Livro: Uma Noite em Cozumel Página 2

... a boca para dizer seu nome, mas pensou melhor. A tentação de viver a liberdade do anonimato era demais. Tantas vezes fora magoado por mulheres que ficaram com ele apenas pelo dinheiro e sobrenome de sua família. Sempre quis saber se uma mulher poderia gostar dele por suas qualidades, e não por toda aquela pompa associada ao sobrenome Winslow. Sentiu um pouco de remorso, mas passou por cima desse sentimento. Se as coisas corressem bem, ele contaria a verdade mais tarde. — Rick Williams — disse. Quatro dias mais tarde, ele estava inteiramente extasiado. Durante o por – do – sol no centro de Cozumel, Garret Winslow observava Haley bater uma foto de duas crianças mexicanas que vendiam marionetes na esquina de uma rua movimentada. As crianças sorriam para Haley. Pelo que Garrett observara, todos sorriam para ela. Com seus cabelos ruivos e riso fácil, Haley tinha um ar despretensioso que, para ele, era como oxigênio puro. Não se cansava de admirá-la. De vez em quando, pressentia que o relacionamento deles iria se prolongar para além das férias em Cozumel. Ela fazia com que ele se sentisse, ao mesmo tempo, satisfeito e voraz. Desde o primeiro minuto em que a vira, Garrett a desejou em sua cama. Talvez no final da noite, imaginou. O calor do desejo fervendo entre eles alimentava essa possibilidade. Quis ter dito seu verdadeiro nome, mas o saboroso apelo de atraí-la somente por seus próprios méritos o impediu de falar. Dentro de alguns meses, assumiria o papel para o qual fora treinado a vida inteira. Diretor-presidente das Empresas Winslow, que seu bisavô havia fundado e seu pai e avô haviam feito crescer. E em algumas semanas se formaria como advogado. Fora um colega da faculdade, com quem dividia o quarto, que o persuadira a ir ao México tirar umas férias, como uma última aventura. E que aventura, pensou ele, fascinado pelo balanço dos quadris de Haley sob a saia que ia até quase os joelhos, revelando longas pernas bem torneadas. Os ...

lhos de Haley encontraram os dele e, com um sorriso malicioso, ela ralhou com o dedo: —Ai está você novamente me olhando. — Você merece toda admiração. E puxou-a pela mão para um beijinho rápido. As faces levemente bronzeadas de Haley coraram ainda mais. No entanto, ela não ficou tensa ou recuou como nos dois primeiros dias em que Garrett a induziu a passar o tempo com ele. — Quer me deixar sem fôlego? — Você me deixou sem fôlego primeiro, sinceramente — disse ele, inteiramente arrebatado por aqueles olhos verdes. Uma pontinha de dúvida brilhou nos olhos de Haley. —Aposto que você diz isso para todas as garotas na Universidade de Yale. — Não aposte nisso — brincou ele, passando de leve os dedos em uma mecha do cabelo vermelho-dourado dela. — O que existe de tão especial em mim? A não ser pelo fato de eu ter perdido o sutiã do meu biquíni em pleno oceano e você o ter resgatado para mim? — quis saber Haley. Um inicio de risada despontava em sua garganta. — Você é real. Um arrepio percorreu Haley diante dos olhos de Rick. Desde a primeira vez que se viram, ela ficou intrigada com ele. Tinha sido cautelosa, a princípio, mas naquele momento estava muito curiosa e bastante atraída. Haley era uma garota boa e ajuizada, que freqüentava como bolsista uma faculdade para meninas no Texas, mas não se sentia nem um pouco ajuizada quando estava com Rick. Sentia-se bela, interessante e sensual. Ele fazia seu coração tamborilar e todo seu corpo arder de forma inebriante. Lembrando-se de respirar, ela tentou voltar a seu estado normal. O México não era um bom lugar para uma garota perder a cabeça. — Todo mundo é real. Ele meneou a cabeça. — Mas não como você. Eu quero levar você para dançar hoje à noite. — No Carlos\\\'n Charlie\\\'s? — perguntou ela. Esse bar, frenético e turbulento, era o lugar mais popular da ocasião. — Não, muito barulhento. — Onde, então? — O dono de uma loja me ...

Comentários:

Deixe aqui seu comentário sobre este livro: