Livro: Casamento de conveniência - Emma Darcy Página 2

... iga pertencendo à família, E que as gerações vindouras o mantenham E o engrandeçam. Acredito que compreende a que me refiro -disse girando a cabeça para olhá-la. Elizabeth assentiu-. e acredito que sabe que não é algo singelo de conseguir. Aqui, nesta região tropical, também sofremos desastres. Vós padecem secas, enquanto o que nos assolam os ciclones. Como sabe, perdi a meu filho Roberto por culpa de um, E aquela foi uma época muito difícil para mim. Sem ele, a produção das plantações caiu em picado. -Suponho -murmurou Elizabeth- que verdadeiramente os desastres forjam o caráter das pessoas, que fazem que se superem a si mesmos ao confrontá-los. -Assim é, nessas situações tem que lutar, lutar para não perder o que tem -afirmou Isabella com veemência. Era talvez aquela convicção em sua voz o que fazia que Elizabeth a tratasse com tanto respeito? Certamente não era uma deferência para ela por sua idade, já que, embora esta a superava em quase duas décadas, ambas tinham já o cabelo grisalho. Isabella, muito erguida em seu assento, não se sentia velha. Seu rosto estava sulcado por rugas mais abundantes e profundas que o da outra mulher, e provavelmente tinha muitos -mais atribua que ela, mas \'em seu interior a chama da vida ardia ainda Com surpreendente intensidade. -Seu pai estaria muito orgulhoso, Isabella, se visse como mantiveste o lugar para deixar a testemunha a seus netos. e agora eles se converteram em homens e lhe hão devolvido seu sacrifício com acréscimo. Rafael e eu percorremos ontem as plantações e ficamos muito impressionados. -Ai, mas tanto trabalho pode ver-se destruído em tão pouco tempo, Elizabeth! -queixou-se a anciã-, igual que aquele ciclone segou as vistas do Roberto e sua esposa. -meneou a cabeça e dirigiu um olhar penetrante a sua sobrinha-. Queria ver meus netos casados, com filhos; para assegurar a continuidade do sonho de meu pai, mas nenhum parece disposto a me agradar. -Mas Alex sim. ...

-OH, é verdade, já conheceu sua prometida no jantar de ontem à noite -interrompeu-a Isabella-, o que te pareceu? Elizabeth ficou duvidando um instante e respondeu muito devagar: -Bom, é. atrativa, muito refinada. Isabella torceu o gesto ante aquele comentário escolhido com tanto cuidado, e seus olhos cintilaram zombadores. -Sim, resplandece como um diamante, mas seu coração é tão frio e duro como eles. Não é capaz de entregar-se a ninguém de verdade. -A eleição do Alessandro não te faz feliz –adivinhou Elizabeth. -Não será uma boa esposa para ele. Elizabeth compreendeu imediatamente o dilema de sua tia política e a compadeceu seriamente. -Nesse caso -disse arriscando-se a lhe dar um conselho-, deveria lhe buscar outra mulher, Isabella, antes de que seja muito tarde. - Eu? -replicou assombrada a anciã-, como poderia fazer isso? Alessandro jamais aceitaria um matrimônio consertado, tem um orgulho de todos os demônios. -Meu filho maior, Nathan, passou-se anos borboleteando entre mulheres que não encaixavam na vida de campo a que ele está pacote. _Es o mesmo caso do Alex -conveio Isabella em tom de chateio-. Michelle jamais sentirá nenhum apego pela terra, para ela sozinho é uma fonte de riqueza. -Então -continuou Elizabeth-, eu mesma me embarquei na busca de uma mulher que respondesse a as necessidades do Nathan. E a encontrei. . -Quer dizer que ao Miranda, a mulher do Nathan a escolheu você? -inquiriu Isabella incrédula. -Sim, claro que por sorte ela também encontrou o que necessitava nele. Enfim, eu sozinho os pus ao um em o caminho do outro e rezei para que funcionasse. E funcionou -disse renda-se e encolhendo-se de ombros. -Ah, já vejo.! Seguro que não pôs também alguma indicação para que não .se desviassem? . -Nada que resultasse muito óbvio -respondeu Elizabeth com um sorriso pícaro-, solo um pequeno empurrãozinho para aproximá-los. Não pode controlá-lo tudo. Se não haver química de por meio. -OH, ...

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