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Cenário de Ilusões

Livro: Cenário de Ilusões

Autor - Fonte: Rebecca Flanders

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... Dreamweaver Rebecca Flanders Em Hollywood, cidade das ilusões e dos loucos sonhos de glória, a romancista Mallory Evans conheceu um homem que abalara seu mundo de certezas e a lançaria num torvelinho de sensuali¬dade: o diretor de cinema Colt Stanford. Quando seguiu-o até o apartamento achou que poderia impedi-lo de quebrar as barreiras que erguera entorno de si. Mas foi impossível! Aquele homem não conhecia a hesitação que exercia seu domínio com a força e a ternura de quem está seguro do que quer. Um beijo, uma explosão de paixão e desejo. E Mallory não soube como dizer a ele que não era do tipo de mulher que vai para a cama no primeiro encontro. Colt Stanford havia trazido de volta todas as emoções adormecidas em seu corpo. Título original: Dreamweaver Copyright: © by "Donna Ball Inc." Publicado originalmente em 1984 pela Harlequin Books, Toronto, Canadá Tradução: Cecília Florence Borges Rizzo Copyright para a língua portuguesa: 1986 Editora Nova Cultural Ltda. — São Paulo — Caixa Postal 2372 Esta obra foi composta na Artestilo Ltda. e impressa na Companhia Lithographica Ypiranga Digitalização: Ale M Revisão: Edna Santos CAPITULO I Como se o dia prometesse ser excepcionalmente bom, Mallory Evans acordou com ótima disposição de espírito. A luz dourada do sol, através das cortinas transparentes que cobriam uma das paredes inteiras do quarto, chegava até a cama, e com o farfalhar da brisa, parecia produzir centenas de diamantes que brincavam nas cobertas. Adorava essa janela imensa que jamais fechava durante a noite para poder acordar com a luminosidade matinal. Tudo ali era alvo do seu apreço: o tamanho exagerado do aposento, a cama ampla, o conjunto de mesa e cadeiras de vime laqueado de branco, perto da janela, e a profusão de plantas por todos os cantos do quarto. Gostava dos lençóis e fronhas com acabamento de renda de linho, feita a mão, num trabalho artesanal, e não produzida em ...
érie numa fábrica. E, acima de tudo, ficava satisfeita por ignorar o quanto esses prazeres lhe haviam custado. Na mesinha de cabeceira havia um despertador de marfim, cujo tique-taque repetitivo soava como um ritmo reconfortante e seguro naquele ambiente decorado em branco e amarelo pálido, e onde não existia nada escuro ou amedrontador. Por alguns momentos, Mallory espreguiçou-se entre as margaridas amarelas dos lençóis que cobriam a cama de delicada armação de bronze. Ergueu-se, então, foi até a janela e puxou as cortinas. Lá estava o jardim bem cuidado e parte da piscina em forma de meia-lua. O gramado parecia mais verde ainda com a luz do sol, e podia-se ver uma nesga de céu azul entre a cerca viva e o telhado da casa vizinha. Isso, em si, era razão suficiente para se sentir feliz em Los Angeles, cidade sujeita à constante neblina e fumaça. À volta de três laranjeiras, em canteiros bem cuidados, peônias vermelhas cintilavam ao lado de brincos-de-princesa delicados. A cena dava idéia de um comercial de televisão sobre as coisas boas da vida. E tudo lhe pertencia. De fato era uma das mulheres de maior sorte neste mundo. Cantarolando baixinho, Mallory foi até a cozinha, passando por todos os cômodos da casa enquanto admirava a decoração e tocava em um ou outro objeto mais querido. Em todos eles o sol infiltrava-se através de janelas exageradas, e em cada uma havia um relógio. Eram dos tipos mais variados, desde o de carrilhão, passando pelo cuco, até o francês ouropel Todos estavam acertados, trabalhavam com precisão, e Mallory, ao ouvir-lhes o ruído, mantinha a ilusão de estar no con¬trole do tempo, embora consciente de suas limitações. Eram oito e meia da manhã, e estava certa de que seria um dos melhores dias de sua vida. Às nove, em ponto, convenceu-se de que seria o pior. Antes disso, porém, levou para a mesinha à beira da piscina uma bandeja com a garrafa térmica de café, xícara, açucareiro e uma lata de bolac ...

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Comentários:
jo: Bom..mostra o outro lado por trás das câmeras. Leiam.
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