Livro: Melodia ao luar
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... Alison York (A Binding Contract) Ingênua, ela não percebeu que caía numa armadilha Alheia aos inúmeros convidados que se espalhavam pela enorme mansão, Julie estremeceu quando Warren a tomou nos braços para dançarem ao som de uma melodia romântica. Estavam sozinhos no jardim, e só o luar os iluminava. Com a cabeça recostada no ombro dele, Julie tentava enternder como era possível se sentir tão bem junto desse homem, que na verdade não passava de um tirano e praticamente a escravizara por causa de uma dívida, irrisória se comparada a sua fortuna. Digitalizado: Poly Revisado: Rejane Copyright © 1990 by Alison York Publicado originalmente em 1990 pela Mills & Boon Ltd., Londres, Inglaterra Todos os direitos reservados, inclusive o direito de reprodução total ou parcial, sob qualquer forma. Esta edição é publicada por acordo com a Mills & Boon Ltd. Todos os personagens desta obra são fictícios. Qualquer semelhança com pessoas vivas ou mortas terá sido mera coincidência. Título original: A binding contract Tradução: César Augusto Martino Copyright para a língua portuguesa: 1992 EDITORA NOVA CULTURAL LTDA. Av. Brigadeiro Faria Lima, 2000 — 3? andar CEP 01452 — São Paulo — SP — Brasil Caixa Postal 2372 Esta obra foi composta na Editora Nova Cultural Ltda. Impressão e Acabamento: Gráfica Círculo Foto de capa: RJB CAPÍTULO I Reinava o silêncio no pequeno quarto individual do Hospital Cot-tage, em Chipping Ferris, onde Julie Sinclair se encontrava sentada observando o frágil velhinho a quem visitava. Harcourt caíra de novo no sono. Após o derrame, ele passara a ter problemas com a fala e era comum ficar exausto e adormecer de repente. Os olhos castanho-claros de Julie revelavam grande preocupação enquanto o fitavam. Como devia ser frustrante saber exatamente o que se queria dizer e no entanto não ser capaz de se expressar de for¬ma coerente, ela pensou. Ainda mais qu ...

ndo o uso das palavras ha¬via sido parte fundamental de seu trabalho. Momentos antes Harcourt estivera tentando lhe perguntar algo sobre o acordo para a transfe¬rência da direção de seu escritório de advocacia para a Price & Roberts Associados, em Kixton, uma cidade vizinha. — Preciso assinar aquele. programa — ele dissera, franzindo a testa com irritação ao perceber que se equivocara. — O contrato? Não há pressa — Julie o tranqüilizara. — Apenas se concentre em sarar primeiro. Maggie e eu cuidaremos do resto. — Contrato — ele repetira, zangado. — Malditas palavras! Julie segurara sua mão e aos poucos ele relaxara e repousara a ca¬beça no encosto da poltrona, sorrindo para mostrar que sua raiva se dirigia a si mesmo e não a ela. Então fechara os olhos e adormecera. O contrato podia esperar. Toda a transação fora tratada antes do derrame, portanto restava apenas a breve formalidade da assinatura, quando Harcourt se sentisse em condições de receber James Price. Os clientes com casos em andamento, que não eram muitos, já ha¬viam sido transferidos para a Price & Roberts. Julie e Maggie, a secretária de Harcourt, cuidavam dos arquivos restantes, e esse trabalho logo terminaria. A clientela diminuíra bas-tante ao longo dos últimos dez anos, desde a morte da esposa de Har-court, tanto que ele trabalhava sozinho, sem grandes problemas. Na época em que os pais de Julie ainda moravam em Chipping Ferris, Harcourt fora um ótimo amigo, tanto no nível pessoal quan¬to nos negócios. Naquele período ele fazia o trabalho de três homens. Mais tarde, encontrara tempo para dar apoio a Julie, quando os pais dela emigraram para a Nova Zelândia, a partida coincidindo com o início de seu curso de direito em Londres. Cada temporada de férias que ela passara na Inglaterra, Harcourt lhe dera trabalho em seu es¬critório: uma ajuda inestimável tanto para seu progresso profissio¬nal como para suas finanças de estudante. Agora estava ...

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