Livro: A noiva desejada Página 2

... o anos? — Não é bom ligar para fofocas quando seu nome costuma estar no meio delas. — Tem razão. O pai de Alexandra é James Halsted III. Ela vinha sempre aqui quando criança. — A família Halsted? Do Colonial Bank, de Nova York? — Isso mesmo. — Conte mais — pediu Connor, interessado. — Assim que Alexandra terminou a Escola para Moças de Miss Bloomfield, o pai a casou com Gordon Thurston. A união das duas principais famílias de banqueiros só durou um ano, pois ele pediu o divórcio alegando adultério. A última notícia que ouvi é que ela havia ido para a Inglaterra a fim de cuidar de um parente idoso — o amigo informou. — Divorciada. Linda. É uma combinação que me apetece. — Você não acaba de se livrar de uma enrascada? — Sim. Mas eu só estou apreciando o cardápio para decidir que prato devo provar em seguida — respondeu Connor. — Quando vai parar de punir as mulheres pelo que Georgiana fez e sossegar? Connor deu de ombros e tentou fingir indiferença pelo assunto. Na verdade, ficava tenso sempre que ouvia o nome de seu primeiro amor. — Esse não é o meu objetivo. Eu só me aproximo de mulheres que sabem as regras do jogo. Nada de comprometimento. — Um dia, meu amigo, uma mulher vai lhe ensinar uma lição. Espero estar por perto para ver. — Como você sabe tanto sobre Alexandra Halsted? — Connor perguntou a William. — Minha irmã foi sua colega de quarto na escola. Elas ainda se correspondem. Connor observou a multidão e encontrou a mulher em questão sentada num sofá no canto do salão. Os convidados procuravam evitá-la, como se o divórcio fosse uma doença contagiosa. Alexandra olhou para cima e seus olhos verdes encontraram os de Connor. Finalmente, Alexandra ocultou o rosto com o leque. A combinação de inocência e sedução em sua aparência era perigosa, capaz de in¬cendiar o coração de um homem. — Se ela esquentasse a minha cama, jamais precisaria de outro homem — Connor ...

ensou em voz alta. — Alexandra não olharia duas vezes para você — declarou William. — Ora, por que não? — Você não tem a mesma posição social dela. O pai é dono de metade de Wall Street. Aliás, ouvi dizer que Alexandra recusa qual¬quer homem que tenta se aproximar. Presumo que não queira mais escândalos. Chegam a chamá-la de Princesa do Ártico. — Ah, mas ela ainda não teve a oportunidade de me conhecer — Connor brincou. — Ah, não! Reconheço esse seu olhar. O que vai fazer? — William perguntou. — Vou pedir a Alexandra Halsted que me conceda a honra de uma dança. E então, talvez amanhã, eu a convide para um piquenique em Old Man Middleton. E depois vou. — Não seja tolo — o amigo disse, rindo. — Ela não será mais uma das suas conquistas. — Aposto que dentro de um mês estará na minha cama. — Está bem — William aceitou o desafio. — Quinhentos dólares como não vai conseguir nada. — Joe colocou aquele novo potro à venda — Connor contou. — O dinheiro desta aposta deve cobrir o preço do animal. — Você não está em condições de perder — William lembrou, sorrindo. — Isso não vai acontecer. Alexandra observou o ambiente do salão dos Rutherford, suspirou e desejou poder voltar para a residência de sua tia Clara e ficar longe dos olhares curiosos da sociedade de Charleston. Sentia que as mulheres a evitavam e seus maridos a olhavam, a maioria deles com o intuito de torná-la sua amante. Na Europa, ela pudera viver em paz e tinha a mente ocupada pela idéia de vingança. O chamado do pai para retornar aos Estados Unidos viera em boa hora, já que, em breve, Alexandra se tornaria financeiramente inde¬pendente. Mas em vez de ir a Nova York, tinha ido para Charleston a fim de encontrar os braços acolhedores de tia Clara e tio Sydney. Se o pai queria vê-la, teria de ir ao seu encontro, pois ela não pretendia avisá-lo de seu regresso. Alexandra agitou o leque, tentando acalmar os ner ...

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