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A Noiva Guerreira

Livro: A Noiva Guerreira Página 2

Autor - Fonte: Jane Feather

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... a descoberta, e suas mãos enluvadas apoiadas com ligeireza sobre a cela. Um arauto soprou a trompeta fazendo soar uma larga nota e, em seguida, uma voz bramou: — William Decatur, conde de Rothbury, por este ato, em nome do Rei, ordena que te rendas à justiça de Sua Majestade. Foi como se quebrasse um feitiço nesse âmbito. O conde virou-se e se dirigiu para o lar. Seus dedos se deslocaram sobre a pedra e, lenta e silenciosamente, esta se abriu deixando descoberto pequeno espaço cavernoso que se usava, em outros tempos, para ocultar aos sacerdotes. — Clarissa, já sabe o que tem que fazer. Leve Rufus e vá. Meus irmãos estão te aguardando mais à frente da escada. Eu reterei a este canalha aqui até que estejam longe e a salvo. — Mas, William. A voz de Clarissa foi apagando-se e a mão que tinha estendido para seu marido ficou suspensa no ar. — Eu irei atrás de ti - disse ele, cortante — Agora, faz o que te digo e vá. Uma esposa não desobedecia seu marido, nem sequer em situações extremas como essa. Clarissa pegou a mão de seu filho, mas este se soltou. — Eu ficarei com meu pai. O menino não olhou sua mãe, pois seu intenso olhar estava fixo em seu pai. Desse modo, William compreendeu que seu filho sabia a verdade: que o conde de Rothbury não se reuniria com sua esposa e seu filho no exílio. Que não fugiria da justiça do Rei para não merecer o título de covarde, além disso, do de traidor. O conde tomou o menino pelos ombros e lhe disse, em voz firme: — Você deve cuidar de sua mãe, Rufus. Agora é seu escudo e sua adaga; toca-te vingar nossa honra. Deixou ao menino e se aproximou da mesa; tomou o pergaminho e o enrolou com cuidado. O passou ao menino. — Rufus, meu filho, neste momento, deposito em ti minha mais solene confiança que me vingará ante a casa de Granville e que levará com orgulho nosso sobrenome, até aqueles que o julguem desonrado. Por suas ações, converterá Rothbury no ...
paradigma da verdade, da justiça e da honra, embora esteja condenado a viver fora da lei, a forjar seu próprio mundo, a sua própria verdade e sua própria honra. Rufus recebeu o pergaminho e tragou saliva. Teve a sensação de que o peso mortífero das palavras de seu pai lhe tinha constrangido a garganta. Só tinha oito anos, e seus ombros ficaram rígidos como se preparassem para suportar a grande carga de responsabilidade que seu pai tinha depositado sobre ele. — Juras que o fará? — Juro-o — conseguiu articular Rufus, embora as palavras lhe soassem estranhas, como se chegassem desde muito longe. — Parte, então. O pai pousou sua mão sobre a cabeça do menino, como para uma fugaz bênção, beijou sua esposa e a convidou a passar pelo oco aberto no muro. Rufus jogou um breve olhar para trás, e seu cabelo pareceu arder à luz do abajur de petróleo que o mensageiro sustentava no alto; seus olhos, que já não tinham a expressão inocente e cândida de um menino de oito anos, exibiam o presságio da perda e o mortífero peso da verdade. Logo, voltou-se e seguiu a sua mãe, que partia na escuridão. O mensageiro foi atrás deles e a passagem na pedra se fechou, girando em silencio sobre suas dobradiças bem azeitadas. William deixou a habitação. Desceu o largo lance de escada de pedra até o corredor, saiu ao anoitecer e se deteve no primeiro degrau observando a seus acusadores. Olhou nos olhos do homem que, em outro tempo, tinha considerado seu amigo, ao homem que agora chegava para despojá-lo de sua casa, de suas terras e da honra de sua família. Por um momento, os dois homens se olharam em silêncio, um silêncio que se estendeu tão tenso como a corda de um arco. Então, William Decatur falou em voz que, embora baixa e cheia de amargura, tinha a força de uma bala de chumbo. — De modo que assim é como honras a amizade, Granville. George, marquês do Granville, esporeou a seu cavalo adiantando-se, transpassando a ...

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Comentários:
Mary: É muito lindo perfeito .
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