Livro: Caminho de volta
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... Outback Runaway Dorothy Cork Sofrida, Dale voltou à casa de sua infância, à procura de paz. Mas lá estava Tree, um homem que ia violentar seu coração! Dale tinha voltado procurando o conforto. Mas o mundo seguro de Jackalass, não mais existia. Em vez da tia Beth para ajudá-la a recuperar de seu romance desastroso, encontrou Trelawney, um rancheiro arrogante com uma reputação selvagem, e irresponsável. Longe de oferecer conforto a Dale, ele considerou seu coração quebrado como um desafio… um desafio que nem mesmo seu noivado com a linda Rebecca pode impedir. Digitalização e Revisão: Alice Maria CAPÍTULO I Escurecera rapidamente. Os faróis do carro de Dale Driscoll iluminavam apenas arbustos, sucedendo-se de ambos os lados do atalho que levava a Jackalass. Com tanta monotonia, Dale só percebeu que sua viagem estava por terminar quando viu a fileira de árvores que contornavam o riacho. Chegaria em quinze minutos. Pouco depois, o carro deslizava pela encosta e enveredava pelo riacho raso. Como tinha sido diferente há dez anos atrás, quando deixara Jackalass! Estavam então na estação das chuvas, e as enchentes haviam elevado o nível das águas até ao andar térreo da moradia. Mas, desta vez, outubro ainda não terminara e a estação das chuvas estava distante muitas semanas. O riacho tinha ficado para trás; ela acelerou, subiu o barranco oposto, ultrapassou as árvores e virou à esquerda, procurando as luzes da casa em meio à escuridão. Divisou uma labareda e o cheiro de fumaça, vindos do campo dos Aborígines. Não havia mais nenhuma luz, se bem que o mostrador iluminado de seu relógio apontasse apenas dez para as nove. Dale estava confusa. Era muito cedo para que todo mundo estivesse dormindo. Mesmo com os homens no acampamento, alguém deveria estar em casa. Tia Beth, a cozinheira, alguma das garotas. — Devia tê-los avisado de minha chegada — murmurou aborrecida. No último Natal não ...

havia mandado nem ao menos a habitual carta para os Vining. Sua cabeça andara muito ocupada com Andrew MacWade. De qualquer forma, tia Beth havia repetido até a exaustão que ela seria sempre bem-vinda em todas as circunstâncias. E quando Beth Vining dizia uma coisa, era para valer. Tudo ia dar certo. Mesmo assim, percebeu que alguma coisa estava errada, ao atingir a varanda. Nem sombra de luz, nem ao menos na espaçosa cozinha, ligada à casa por uma passagem coberta. Estacionou ao lado dos degraus e apanhou sua valise. Ao sair do carro, ouviu o barulhinho surdo do gerador de eletricidade e um galo cantando no terreiro, sentiu-se reanimada; certamente havia alguém em casa! Tia Beth fora dormir cedo, talvez. Aproximou-se da casa, a imaginar qual dos Vining ainda moraria ali se Kevin e David, o caçula, trabalhariam na propriedade, ao lado do, pai. Joanna ainda estaria na escola, com certeza, e Rebie — agora com vinte e dois anos, um a mais que a própria Dale nunca fora muito esportiva. Estaria em Brisbane na Austrália, provavelmente. Mas Buff, por outro lado, sempre amara o ar livre. Ela estaria em casa, especialmente agora, com tia Beth enfraquecida. A escuridão e o silêncio tornavam-se incômodos. Dale tateou o caminho através das espreguiçadeiras tão habituais, sob a mangueira, ao mesmo tempo que espantava um insistente pernilongo. Tentou a porta da sala de estar, que se abriu sem resistência. Foi direto ao interruptor. É engraçado como algumas coisas ficam marcadas na memória, indelevelmente; Dale sabia exatamente onde encontrá-lo. Depois de se acostumar com a nova claridade, percebeu que a sala ainda lhe era muito familiar e, ao mesmo tempo, diferente. Era como se houvessem crescido em rumos diferentes, ela e a sala. Móveis e piso eram os mesmos; de novo, as cortinas estampadas e os almofadões verdes. Dale tentou imaginar quem teria escolhido a padronagem, e isso lhe trouxe uma desagradável lembrança: a de Andrew, seu gerente até ...

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