Livro: Sublime Emoção
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... Havia um passado cheio de sombras, mas Wade tudo faria para dissipá-las. Ao ver Sandra McBlain nadando nas águas cristalinas do regato, Wade Malone não vacila. Livra-se das roupas e mergulha ao encontro dela. Precisa vencer as barreiras dessa mulher, que vive obcecada pelo seu antigo amor. Quando a toma nos braços, sente-a resistir, mas beija-a com ardor. Pouco a pouco, ela vai se entregando. Wade não cabe em si de felicidade, até que percebe Sandra de olhos fechados, pronunciando o nome de outro homem! Digitalização: Vicky B Revisão: Vitória Formatação: Cris Bailey THERESA WEIR © 1988 The Forever Man Originalmente publicado pela Silhouette Books, Divisão da Harlequin Enterprises Limited. © 1989 para a língua portuguesa Esta edição é publicada através de contrato com a Harlequin Enterprises Limited, Toronto, Canadá. Tradução: Nogueira Biller Esta obra foi composta na Editora Nova Cultural Ltda CAPÍTULO I Sandra McBlain reduziu a marcha e estacionou o jeep empoeirado no alto da colina com vista para o Vale Grande. De¬pois de virar a chave para desligar o motor, saltou do veículo e espreguiçou-se. O sol da tarde ainda estava alto, e ela prote¬geu os olhos com a mão. Por mais que olhasse, nunca se cansava de admirar aquela paisagem deslumbrante. Era interessante como, algumas vezes, o Vale parecia chamá-la. E, atendendo a esse doce apelo, San¬dra experimentava uma sensação de plenitude, que a ajudava a restabelecer a mente atribulada. Aquele era um local mágico e cheio de paz. Protegido pelas montanhas Rocky, o vale se estendia por milhas e milhas, sob um céu de perfeito azul. Havia muitas lendas indígenas a res¬peito da formação geográfica do local. Mas, qualquer que fosse a explicação para sua existência, Sandra amava aquele lugar. Um sorriso estampou-se em seus lábios delicados e muito ver¬melhos. Com a mente vazia de problemas, Sandra sentiu-se rejuvenescer diante da beleza esplendor ...

sa da natureza. Aos vinte e oito anos, ela muitas vezes se surpreendia vendo o mundo atra¬vés dos olhos de Kate, sua filha. A menina, com seis anos de idade, era motivo de suas maiores alegrias e também fonte de suas mais sérias reflexões. O dia estava lindo, mas era preciso voltar. As duras obriga¬ções de conduzir um rancho a chamavam de volta à realidade. Ao se aproximar do jeep, Sandra não conteve uma exclamação de prazer. Acabara de avistar as águias, suas águias, como gos¬tava de pensar. Ano após ano, elas retornavam no verão, como se cumpris¬sem um ritual sublime. Eram tão diferentes dos seres humanos. Esse pensamento perturbou-a profundamente. Mais uma vez a lembrança de Tom voltava-lhe à mente. O belo e esquivo ho¬mem que se tornara seu marido por um breve ano, para abandoná-la em seguida, fazendo seu coração jovem e inexpe¬riente conhecer a palavra dor pela primeira vez. "É melhor esquecer", Sandra ordenou a si mesma com de¬terminação. Continuou observando as águias, que pareciam des¬lizar pelas correntes de ar, leves, majestosas. Agora estavam próximas o suficiente para que ela pudesse observar o penacho branco que cobria suas orgulhosas cabeças. Voando em círcu¬los cada vez mais amplos, as águias foram engolidas pela imensidão. Quando já se preparava para abandonar o local, Sandra se deteve, franzindo a testa. Ao longe, um ponto se aproximava, voando, e não era um pássaro. Então ela notou que se tratava de um aeroplano, pois o ruído do monomotor a alcançou. Pouco depois, a sombra do aparelho cortava o cume da colina onde ela se encontrava. Era amarelo, bastante antigo, e lembrou-lhe os aparelhos que se apresentavam nas feiras de pecuária, fa¬zendo números de acrobacia aérea. Devia ser algum excêntrico comprador de gado, ela pensou, ligando o jeep e descendo pela estrada sinuosa, sem perder o aeroplano de vista. Depois de descrever um círculo perfeito, o monomotor ama¬relo pousou na pastagem verdeja ...

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