Livro: Única Opção Página 2

... sem mencionar o corpo forte e perfeito, e um char¬me que atraía pessoas como um ímã. Um gigante gentil. Mas ele não era tão refinado quanto os homens com que ela estava acostumada. Lance parecia mais confortável entre os trabalhadores braçais na refinaria do que entre os acionistas. Mitch, por outro lado, parecera totalmente à vontade com a elite de Washington. Eles tinham ido à meia dúzia de festas e eventos beneficentes juntos. Mitch fora em nome do irmão, é claro, e ele podia conversar com os homens de negócios mais poderosos. Era claramente o cérebro por trás da Brody Oil and Gas. E o irmão por quem Lexi estava apaixonada. Tantos homens a tratavam como um exemplo admirável sem cérebro. Bonita de se ver, mas não digna de ser ouvida. Todavia, Mitch a ouvia. Realmente a escutava, e parecia genuinamente in¬teressado no que ela tinha a dizer. Lexi percebeu de repente que ele a estava olhando por sobre a mesa, um sorriso no rosto maravilhoso. Um rosto que se tornara fa¬miliar durante os últimos dias. Ela memorizara cada linha e curva, a inclinação do nariz, o formato sensual dos olhos cor de chocolate, os lábios carnudos e o maxilar forte. Conhecia cada expressão e nuança. E o sorriso que ele usava agora era divertido. — O que foi? — perguntou ela. — Você não ouviu uma palavra do que eu falei, ouviu? Mitch tinha razão. Ele estivera falando sobre seus negócios, o que provavelmente significava mais para ele que qualquer outra coisa, e Lexi havia se distraído completamente. Em sua própria defesa, era difícil observar aqueles lábios carnudos se moverem e não se tornar hipnotizada, não ser aquietada pelo tom profundo da Voz de Mitch. Mas isso não era desculpa para ser rude. Ela era geralmente uma ouvinte excepcional. — Desculpe-me — murmurou ela. — Eu é que deveria estar me desculpando. Estou obviamente entediando-a até a morte. Esqueço que nem todos são tão apaixo¬nados quanto eu por negócios de petróleo. ...

— Eu gosto de ouvi-lo falar sobre isso. Suponho que estou apenas um pouco cansada. Esta foi uma semana movimentada. — Foi — concordou Mitch com um sorriso sedutor. — Meu irmão não tem ideia do que está perdendo. Mitch sentia a mesma conexão, o mesmo desejo por ela que Lexi sentia por ele? Ou ele flertava naturalmente, como o irmão? — Está tarde. Eu vou levá-la de volta para o hotel. Apenas por um momento, Lexi se permitiu acreditar que ele mal podia esperar para levá-la ao quarto, de modo que pudesse fazer amor apaixonado com ela. A ideia tanto a excitou quanto a apavorou. Sempre esperara que sua primeira vez fosse especial, e sabia, sem sombra de dúvida, que com Mitch seria. Mas isso não iria acontecer, porque Lexi se casaria com o ir¬mão dele. E não deveria poupar algo tão precioso quanto sua vir¬gindade para seu esposo? Mesmo que não fosse um casamento de verdade? Mitch chamou o garçom e pagou a conta altíssima sem piscar um cílio. O que ela havia esperado, quando ele a levara para o res¬taurante mais sofisticado de Washington? Dinheiro obviamente não era uma preocupação. Ele a ajudou a se levantar e a conduziu para a porta. Lexi sentiu prazer ao ver todas as cabeças do salão se virando na direção dele. Homens olhavam com inveja, enquanto os olhos de suas compa¬nheiras eram preenchidos com desejo silencioso. Desculpem, garotas, ele é todo meu. Pelo menos, até que ela se tornasse oficialmente noiva de Lance. Se apenas pudesse capturar aquele momento e fazê-lo durar para sempre. Construir uma vida com Mitch, em vez de com Lance. A limusine já os esperava quando eles saíram na noite quente e Úmida, mas o couro macio estava frio quando ela entrou. — O hotel Watergate — Mitch falou para o motorista. Ela esperou que eles pudessem conversar mais no caminho para lá, mas o celular dele tocou. Mitch checou o visor e disse-lhe: — Desculpe, mas tenho de atender este. Embora ele não falasse nada específico, e ...

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