Livro: Apaixonada Página 3

... lo subir, sra. Beckley. Sinto vontade de matá-lo por isso, capitão — disse ao outro que continuava a rir. Pouco depois, Hewitt apresentou os dois primos, que olharam-se com surpresa. Matthew era um pouco mais alto que Nathan e tinha cabelos escuros. Todavia, seu semblante tinha um ar de suspeita que desa¬gradava o capitão. Nathan com os cabelos loiros, ombros musculosos e traços marcantes do rosto, sem dúvida era o mais afeiçoado dos dois. Na primeira vez em que Matthew perguntara por Nathan Gaites, após bater à porta da casa próxima ao cais, imaginara que a sra. Beckley dirigisse uma pensão para marinheiros, e que Nathan fosse apenas um de seus hóspedes. Mesmo agora, com a evidente ausência de outras pessoas pela casa, Matthew continuava com a mesma im¬pressão. Por isso pediu ao capitão que não se incomodasse em se retirar, pensando que a sala fosse o único aposento colctivo disponível para os hóspedes. — Oh, tenho algumas tarefas para realizar no porto — Hewitt respondeu, deixando os dois sozinhos, após servir dois cálices de vinho. — O capitão me deu a notícia da morte de um de meus tios. Era seu pai? — Não, tio Talbot nunca se casou. Meu pai, seu tio William, morreu há treze anos. Deve estar imaginando porque vim procurá-lo tanto tempo depois do funeral de tio Talbot. Você estava viajando quando vim pela primeira vez. — Sim, eu estava nas Índias Orientais. Pelo visto, perdi muitos funerais — disse Nathan. provando um gole do vinho. — Bem, a questão é que nosso avô quer vê-lo, Nathan — Matthew revelou e olhou-o com mais atenção, esperando sua reação. — Deus meu, ele ainda evivo? — Balançando a cabeça,Nathan acrescentou: — Todos os filhos morreram antes dele. — Talvez esteja pensando que Deus o puniu por ele haver ex¬pulsado seu pai de casa. Nathan levantou a vista: — Por que eu pensaria isso? A vida já nos pune o suficiente, sem que seja preciso a interferência de Deus. Matthew d ...

duziu que o primo falava por experiência própria. Nathan era um ano mais novo que ele embora não parecesse. As leves olheiras, o rosto de feições marcadas e aquele braço apoiado na tipóia denunciavam circunstâncias que Matthew podia apenas de¬duzir. Não pôde deixar de sentir um pouco de inveja de Nathan, por saber que o primo tinha muito mais experiência de vida do que ele próprio. Todavia, tal sentimento logo cedeu lugar a uma vaga simpatia. — Agora ele só tem os três netos — prosseguiu. — Você, eu e meu irmão mais velho, Jared. Apesar disso, acha estranho que ele queira lhe conhecer? —Decisão um tanto tardia, não acha? — Nathan arqueou uma sobrancelha, irônico. Matthew não soube ao certo o que dizer, tornando-se visivelmente pouco à vontade. Tentou disfarçar tomando um gole de vinho. Ao notar seu embaraço. Nathan apressou-se em dizer: — Desculpe. Reconheço que foi um comentário indelicado. Quer mais um pouco de vinho? Nathan aproximou-se da mesa onde o capitão deixara a garrafa e Matthew o seguiu, levando o cálice consigo. — Então sente-se magoado por ter sido ignorado durante todos esses anos? — Para ser sincero, não — respondeu Nathan enchendo o cálice com cuidado. — Sinto-me apenas como se não tivesse nenhum vín¬culo com meu avô. — De certa forma, ele quer se retratar — Matthew asseverou com sinceridade. — Seria muito pedir que você fosse somente vê-lo? Eu mesmo o levarei. A casa fica a mais de uma hora de viagem daqui. — Tão perto? — Nathan surpreendeu-se. — Imagino se meu pai nunca se sentiu tentado a voltar lá. — Pelo que sei. tio Robert nunca mais voltou depois que se casou com sua mãe. Pelo menos, e o que ouvi dizer. — Não, ele realmente não voltou — Nathan confirmou, enchendo seu próprio copo. — Minha mãe era de origem simples, mas tinha uma personalidade notável. — Após um instante de silencio, disse: — Não tenho nem ideia de como vocês souberam da min ...

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