Livro: Rapto de um coração
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... Hijacked Heart Sally Cook Julia 615 Digitalização: Tinna Revisão: Alice Akeru UMA MULHER ENTREGUE AO FASCÍNIO DE UM FEITICEIRO DO AMOR. O dia findou e Jake saiu para encontrar Claire. Ela nada lhe prometera, mas ele não podia mais esperar, mesmo que a resposta não fosse a desejada. Sem palavras, as mãos se encontraram e o beijo veio quase alucinado. Era o fogo do amor que ardia sem jamais se esgotar. Claire sabia que era o último encontro, que atendiam apenas à súplica de seus corações inconformados. Ainda que apaixonado e ardente, o beijo tinha gosto de melancolia, de despedida. Mas uma ideia atormentava sua mente. Teria coragem de desmanchar um noivado de dez anos, para viver essa paixão?. Copyright © 1989 by Sally Cook Publicado originalmente em 1989 pela Mills & Boon Ltd., Londres, Inglaterra Todos os direitos reservados, inclusive o direito de reprodução total ou parcial, sob qualquer forma. Esta edição é publicada por acordo com a Mills & Boon Ltd. Todos os personagens desta obra são fictícios. Qualquer semelhança com pessoas vivas ou mortas terá sido mera coincidência. Título original: Hijacked heart Tradução: Cristina Barros Dinamarco Copyright para a língua portuguesa: 1991 EDITORA NOVA CULTURAL LTDA. Av. Brigadeiro Faria Lima, 2000 — 3° andar CEP 01452 — São Paulo — SP — Brasil Caixa Postal 2372 Esta obra foi composta na Editora Nova Cultural Ltda. Impressão e acabamento no Círculo do Livro S.A. CAPÍTULO I O corredor parecia interminável. Paredes beges, carpete vermelho e uma porta atrás da outra, todas idênticas, diferenciando-se apenas pelos números gravados nas placas de latão. Caminhando lentamente pelo comprido corredor, Claire Middleditch observava as portas frias, impessoais. Qual seria a sua? É claro que preferia uma à esquerda, no fundo, que tivesse vista para a baía. Ora, que diferença podia fazer? "Vamos, Claire", disse a si mesma, "d ...

ixe de ser covarde e acabe logo com isso." Parou, respirou fundo, levantou a mão e bateu à porta. Apartamento 839. Esperou. Ninguém veio abrir. Quem sabe tivesse sido delicada demais. Fechou a mão e tentou outra vez, agora com mais vigor. Nada ainda. Talvez o apartamento estivesse vazio. Andou até a porta seguinte. Não, esta estava com um aviso pendurado: "Não Perturbe". Escolheu outra porta. E, mais uma vez, seu chamado foi inútil. Esperou um pouco e bateu novamente, com força. Não houve resposta. Confusa, consultou o relógio. Onze e trinta da manhã: muito tarde para alguém ainda estar dormindo; cedo demais para o almoço. Era uma boa hora, portanto. Então, que diabo estava errado? Onde aquela gente havia se metido? Três portas e nenhuma resposta. Era demais! Deixara a terrível tarefa para o último dia justamente por sua relutância em adentrar aquelas portas. Mas agora não havia como escapar. Tinha de entrar em algum daqueles apartamentos. Mais uma vez, preparou-se para o ritual. Escolheu uma porta qualquer, suspirou desanimada e ergueu o braço, o punho fechado. Mas. ai! Seus dedos bateram de chofre na chapa de metal e uma dor aguda percorreu-lhe a mão, o braço, os músculos todos. Numa tentativa tola de se livrar do sofrimento sem gritar, sapateou no carpete, espremendo o dedo entre as pernas. — Se perdeu a chave — ironizou uma voz masculina atrás dela —, por que não vai à recepção pedir outra, em vez de ficar dançando aí no corredor? Claire se voltou, ainda massageando a mão, para ver de onde vinha a voz. A porta do apartamento 839 estava aberta. O homem, encostado no batente, exibia um sorriso maroto e, ao mesmo tempo, maldosamente sensual. Usava calça jeans velha, cortada na altura dos joelhos. Tinha o peito nu, os pés descalços. Ele observava, evidentemente se divertindo, enquanto ela ficava ali, fazendo papel de boba. Teve ímpeto de correr e fugir, porém o homem se postava entre ela e o elevador. Do outro lado, ...

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