Livro: Meu amor proibido
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... Open not the door Katrina Britt Julia Coração 329 Entre Daniel e ela estava Moira, numa cadeira de rodas. Ao ver Daniel carregando Moira nos braços, o coração de Sylvie se fez em pedaços. Estava apaixonada por ele! Desesperada, decidiu abandonar seu emprego de dama de companhia e sumir dali imediatamente. A última coisa que desejava era separar aqueles dois. Quando olhou, a cadeira de rodas de Moira fez uma curva e caiu na piscina. Sylvie iria deixar sua rival se afogar? Digitalização: Vicky B Revisão: Talissa Copyright: Katrina Britt Título original: "Open not the door" Publicado originalmente em 1978 pela Mills & Boon Ltd., Londres, Inglaterra Tradução: William Graham Clark Copyright para a língua portuguesa: 1985 Abril S.A. Cultural — São Paulo Esta obra foi composta na Linoart Ltda. e impressa na Divisão Gráfica da Editora Abril S.A. Foto da capa: RJB CAPÍTULO I Sylvie fechou sua maleta de viagem e colocou-a ao lado do resto da bagagem, no chão. Sentia-se um pouco preocupada com a perspectiva que tinha pela frente. Encontrar de novo com Harvey exigia muita coragem, mas era necessário. Seria covardia dizer tudo aquilo por telefone. Esperar pela chegada dele era a pior parte. Se pudesse amá-lo, se o acidente não tivesse acontecido. Mas não amava Harvey; pelo menos não do modo que seus pais tinham se amado. Juntando as mãos diante de si, Sylvie olhou para sua bagagem através de uma névoa de lágrimas. Pensou em sua infância feliz, antes da mãe morrer e o pai viajar a trabalho para o Exterior. Estava com dezoito anos quando recebeu a notícia da morte dele, num acidente automobilístico, durante uma reportagem que fazia para o jornal em que trabalhava. Seu mundo tinha des¬moronado. Agora, aos vinte e quatro anos, continuava sozinha. Não que fosse exigente demais quanto aos homens, mas simplesmente porque ainda não havia encontrado "aquele" que considerava certo. Saberia reconhec ...

�-lo quando ele aparecesse. Os rapazes que conhecia eram simpáticos, jovens e sadios. No entanto, pareciam todos mais ou menos iguais, e nenhum deles havia despertado nela um sentimento mais profundo do que uma simples amizade. Como Harvey. Tudo começou no casamento de sua melhor amiga, Jane Myott, no elegante bairro de Knightsbridge. Jane, secretária, casou com seu chefe, Robert Tate, que chegara ao topo da carreira aos trinta anos, graças à sua grande capacidade. Aquele jovem executivo, que vestia belos ternos clássicos, era mesmo atraente. Mas Sylvie o achava também meio chato e muito cheio de si. Harvey, por outro lado, era reservado e um tanto insípido. Não era possível negar que ele vinha se saindo muito bem na Bolsa de Valores, mas o seu tino para os negócios não o ajudava no relacionamento com as mulheres. Sua amiga Jane tinha ponderado, antes do casamento: — Não sei como Robert e Harvey são tão bons amigos. Os dois só têm em comum o fato de serem bem-sucedidos em seus respectivos campos de trabalho. Harvey parece ter muito mais do que vinte e oito anos, não acha? Em todo caso, vai ser nosso padrinho e fazer par com minha dama de honra pre¬dileta: você. Trate-o bem, Sylvie. Já pensou como seria maravi¬lhoso se vocês dois também casassem? Já imaginou nós duas morando no mesmo bairro e nossos filhos freqüentando a mesma escola? Sylvie achou graça. Como Harvey e Robert, Jane também tinha pouca coisa em comum com ela. Casar-se com um homem bem-sucedido e misturar-se às pessoas que considerava certas sempre fora o objetivo final de Jane. Mas para Sylvie as coisas materiais eram as que menos pesavam. Queria ser amada pelo que era. Quando o homem certo aparecesse, não importaria que não tivesse nenhum centavo, contanto que se amassem. Jane, talvez por ser órfã, desejava segurança e provavelmente era por isso que imaginava o mesmo de Sylvie. Achava que a amiga per¬manecia solteira por não ter encontrado ainda um homem bem ...

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