Livro: Terra de amor e ódio
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... Essie Summers (in memorian) Digitalização e revisão: Tina Título original: Daughter of The Misty Gorges (1981) Coleção: Sabrina 311(1984) Protagonistas: Cristine Windsor & Conrad Josefsen Horas e horas de vôo, milhares de quilômetros, e lá estava Cris naquela terra longínqua, desconhecida: Nova Zelândia. Um panorama fantástico. Montanhas gigantescas, lagos, florestas, vales profundos, planícies a perder de vista e. um homem! Conrad Josefsen — fazendeiro e escritor, gentil e rude, sensual e misterioso. Cris estava amedrontada diante daquele mundo exótico, daquele homem hostil. Mas logo percebeu que aquele era o lugar onde gostaria de ficar para sempre. E também que Conrad era a razão de sua vida! Por que Conrad a desprezava tanto? Cris tinha que conquistar sua confiança, seu amor, do contrário desabaria no inferno! Copyright: Essie Summers Título original: \\"Daughter of The Misty Gorges\\" Publicado originalmente em 1981 pela Mills & Boon Ltd., Londres, Inglaterra Tradução: Beatriz Malamud Copyright para a língua portuguesa: 1984 Abril S.A. Cultural — São Paulo Esta obra foi composta na Linoart Ltda. e impressa na Divisão Gráfica da Editora Abril S.A. Foto da capa: R. J. B. Photo Library CAPÍTULO I Cris sabia que tinha que encarar de vez uma nova vida. Não podia passar o resto de seus dias pensando na família e se tinha um futuro pela frente. Nascida quando seus pais já estavam velhos, ela sempre soubera que teria que cuidar do próprio destino desde muito cedo. Já tinha vencido aquela sensação de desolação que a afligira quando da morte deles; já podia entrar no apartamento sem sentir saudade de ouvir a voz da mãe ou do pai. Eles queriam que fosse desse jeito, que ela não sofresse por muito tempo. — A vida é para ser vivida — dizia sempre o pai. — Não perca essa oportunidade. Faça como eu e vai obter uma grande satisfação escrevendo. Então, q ...

ando chegar a hora, espero que encontre, no casamento, a felicidade que eu e sua mãe encontramos. Confio em você. Acima de tudo, não sofra por eu ter que seguir sua mãe tão cedo. Não sofra por nenhuma das experiências que a vida lhe trouxer, apenas use-as. Não deixe que nada atrapalhe o seu talento, querida. Quando minha primeira esposa morreu, pensei que não pudesse mais escrever. Mas superei a dor e voltei a trabalhar. Minha menina, você vai ter dinheiro suficiente para trabalhar apenas meio período e dedicar o resto do tempo para escrever. Sabe, sou bastante egoísta para querer que minha filhinha sinta a minha falta no começo. Mas depois leve a sua vida, menina! E foi o que Cris fez, realizando uma façanha logo de início. Seu primeiro livro foi aceito pelo editor e uma angústia tomou conta dela, ao pensar que não podia compartilhar com ninguém esse momento de supremo triunfo. Por isso, escreveu logo para a meia irmã Lisa, contando as boas novas. Pensou que ela fosse telegrafar da Nova Zelândia, onde estava vivendo com o marido, ou mesmo telefonar, mas a resposta demorou a chegar. Lisa levou três semanas para enviar uma carta. Desde então, por semanas e semanas, Cris não recebeu mais nenhuma notícia da irmã, que talvez estivesse zangada porque ela não fora morar na Nova Zelândia. Mas, afinal, o que Lisa queria? Rogan teria que sustentá-la, virar padrasto de Davina e Hughie e ainda se responsabilizar por uma meia irmã? Não funcionaria. Esse tipo de coisa nunca funcionou. Com o tempo, Lisa aceitaria o fato de a irmã menor estar seguindo uma carreira e que o único lugar propício para isso era Londres, e não num país longínquo. De mais a mais, já era hora de Lisa aprender a se arranjar sozinha, cuidar das crianças e não deixar tudo nas mãos de Cris. — Ela vai ser bem mais feliz assim, e Rogan também. Ele não vai mimá-la como o coitado do James fez. Quer uma esposa que tome conta de si própria — dissera o pai. De qua ...

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