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Intruso sedutor

Livro: Intruso sedutor Página 2

Autor - Fonte: Miriam MacGregor

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... eu não gostaria. Não o conheço! Ele riu com certa melancolia. — Mas vai conhecer minha senhora. — Acredite: não estou nem de longe interessada. E, se não se retirar, vou chamar a polícia. — Faça isso! Acho que vão rir. — E por quê? E obrigação da polícia impedir que as pessoas sejam molestadas por estranhos. — Eu não a estou molestando — sussurrou ele. — Aliás, poderia dizer que estamos vivendo juntos. — O que é uma mentira que você teria dificuldade em provar — retrucou Sara, enfurecida por aquela audácia. — No seu lugar eu pensaria melhor. — Não seja ridículo! Ele se afastou e Sara fechou a porta. Sentou-se novamente para fazer a lista, mas não conseguia concentrar-se. O estranho a deixara irritada. Não só pela sua beleza, como pela sua pretensão e arrogância. Sara saiu um pouco depois, olhando ao redor, considerando a possibilidade de o estranho que a abordara estar por ali. Deu um suspiro, mais tranqüila por não ver nem sinal dele. Seus pensamentos voaram para a chácara que dali em diante ocuparia sem a companhia da tia-avó, Jane. Essas reflexões interromperam-se quando Sara chegou ao estacionamento onde guardava seu velho Datsun verde. Próximo dele, um Daimler branco brilhava e, quando Sara viu quem estava atrás do volante, sentiu um arrepio de temor: era o homem que estivera no salão. O nervosismo a dominou. Estaria ele esperando-a? Certamente não; estava sendo ridícula. Mas quando contornava a margem norte do lago, viu pelo retrovisor que o Daimler branco também deixava o estacionamento. Será que de fato não a seguia? — Vou descobrir o que está acontecendo — disse Sara consigo mesma, reduzindo a velocidade e parando o carro em uma área de estacionamento ao lado do lago. — Se você ainda tem algo a dizer, vai fazê-lo agora, porque não vou permitir de maneira nenhuma que me siga para descobrir onde moro. Seus receios, contudo, eram infundados, porque o Daimler passou por ela em ...
disparada. Tranqüilizou-se e ainda deu um tempo para que ele se distanciasse mais. Sara voltou a pensar na chácara e no procurador de sua tia, Dr. Abernethy. Sentiu-se culpada quando lembrou que por duas vezes prometera visitá-lo. O primeiro pedido fora feito na segunda-feira anterior, no funeral de tia Jane, quando, depois de algumas palavras de pêsames, ele dissera: — Venha me ver assim que possível. E um assunto que interessava a sua tia. — Acho que sei do que se trata. — Tem certeza? — Eu entendo. Bem, tia Jane sempre disse. — Sara calou-se, achando o momento impróprio para se falar em herança. — Estou certo de que a Sra. Patterson gostaria que eu esclarecesse os termos — continuou evitando o olhar de Sara. — Você virá me ver? As palavras de John Abernethy mal eram ouvidas por Sara, que tentava abafar os soluços, acreditando que sua tia não estava naquele caixão coberto de flores. O que estava ali era sua concha; a alma estava em outra parte, com o querido Samuel. Entretanto, não tivera tempo nos dias seguintes. Então recebera o segundo chamado do Sr. Abernethy. A carta sugeria um encontro na segunda-feira às nove horas e denunciava a ansiedade do procurador em vê-la. O fato confundiu um pouco Sara. Ela até podia imaginar o conteúdo do testamento, já que a tia nunca fizera segredo da intenção de deixar toda sua propriedade para ela. Ainda agora, com os olhos fechados, podia lembrar as palavras de Jane: — Você vai tomar conta da chácara para mim? Eu a mantive em memória de Samuel, e confio em você para tomar conta de tudo. — Eu vou cuidar de tudo — prometeu Sara. — Mas, por favor, não fale nisso agora. — É preciso encarar os fatos — declarou Jane. — Nós duas sabemos que eu já passei dos oitenta e que o tempo virá em que não estarei mais aqui. É por isso que estou fazendo esse contrato. — Contrato? A voz de Jane fora firme quando ela falara, fixando-se nos olhos castanhos de Sara: ...

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Comentários:
Ju: Lindo mesmo...
Jessica: Adorerei .
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