Livro: Romance em Londres
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... A SPLENDID PASSION Avery Thorne Bianca nº 234 O aeroporto fervilhava de agitação. Sozinha, atrapalhada com o peso das malas, Kate procurava por um belo par de olhos azuis, por entre a multidão, os olhos de Julian Tremain, o famoso ator inglês. O convite para vir a Londres trabalhar numa peça de teatro ao lado de Julian lhe aparecera como o maior desafio de sua carreira. Kate queria demonstrar que era uma atriz de talento e esperava obter sucesso no confronto com aquele homem difícil e envolvente. Tão envolvente que ela aceitara também o convite perigoso de ficar morando na casa de Julian, apesar da fama dele de "conquistador irresistível" e a dela de "virgem profissional". Digitalização Zaira Revisão Cris Paiva Copyright Avery Thorne Título original "A Splendid Passion" Publicado originalmente em 1983 pela Mills & Boon Ltd., Londres, Inglaterra Tradução Rilda Lorch Copyright para a língua portuguesa 1984 Abril S.A. Cultural — São Paulo Esta obra foi composta na Linoart Ltda. e impressa na Divisão Gráfica da Editora Abril S.A Foto da capa Harlequin CAPÍTULO "Droga! Se eu pudesse evitar os distraídos que andam por aí, teria subido, sã e salva, os degraus da minha casa", pensou Kate, furiosa. Mas não tinha conseguido, e por isso agora estava esparramada na calçada, cercada por um monte de latas, flores e pelos objetos que lhe caíram da bolsa. Algum idiota saíra pela porta do seu prédio, exatamente quando estava começando a subir os degraus. Surgira tão repentinamente, que ela não teve chance de desviar. "Francamente! Ele não fez o menor esforço para impedir a trombada", ela voltou a pensar, com raiva. — Essas flores não estão fora de época? — o homem perguntou, sorrindo. Inclinou-se e começou a recolher as flores, uma a uma, tomando muito cuidado. — Se não me engano, elas só aparecem na primavera. — Claro que sim! — reagiu Kate. — Mas você poderia esquecer essa d ...

oga e me pedir desculpas! — É verdade — ele concordou, como se ainda não tivesse pensado no assunto. — Posso garantir que não tinha a menor intenção de derrubar você dessa forma. ou de qualquer outra! — acrescentou. — Eu não disse que você fez de propósito — respondeu Kate, ainda esperando um pedido de desculpas. Percebeu, então, que aquela voz lhe era familiar, mas, mesmo assim, continuou — Você deve ser bem egoísta. Aposto que nunca dá atenção aos outros e vai seguindo tranqüilamente o seu caminho, sem se importar com quem vai caindo à sua passagem. — Como é que você sabe disso? — ele perguntou, com um leve tom de ironia na voz, estendendo a mão livre para ajudá-la a ficar de pé. — É evidente. — Ela fixou o olhar, desanimada, sobre as coisas espalhadas pela calçada. — Eu conheço o seu tipo de longe. Você acha que. Nesse momento, olhou para o desconhecido pela primeira vez e parou, chocada com o fato de ele ser grande o suficiente para seguir seu caminho, sem se importar com quem derrubava. Kate era uma moça bem alta e raramente encontrava um homem tão mais alto que ela, como era o caso daquele à sua frente. Era grande e musculoso, mas não tinha um grama de gordura a mais. Mesmo o terno impecável não conseguia disfarçar a largura de seus ombros ou a impressão de força e energia que emanava de toda a sua figura. Momentaneamente distraída com esses detalhes, notou que o terno que ele usava era realmente de classe. O tecido do casaco, uma lãzinha em tons de cinza e azul, sem dúvida, era muito caro. Não pôde deixar de admirar o corte impecável do temo, feito sob medida, tão diferente dos comprados prontos. Aquele homem hão era apenas grande e forte, parecia também especial. Precisava levantar o rosto para enxergá-lo melhor. Olhando em frente, só conseguia ver a camisa e o nó da gravata. Sentia-se ridícula. Kate raramente tinha que levantar os olhos para encarar alguém. Mas encontrar um hom ...

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