Livro: Intruso sedutor Página 4

... do de dizer a você. — Não faz sentido. Apesar da idade, a memória de Jane era excelente. E também não acredito que ela teria convidado um estranho para a casa dela. — Estranho para você; talvez não para ela. Jane achava que eu poderia lhe dar uma idéia do valor de sua propriedade: sou construtor. — Acho que qualquer encarregado das fazendas próximas poderia ter feito isso para ela — provocou Sara. — E, no entanto foi a minha opinião que ela preferiu — ele respondeu, com orgulho. — Infelizmente você chegou atrasado para isso. — A voz de Sara tornou-se fria. — Se tivesse vindo no fim de semana passado, teria assistido ao seu funeral. Entende agora por que eu não acredito nessa história de convite? — Ah, mas você não sabe que ela tinha escrito para mim há várias semanas. — Seus olhos examinavam o rosto de Sara de um modo que a embaraçava. — É verdade? E ainda assim você atrasou sua vinda até agora? — Falei com ela pelo telefone. — Sua voz tinha agora um ar de cansaço. — Expliquei os vários projetos que estavam atrasando minha visita, e ela entendeu que, morando em Auckland, eu não podia largar meus compromissos de uma hora para outra. — E ela nem sequer mencionou esse contato. — Sara mostrou-se atônita. — Fico me perguntando por que. — E quem sabe o que se passa na cabeça de uma mulher? — Eu posso dizer o porquê — arrematou Sara, furiosa. — E porque esse convite não existiu. — Você está sugerindo de novo que eu sou um mentiroso. Muito obrigado — disse, com os olhos faiscando de raiva. Sara continuou: — Eu realmente não sei o que pensar Sr. Longley. Devo admitir que estou um pouco confusa. — Por que não perguntamos para a senhora da casa ao lado? — sugeriu ele, com uma ponta de ironia. — Ela está nos observando atrás da cortina. Sara ficou irritada. — E Íris Radcliffe. Adora cuidar da vida dos outros. — Para ajudar ou por curiosidade em saber o que acontece d ...

outro lado da cerca? — Acho que a segunda opção. —. E você não devia estar agradecida por isso? Ou é uma daquelas pessoas ingratas que não reconhecem o interesse dos vizinhos? — Você não tem o direito de falar dessa maneira. Não conhece Íris Radcliffe. É a maior fofoqueira do bairro. — Nem quero conhecer. O que me aborrece é minha incapacidade de manter uma conversa racional com você. Sara voltou à defensiva. — Sobre o quê? — Não é assunto que se possa discutir na calçada. O que acha de me convidar para entrar? — Não considero boa idéia. — Srta. Masters, está começando a me aborrecer. Não esperava que fosse tão tola. — Tola! Como você ousa. — Qualquer pessoa com um pingo de juízo já teria percebido que existe um motivo para eu querer falar com você. Sara o olhou, em dúvida. Sentiu subitamente a necessidade de esclarecer tudo. Será que Jane o teria mesmo convidado sem lhe dizer nada? — Muito bem, é melhor você entrar — concordou por fim. — Muito obrigado! Sara conduziu-o para dentro de casa, e mais uma vez reparou que Leon Longley era suficientemente atraente para fazer uma garota olhar duas vezes para ele. Mas ela não sabia tudo sobre homens fascinantes? Não eram justamente aqueles a serem evitados? Terry Purvis era lindo, mas há muito o havia afastado de sua vida. Não queria ser atraída pelo carisma daquele homem, nem deixá-lo imaginar que o sorriso suave que brotava daquela boca sensual tinha algum efeito sobre ela. — E uma chácara confortável, mesmo sendo velha — disse Leon Longley, olhando ao redor. Sara franziu o cenho. — Você não viu nada da propriedade. Como pode dizer que ela é confortável? — Talvez eu lhe conte depois do almoço. — Que almoço? — Posso convidá-la para almoçar? — Não, obrigada. — Você tem pelo menos intenção de me convidar? — insistiu Longley. — Estou ficando com fome. — Acho que vai continuar. — Mas eu vim para fic ...

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