Livro: Uma questão de escolha - Sylvia Andrew Página 3

... mo ao evitar as mulheres casadas felizes, por exemplo, embora não possa afirmar ter conhecido muitas. — E quanto às outras, você considera jogo limpo? Jamais encontrará uma esposa deste jeito. — Sabe, realmente estou preocupado com você. logo irá recomendar-me que volte as atenções para alguma debutante insípida com perspectivas de matrimônio. Juro, eu preferiria morrer. Não, julgo mulheres tais como Arabella Lester, por exemplo, ou Heloise Leiken, bem mais apropriadas ao meu gosto. Mulheres charmosas, as duas, porém duvido que pensem com muita freqüência nos maridos quando estão comigo. — Presumo que madame de Menkelen é outra dessas — comentou Adam. — Você não perde uma, não é? Isabelle de Menkelen e eu mal nos conhecemos. ainda. — Estou certo de que isso mudará. se Bonaparte conceder-lhe tempo. — Não importa — replicou Ivo, dando de ombros. — Fazer amor é apenas uma das duas atividades excitantes nesta vida. Uma boa campanha é tão divertida quanto. — Vamos torcer para que eu seja mais afortunado em minha escolha por uma esposa — disse Adam, sorridente. — Escolha, escolha! O que entende por escolha? Supondo que um homem procura felicidade, e não riqueza, no próprio casamento, que argumento sensato teria ele para escolher a parceira da sua vida. para o resto da vida? Não, não, Adam, a única escolha verdadeira é entre casar ou não casar. Assim que um homem decide tomar uma esposa, a felicidade é questão de sorte, não de escolha! — Você está fazendo tempestade em um copo de água, Ivo. Recuso-me a acreditar que será tão complicado quanto afirma encontrar o tipo de esposa que quero. Não busco arrebatamento ou amor passional. apenas uma existência pacífica, não problemática com uma mulher ajuizada. — Você morrerá de tédio em um mês! — Não penso assim. — Vislumbrou a altiva mansão. — Creio que chegamos. A música soa excelente, mas também os Richmond sempre proporcionam o m ...

lhor. Assim que entraram, foram logo conduzidos para uma saleta no andar superior. O coronel Ancroft aguardava-os. — Ótimo! Tom Payne e os outros já estão aqui. O time está completo. — Há mais alguma notícia, senhor? — perguntou Adam. — Sim, e é má, receio. O Frances cruzou o Sambre com força total esta manhã. Os prussianos permaneceram sob ataque o dia inteiro, e parece que Charleroi vai cair, se já não caiu, de fato. O exército entrará em ação antes do alvorecer. Tão logo o duque e seus subordinados preparem as ordens, você será requisitado a entregá-las. — Devemos esperar aqui, com o senhor? — indagou Ivo. — De forma alguma! Vocês devem posicionar-se entre os convidados da duquesa, fazendo o melhor para calar quaisquer ansiedades. Wellington não tardará a chegar, e enquanto isso, deseja que o baile continue e os convidados sejam tranqüilizados. Não queremos nenhum pânico. Vou mantê-los informados. Agora ajam como se estivessem se divertindo! — Bem, não sei quanto a você, Adam, mas eu vou me divertir! — afirmou lorde Trenchard, lançando um olhar experiente sobre a companhia entusiasticamente paramentada reunida no salão de baile da duquesa. — E se as damas carecem de segurança, eu sou o homem certo! Uma hora mais tarde, Ivo curvou-se perante uma das mais adoráveis mulheres do salão e ofereceu-lhe o braço. — Lamento que esteja sofrendo com o calor, madame. Posso sugerir darmos uma volta no jardim da duquesa? Deve estar mais fresco lá fora. Bruxelas parece propensa a uma tempestade muito em breve. A dama agradeceu com os olhos castanhos. — Eu decerto apreciaria, lorde Trenchard. Conforme abriram caminho até as amplas janelas, Ivo pôde notar alguns dos convidados mais empertigados lançar-lhe olhares reprovadores. Ainda não haviam esquecido o escândalo de seu recente envolvimento com a condessa Leiken, mas isso não o perturbava. A reprovação costumava provocar o efeito de fazê-lo comport ...

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