Livro: Intruso sedutor Página 5

... ar um fim de semana — disse ele, encarando-a com determinação. — Isso é o que você pensa! — Sara respirou profundamente para controlar a impaciência e falou com firmeza: — Olhe aqui: que eu saiba minha tia não convidou ninguém. Além disso, não tenho condições de oferecer hospitalidade a quem quer que seja. — Mesmo assim eu pretendo ficar por uma semana, talvez até mais, se me agradar. — Você deve estar brincando! — Ao contrário, estou sendo muito sério! — Então é melhor você compreender que eu não tenho nenhuma intenção de receber um estranho, enquanto estiver aqui nesta casa. Deus do céu será que você é louco? — Não. Não precisa se preocupar. Aliás, você é muito pouco hospitaleira! Estou desapontado. Esperava que fosse diferente. Sara o encarou, surpresa. Aquelas palavras indicavam que ele estava ali especialmente para encontrá-la. Aos poucos, ela aquiesceu. — Muito bem! Talvez uma xícara de chá. — E um pedaço de pão seco? — insinuou Leon Longley, com mordacidade. — Pão seco em geral eu dou para os pássaros, mas há uma pizza velha na geladeira. — Deve estar deliciosa — murmurou, com um olhar maroto. Sara ligou a chaleira elétrica e, em seguida, colocou a pizza no forno de microondas. Na verdade, a pizza tinha sido feita na véspera, seguindo uma das receitas favoritas de Jane. Leon Longley foi até a garagem, e ela percebeu que seria uma ótima oportunidade para fechar a porta e trancá-lo para fora mas, por uma razão ignorada, não fez isso. Havia algo de misterioso naquele homem, e ela devia procurar saber o que era. Logo depois, ele retornou com uma garrafa de vinho, que colocou na geladeira. — Acho que você pode apanhar os copos, não? Sara não disse nada. Apenas colocou dois copos de cristal sobre uma mesa de madeira. — Acho que esta velha chácara ainda possui um banheiro, não? — É claro que sim! Imagino que queira lavar as mãos. Ele fica daquele lado. — Obri ...

ado. Pode deixar que eu acho. Sara arrumou os pratos, furiosa. Será que ele já estivera na chácara antes? Suspeitou de que por detrás daquela visita havia mais do que pôde supor num primeiro momento e, por isso, sentiu a necessidade de ser cautelosa. Talvez ela estivesse empregando a tática errada com aquele homem. Era óbvio que suas demonstrações de raiva apenas serviram para diverti-lo. Precisava mudar de comportamento, se quisesse descobrir alguma coisa. Desligou a água da chaleira e esperou que ele voltasse. — Aos nossos negócios futuros! — brindou ele, erguendo o copo, depois de ter servido a ambos de vinho. — Negócios? Eu. eu sinto muito, mas não sei do que você está falando. — Você saberá, na hora oportuna — disse ele, fitando o copo e mudando de assunto em seguida. —A garagem é larga o bastante para dois carros. — Antigamente, aquele espaço era do barco de Samuel, mas agora está servindo de depósito — respondeu Sara calmamente. — Darei um jeito nisso. E só encostar aquelas madeiras na parede. — disse casualmente, porém revelando determinação. Sara cortou a pizza novamente com a sensação de que havia algo estranho naquelas palavras. — E uma bela vista — ele comentou, observando o lago através da janela. — Você não acha que está na hora de me contar o que significa tudo isto? — Certamente, você não imagina nem de longe. — Lamento que não! — Você tem certeza de que meu nome não significa nada para você? — Não, Sr. Leon Longley, não significa. Se Jane ao menos otivesse mencionado, eu não esqueceria. Você quer dizer que este nome significava alguma coisa para ela? — Pode-se dizer que significou — respondeu ele. — Então me diga, por favor, onde você se encaixa na vida de Jane? — Eu sou o neto da irmã de Samuel — esclareceu Leon calmamente. Sara empalideceu e não fez nenhum esforço para disfarçar o tom de desprezo na voz. — Ah! Então você pertence àq ...

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