Livro: Um castelo na Córsega
Warning: Undefined array key "p" in /home4/mult6346/multiajudaromances.com.br/livro.php on line 148

... “The Corsican Gambit” Sandra Marton CAPÍTULO I Francesca Drury permaneceu na convenção o mínimo tempo necessário e então pediu para que a desculpassem. — Eu lamento, mas tenho um compromisso — disse, ignorando a re¬provação no rosto altivo de Charles, o filho do seu padrasto. Charles havia insistido para que ela, após a convenção, o acompanhasse até o Café de Paris para um drinque na companhia daquele homenzinho gordo, cujo nome e título pomposo ele deveria usar para impressionar. Com um meio-sorriso, Francesca admitiu que não dissera nenhuma men¬tira, não no exato sentido da palavra. Existia um compromisso, um bem mais agradável do que a conversa de Charles com homenzinho gordo sobre relógios Rolex, carros Bentley e férias em locais badaladissimos, onde só os mais endinheirados tinham acesso. Mas aquele tipo de coisa não era pa¬ra ela. Francesca preferia ficar sentada na suíte do hotel, observando o sol, uma enorme bola tingindo de vermelho os luxuosos iates atracados no porto. Era uma vista espetaeular, e a menos pretensiosa que ela vira desde a che¬gada em Mônaco há dois dias, concluiu, suspirando quando o sol iniciou seu mergulho final atrás das montanhas da França. Não que ela não gos¬tasse de Mônaco, suas ruas estreitas e curvas eram um charme, apesar dos edifícios de apartamentos, verdadeiros arranha-céus sufocando o pequeno principado. Em seus vinte e três anos de idade, ela nunca vira tanta riqueza, tanto luxo, desde os querubins dourados adornando o teto do cassino, às jóias que mulheres elegantes exibiam em conjunto com sofisticados trajes de fa¬mosas butiques exclusivas. Charles divergia quando Francesca se confessava atónita com tamanha ostentação. — Não é ostentação, tampouco exagero — Charles dissera na manhã em que ela hesitara em gastar uma enorme soma de dinheiro num vestido de seda pura que a agradara. — Isto se chama sucesso, Francesca. — Voltando-se para a balco ...

ista da butique, ele pedira que embalassem o vestido e o debi¬tassem em sua conta. — Agora relaxe e aproveite a viagem. Afinal, não foi para isso que eu a trouxe comigo? Francesca suspirou. Fora exatamente o que ela julgara ao ser convidada para participar da conferência com ele, mas, conhecendo-o bem, achou me¬lhor agir com cautela. — Não, eu não posso ir com você. Precisam de mim na galeria — disse¬ra, oferecendo a primeira desculpa lhe viera à cabeça. Charles brincara com seu cabelo, do mesmo modo que costumava fazer quando eram crianças. — Tenho certeza de que você é uma assistente fora de série, querida, mas acho difícil eles lhe recusarem alguns dias de férias. Francesca o fitara diretamente nos olhos. — E serão férias, realmente? Ou passaremos o tempo todo indo a co-quetéis, festas e banquetes onde a intenção de iodo mundo é impressionar todo mundo? Charles então lhe sorrira daquele modo que era capaz de derretê-la, co¬mo acontecia desde a primeira vez em que o vira, quando ela estava com oito anos de idade e ele com dezessete. — Prometo que nos divertiremos, além do mais, você nunca esteve na Riviera. Diga que virá comigo, Fran. Em seguida ele se pusera a falar com entusiasmo sobre o mar, o sol e todos os encantos da Riviera Francesa, sobre as cidadezinhas encantadoras situadas ao longo da estrada que ligava Cannes a Mônaco, até Francesca quase poder vê-las. E, por fim, ela concordara em acompanhá-lo. Seria um sonho passar alguns dias na praia, sem nada para fazer além de se bronzear, tomar banho de mar e estreitar os laços de amizade entre ela e aquele homem que considerava seu irmão, Francesca concluiu. Os dois haviam sido bastante chegados na infância, mas pouco se viam ultimamente. Francesca sorria ao puxar o zíper do vestido de linho para em seguida , fazê-lo deslizar pelos ombros. Ela devia ter desconfiado do que a esperava quando Charles de repente começara a insistir para que ela fosse ao ...

Comentários:

Deixe aqui seu comentário sobre este livro: