Livro: Uma mulher independente
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... Maid for Marriage Sue Peters Dee Tredinnick sabia exatamente o que queria: viajar, conhecer novos lugares, fazer carreira. Não tinha tempo para compromissos amorosos e não queria saber de se casar. Estava indo para a índia a trabalho, e sua missão era escoltar de volta à Inglaterra valiosas jóias. Mas esse não era o único problema que tinha de enfrentar. Havia também Luke Ransom, que não parecia disposto a permitir que,as jóias, ou a própria Dee, saíssem de seu controle. Infelizmente para Dee, Luke era o último homem no mundo com quem devia viajar uma mulher decidida a permanecer solteira! Digitalização: Joyce Revisão: Catarina CAPÍTULO I — Dama de honra pela terceira vez! É melhor tomar cuidado Dee — caçoou Oliver, sorrindo. Ajeitou uma brilhante mecha de cabelos negros que conseguira escapar do arranjo de flores artificiais na cabeça da irmã. — Sabe muito bem o que dizem por aí: quem foi dama de honra três vezes acaba não se casando nunca mais. — Não me venha com essa — reclamou Dee. — Mamãe já me esclareceu suficientemente o assunto. E se você desarrumar o arranjo de flores, vai me causar problemas ainda mais sérios. Ela levou mais de meia hora para arrumar a maldita coisa a seu gosto. Dee afastou rapidamente a cabeça para longe do alcance do irmão, erguendo a mão para ajeitar o arranjo. Seu súbito movimento pôs em perigo a fatia de bolo de casamento que tinha na outra mão, precariamente equilibrada em um pratinho de papel. — Será que consigo sair de fininho e dar este bolo para o Scruffy? Ele adoraria o glacê e este recheio grudento. — Só podia ser você para ter uma ideia dessas — riu a esposa de Oliver, confortavelmente instalada em uma das raras cadeiras do salão cheio de gente, direito garantido pela volumosa barriga. — Não se dá bolo de casamento a um cachorro. Ou você o come, ou o coloca debaixo do travesseiro para sonhar com seu futuro marido. — Você sonho ...

com Oliver antes de se casar? — Não precisei. Nós dois passamos a vida toda sonhando um com o outro, desde os tempos de escola. Dee disfarçou um sorriso. Que cunhadinha bem-comportada; tão certinha que chegava até a ser chata. Tão chata quanto o casamento da irmã de Dee naquele dia, ou como o da outra irmã, a mais velha, dois anos atrás. À porta do salão de festas, o recém-casado dava as boas-vindas aos convidados retardatários. Era um rapaz simpático. Os outros rapazes presentes também, mas não passavam disso. Aos vinte e três anos, Dee não pretendia hipotecar o resto de sua vida em troca da duvidosa honra de usar uma aliança. Um ano atrás pensara justamente o contrário, mas isso fora antes de descobrir tudo a respeito de Alan. Ficou na dúvida, mas, tentando não parecer amarga, decidiu-se: — Eu mesma como o bolo. Posso usar o fato de ter sido dama de honra por três vezes como apólice de seguro contra o casamento. A expressão da cunhada lutava entre o divertimento e a irritação. — Jamais conheci uma pessoa tão pouco disposta a se apaixonar. A família de Dee não soubera da existência de Alan. Na defensiva, ela retrucou: — Não há nada de errado em querer ficar solteira. — Essa frase parece ser seu refrão preferido. Acontece que o amor não vai ficar esperando por você a vida inteira. Vai acabar virando uma velha solteirona. Vão colocá-la em uma prateleira, e tirá-la dali só para ser espanada, a cada dois sábados. Essa perspectiva não a intimida? — Nem um pouco. — A negativa de Dee foi um tanto abafada pelo glacê, mas seu enfático sacudir de cabeça compensou a falta de clareza da resposta. A irritação venceu a disputa, e a cunhada perdeu a paciência: — Nunca vi uma moça deixar escapar tantas oportunidades na vida! Você foi criada em uma cidade universitária cheia de rapazes de todos os tamanhos e formatos, todos com promissoras carreiras à sua frente. Será que nenhum, nem unzinho deles ...

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