Livro: Adorável Prisioneira Página 3

... que ele ia dizer, ela mordeu seu lábio inferior com força. — Vai chorar? Ela sacudiu a cabeça, não ousando falar, ou começaria a chorar ali mesmo. — Chorar vai entristecer sua mãe ainda mais. — Seth comentou — Precisa ser forte para não causar a ela mais sofrimento. Não quer fazer isso, quer? Lily ergueu o queixo e concordou. Seth tinha razão, na¬turalmente. — Farei qualquer coisa para facilitar a partida de mamãe. — Boa menina. — Seth tocou com delicadeza o ombro da meia-irmã. Ficou parado e abriu a porta para Lily entrar. Dentro do quarto estava escuro. Em um canto, a Sra. MacDugal, a mãe de Hortência, segurava um bebê no colo. O pai de Lily sentava-se na cama ao lado da esposa. — Emmett, está aqui. — Sarah disse, olhando para Lily. O pai de Lily levantou-se e indicou-lhe o lugar na cama onde ela deveria se sentar. — Mamãe estava esperando por você, minha filha. Lily atravessou o quarto e sentou-se na cama. Lágrimas brilhavam em seus olhos e ela não conseguia disfarçar. Havia tristeza e desesperança em seu olhar. — Por favor, não chore, querida. — a mãe forçou um sorriso — Nenhum de nós morre realmente. Nossos espíri¬tos vão para um lugar melhor, e a nossa lembrança fica no coração dos nossos entes queridos. O tom gentil da voz materna e suas palavras, levaram Lily a perder totalmente o controle, e ela agarrou-se à mãe e chorou. — Não me deixe, mamãe. Por favor, não me deixe. — Deus está me chamando, minha filha. — a resposta veio simples e calma — Minha hora chegou. — Peça a Ele que espere! Essas palavras trouxeram um sorriso nos lábios de Sarah. — Ninguém pode dar ordens a Deus. Além do mais, es¬tou muito cansada. Lily observou a expressão de dor e exaustão que havia no rosto de Sarah. Parecia estar precisando de um longo descanso. Mas como conseguiria continuar vivendo sem a orientação amorosa da mãe? Sem a sua companhia? — Minha única tristeza é que vo ...

ê ainda não é uma mulher. — Sarah disse — Mas veja, tenho um presente para você. Lily observou-a tirar a corrente que sempre usava e que vinha sendo passada de geração a geração. Era uma delica¬da corrente de ouro com uma cruz adornada com as letras gregas "alfa" e "ômega". Puxando a filha para mais perto, Sarah lhe colocou a corrente pela cabeça e a ajeitou no pescoço. Quase com reve¬rência, Lily tocou na cruz, o legado de sua mãe a ela. — Alfa e ômega significam o princípio e o fim. — Sarah disse — O que é, o que era e o que ainda será. — Não entendo. Sarah sorriu com amor para a filha. — Não precisa entender agora. Apenas se lembre que o seu verdadeiro amor será o primeiro e o último para você. Alfa e ômega. Lily segurou a cruz e anunciou com confiança: — Então será Bradley Howell, claro. — Quero que escolha o nome do seu novo irmão. — a mãe pediu — Então eu a deixarei segurá-lo. — Hoje é dia da festa de São Michael. — Lily disse sem hesitar — Ele deve ser chamado de Michael em honra ao arcanjo. Depois de olhar para o marido, Sarah fez sinal de que concordava. — Quero que assuma o meu lugar junto a ele. Fará isso por mim? — Eu o protegerei com a minha vida. — Lily prometeu, orgulhosa por ter sido escolhida para tal posição — E con¬tarei a ele tudo sobre a senhora, mamãe. Não deixarei que a esqueça. — Você é uma boa menina. — Sarah olhou para a Sra. MacDugal, que se aproximava com o bebê e o colocava nos braços de Lily — Mantenha a cabeça dele bem firme, mi¬nha filha. Com o bebê em seus braços, Lily olhou-o por um momen¬to e depois se voltou para a mãe. — Os olhos dele são estranhos! — ela exclamou, confusa. — Seu irmão é um presente especial que Deus nos enviou. Lily ficou mais confusa ainda e voltou a olhar para o bebê e depois para a mãe. — Por que ele é especial? Sarah ficou silenciosa por alguns momentos antes de responder. — Cri ...

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