Livro: Aposta Indecente Página 3
Autor - Fonte: JUDITH LAIK
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nudos proporcionavam um contraste surpreendente e um certo ar de sensualidade.
Charlotte apertou mais a faixa que prendia o robe. Estava decentemente coberta, embora aquela peça de ves¬tuário não fosse apropriada para aparecer na frente de es-tranhos. Logo imaginou que mais uma vez outra aposta tola estava prestes a acontecer. Lembrou, desapontada, que o pai não se importava com ela, apenas solicitava sua presen¬ça para facilitar o ajuste entre os jogadores.
Mesmo assim, dirigiu um sorriso brilhante ao convidado e seu coração pareceu saltar do peito.
Esse homem é perigoso. Quando vai aprender, papai? Pensou, sobressaltada.
O estranho parecia um tipo comum de cabelos castanhos, altura mediana e feições normais. As roupas eram de um ca¬valheiro, porém sem grandes ostentações. Contudo, os olhos azuis sobressaíam-se. Aquele olhar continha uma estranha luminosidade que parecia entrar na alma das pessoas. Assim que o percebeu estudando-a, ela. Tremeu, fascinada.
— Fiz uma pequena aposta com o lorde Rayfield, Charley. Ele insiste em saber se tenho sua permissão. — Treadwell fez um gesto com o dedo mindinho, que era seu sinal secre¬to. Queria dizer que ela devia cooperar com seu plano.
A intuição de Charlotte gritava que algo estava diferen¬te dessa vez. Tentou achar pistas nos trejeitos do pai, porém ele os desviou.
— Diga ao conde que você também é uma jogadora. E que vai levar a aposta adiante — Treadwell falou com um sorriso sem graça.
— O que seu pai está querendo dizer é que você é o prê¬mio da aposta. — A voz de barítono de Hugh encobriu as evasivas do visconde.
Charlotte respirou fundo, abandonando qualquer tenta¬tiva de parecer à vontade.
— O que esperam que eu faça?
— Bem. Caso seu pai perca a aposta, você será minha. Ela se sobressaltou e fitou Treadwell.
— É verdade, papai?
O visconde riu, mais sem graça ainda.
— Sim.
Charlotte observava o pai, sem palavras.
— Se você disser que não
...
está de acordo com a aposta, ela fica sem efeito — informou Hugh.
Quando ia afirmar que se opunha a tal aposta, encon¬trou o olhar desesperado do pai. O que ele teria aprontado para estar em tamanho desespero? Devia haver ura plano. Impossível imaginar que um pai estivesse apostando a pró¬pria filha e com todas as chances de perder.
Ainda mais para Hugh Brooks. Ambos conheciam a repu¬tação do conde: um aventureiro, conhecido por viver de for¬ma arriscada, freqüentador dos piores lugares de Londres, à procura de prazeres pecaminosos. Não podia acreditar que o pai iria gostar de vê-la envolvida com aquele tipo de gente.
Já não era a primeira vez em que o visconde se atrapalhara no jogo ou em alguma negociata, porém sempre dava um jeito de salvá-la. Pensando assim, ela resolveu confiar que tudo acabaria dando certo.
— Na verdade, lorde Rayfield, por que acha que eu não concordaria? Ou será que desejou me ver antes, para saber se a aposta valeria a pena? Será que não tem coragem de arriscar?
— Não se trata disso.
— O que me diz então? — perguntou Treadwell depois de um longo suspiro.
— Se é assim que deseja, está certo. — O tom de voz de Hugh era calmo, quase aborrecido.
— Uma aposta de cinco mil libras, mais os títulos que ganhou de mim esta noite por Charlotte. Se eu ganhar, te¬rei o suficiente para pagar minhas dívidas mais urgentes e conseguir um pouco mais de tempo.
— De acordo.
Que tipo de homem aceitaria uma aposta como aquela? Ou Hugh era ainda mais tolo que seu pai, ou rico demais, Charlotte pensou. Fechou os olhos e rezou para que o pai ganhasse a aposta e para que essa fosse a última vez que arriscava a segurança da família nas cartas e nos dados.
Treadwell abriu uma gaveta e apanhou a caixa de dados. Não disse nada além do necessário para o jogo:
— Quatro, milorde. Jogue de novo. Oito. Oito outra vez.
Você ganhou. Parece que levou a melhor esta noite. — Treadwell murmurou, tentando ...
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Comentários:
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Rafa: E boa mas faltou mais paixao entre os dois o final foi confuso.
Aidil Ribeiro de Oliveira : Li de novo.
Aidil Ribeiro de Oliveira : Lindo.
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