últi¬ma vez que a encontrei foi no tribunal. Não sabia que voltaria. — Achou que eu ficaria no exterior para sempre? — Não esperava vê-la por aqui — ele disse. — Soube que seu pai a chamou. Problemas de relacionamento? Alexandra sorriu. Tinha de resistir ao impulso de estrangular o homem ali mesmo na frente de todos. — Foi maravilhoso morar na Inglaterra, mas era hora de regressar aos Estados Unidos. O parente de quem eu estava cuidando faleceu. Como estão Gordon e Júlia? — Ótimos — o rapaz respondeu, constrang ...

do com a mudança de assunto. — Eles têm uma filha, e o banco vai bem. — Que maravilha. Gordon deve estar muito feliz. Afinal, tudo saiu como ele planejou. — Sim. Bem, tenho de voltar para junto dos meus amigos. — Robert olhou ao redor, aflito. — Contarei a Gordon do seu regresso. — Por favor. Sei que em breve nossos caminhos irão se cruzar. Gordon precisa me informar como vão os meus investimentos, já que ele os assumiu. Robert se afastou depressa. Alexandra se sentiu triunfante. Tudo estava se encaixando, e fazia apenas uma semana que retornara. — Lidou com ele de modo formidável, querida — tia Clara elo¬giou. — Foi tão bom que tenha ido à Inglaterra, apesar de eu ter sentido muitas saudades. O tempo fez com que você amadurecesse e se tornasse uma mulher forte. — Sempre fui forte, apesar de ninguém notar. Nem mesmo eu — Alexandra murmurou. Oh, tia Clara, se a senhora soubesse a verdade sobre meu casamento. Mas em breve saberá. E Gordon terá razão em se preocupar com a volta de sua ex-esposa. — Apanhe o programa de dança e finja estar interessada — sugeriu a tia. Alexandra se virou no sofá e notou que o homem que a encarara estava se aproximando sem tirar os olhos azuis dela. Ele parecia se¬guro de sua beleza. Pela primeira vez em anos, Alexandra sentiu um calor percorrer seu corpo. — Sra. LaRoux, que prazer vê-la novamente — Connor cumpri¬mentou Clara. — Sydney finalmente conseguiu controlar a égua que pulava a cerca e atiçava meus garanhões? Ele observou Alexandra por um longo momento, fazendo-a corar. Seu olhar a incomodava. Céus, como ela odiava homens tão seguros de seu poder de atração. — Que vergonha, Connor Manning, mulheres não falam desses assuntos — tia Clara retrucou. — Converse com Sydney sobre aquele cavalo. Estamos esperando um potro para a primavera. — Não me surpreende. — Deixe-me apresentar-lhe minha sobrinha que acaba de voltar da Inglaterra. Connor Manning, est ...

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