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Intruso sedutor

Livro: Intruso sedutor Página 3

Autor - Fonte: Miriam MacGregor

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... Prometa-me que quando eu estiver junto do meu Samuel você vai cuidar bem da chácara. — Claro que vou. — Você precisa evitar o apodrecimento da madeira e qualquer tipo de perfuração. A chácara é como eu: velha. Agora prometa-me. — Eu prometo — concordou Sara, reparando no papel de parede envelhecido, que, em breve, precisaria ser renovado. A madeira com a qual a casa fora construída tinha um formato alongado, e sua cor vermelho-escuro contrastava com as cercas brancas, enfatizando-lhe o ar antigo, fazendo-a até parecer estranha ao lado dos vizinhos mais modernos. O pequeno hall de entrada dava acesso a três quartos, ao banheiro, à sala e à cozinha. Dois telhadinhos que cobriam as janelas da sala e dos quartos da frente aliviavam um pouco a austeridade da fachada. — E há também as ervas — continuou Jane. — As cebolinhas precisam ser podadas no tempo certo e a menta não deve brotar amontoadamente. As sementes de borragem precisam ser transplantadas antes de ficarem muito grandes. Você promete que vai manter tudo isso cultivado? Sara concordou novamente, sentindo-se incapaz de falar qualquer coisa. — Há uma variedade tão grande de ervas. Muitos dos meus amigos costumam pedir maços de salsa ou sálvia. A fazenda não é conhecida como Fazenda dos Rosmarinhos à toa. A mãe de Samuel sempre dava de presente aos hóspedes que iam embora brotos de rosmarinhos; Você sabia que faz bem para a memória? Sara dirigiu à tia um olhar demorado. — Jane, querida, eu nunca vou precisar de chá de rosmarinho para me lembrar de você. Nunca vou esquecer seu carinho por mim. O rosto sério de Jane mudou para um sorriso. — É recíproco. Você veio viver aqui quando o meu querido Samuel morreu e alegrou os dias de uma velha triste. — Você também me ajudou muito — lembrou Sara, baixinho. Jane fez um comentário com sua objetividade usual: — Claro, eu sei que você veio ficar comigo depois de ter terminado um caso sem importâ ...
cia, mas você era sensível demais para tirar sozinha aquele sujeito da cabeça. Sara respirou fundo Aquele sujeito era Terry Purvis, e, ainda que nunca mencionasse esse nome, a ferida aberta pela humilhação que ele havia lhe causado ainda não cicatrizara. Foi assim, perdida em pensamentos, que Sara chegou à casinha à beira do lago. Para sua surpresa, viu o Daimler branco parado em frente. Não reparara nele ao entrar na rua, mas, antes que pudesse abrir a porta da garagem, o homem estava parado ao seu lado. Sara continuou na mesma posição, olhando para ele e esperando que falasse alguma coisa. A voz do estranho tinha um quê de irritação. — Você demorou a voltar para casa. — Edaí? — Vi você entrar na área de estacionamento do lago. Foi uma parada deliberada para me fazer esperar? — Esperar pelo quê? — Para conversar com você, é claro, Srta. Masters. Sara percebeu surpresa, que ele sabia seu sobrenome. — Você não esperava que, cedo ou tarde, eu voltasse? Sara balançou a cabeça, franzindo as sobrancelhas pensativamente. Teria se esquecido de algo? Era bem possível que sim, em virtude da semana que tivera. Mas, olhando para aquele homem alto, respondeu: — Por que deveria? Nem tenho idéia de quem você possa ser. — Leon Longley, a seu dispor — disse, curvando zombeteiramente o corpo, enquanto Sara continuava a olhá-lo sem dizer uma palavra. — Meu nome não lhe diz nada? — Não. E por que deveria? Sara sentiu-se perturbada, pois havia algo que ela não entendia. O estranho colocou as mãos nos bolsos da calça e continuou: — Jane escreveu-me convidando para o fim de semana — informou ele vagarosamente, ao que Sara respondeu com um olhar de incredulidade. — Não acredito em você. — Está me chamando de mentiroso? — É possível — interrompeu Sara, com frieza. — Ou você não sabe que, se acaso Jane tivesse convidado alguém para o fim de semana, eu teria sabido? — Talvez ela tenha esqueci ...

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Comentários:
Ju: Lindo mesmo...
Jessica: Adorerei .
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