Livro: Casados ao Amanhecer Página 2

... �ado seu costumeiro olhar de censura ao vê-lo abandonar o escritório cinco minutos depois de ter chegado. O que Pearl não entendia era que a TweedleDee Toys ficava infinitamente melhor sem ele no comando da empresa. — Sr. Matthews! Ainda bem que o encontrei! Carter girou a cabeça para verificar quem o chamava e descobriu que se tratava de Mike, o estagiário do departamento de design da TweedleDee. O jovem caminhava apressado na direção dele enquanto tentava amparar contra o peito um enorme pacote segurando-o com uma das mãos e com a outra mantendo os óculos firmes sobre o nariz. — Eu. Quero dizer nós. — ele começou ofegante. — Bem, nós tivemos uma idéia brilhante e eles me pediram que me apressasse em encontrá-lo. — Mike entregou o pacote para Carter e respirou fundo para retomar o fôlego. — Quero que conheça Cemetery Kitty. Nós acreditamos que ele conseguirá revolucionar a indústria de animais de pelúcia. — Cemetery Kitty? Outro bicho de pelúcia? — Carter perguntou sem muito entusiasmo na voz. Ele havia determinado para o departamento de design que criassem algo novo e que chamasse a atenção dos compradores na próxima Feira de Exposição de Brinquedos. Ele esperava alguma coisa do tipo uma pistola de água que jorrasse o líquido mais distante do que as tradicionais, ou um controle remoto mais sofisticado para um carro de brinquedo. Qualquer coisa, menos mais um ursinho fofo ou coisa parecida. — O senhor vai dar uma espiada nele agora? — Mike gesticulou na direção do pacote e mal conseguia conter o entusiasmo. E enquanto revirava as palmas das mãos nervosamente, insistia: — Como o senhor não fica muito tempo em seu escritório, eu decidi lhe trazer o brinquedo em seu apartamento. Foi quando eu o vi estacionar. Se o senhor aprová-lo, nós poderemos iniciar a produção em série amanhã mesmo. Com certeza o animal de pelúcia representaria mais um dos sucessivos fracassos, Carter pensou. Só que ele não qu ...

ria estragar a agradável sensação de prazer que ainda estava sentindo por conta do passeio com seu carro novo e a satisfação pelo perfeito desempenho da máquina. — Estou um pouco cansado agora, Mike. Mais tarde darei uma olhada no brinquedo. De qualquer maneira, obrigado. — Com um aceno ligeiro, Carter se despediu e caminhou na direção dos elevadores. O estagiário não se conformou com a dispensa sumária e alcançou Carter no instante em que ele estacava para ativar o alarme do carro e aguardava pelo som do bipe. — Sr. Matthews? — O que você quer Mike? — Huum. Acontece que nós estamos um pouco preocupados. — Mike hesitou, sentindo-se como o cordeiro imolado em benefício dos funcionários da empresa. — Bem. Como o senhor não fica muito no escritório e o seu tio Harry faleceu. Nós estamos precisando de algum tipo de direção para saber como deveremos proceder. Carter espiou para o Lexus e concluiu que a única coisa que ele tinha experiência em dirigir eram carros caros e velozes. E também mulheres bonitas e disponíveis. Porém, toda vez que tentava gerenciar a fábrica de brinquedos, tudo o que ele conseguia era afundá-la um pouco mais. Era por essa razão que ele não havia permanecido no escritório naquele dia. Da mesma forma como fizera na quarta-feira para jogar golfe e na terça-feira para disputar algumas partidas de tênis com seu irmão. E isso queria dizer que ultimamente Carter passava quase o tempo inteiro fora do escritório. E se fosse para levar em conta as habilidades de Carter para dirigir a empresa, seria uma questão de prudência que ele ficasse o mais longe possível dos escritórios da fábrica. Entretanto, ele se recusava a empregar um gerente experiente no setor. Se ele fizesse isso, seria o mesmo que admitir publicamente sua incompetência. Mais uma vez. — Nos falamos amanhã, Mike — Carter afirmou de maneira evasiva. Ele não tinha noção do que deveria ser feito para proporcionar alguma id ...

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