Livro: Mary Página 3
Autor - Fonte: Theresa Michaels
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e sobre os navajos. Fora abandonado durante a guerra e depois, no decorrer da década de 60, tornara-se quartel da Reserva Apache de Warm Spring. Quatro anos atrás, depois que os brancos haviam matado o genro do chefe apache Victório, em Alma, as tropas haviam voltado para o forte.
Se algo lhe acontecesse, eles encontrariam Beth e cui¬dariam dela até que um de seus advogado chegasse. Eles sabiam quem ela era e que herdaria todos os seus bens.
Mas enquanto estudava as chances de sair correndo do abrigo e voltar, perguntou-se quem acalmaria sua filha na noite escura, quando ela chorasse de medo. Afastou o pensamento. Para tranquilizá-la, sorriu e colocou na pequena cabeça o seu chapéu negro, de aba larga.
— Cuide do meu chapéu enquanto vou buscar Muffy. Virava-se para correr, mas Beth puxou-o pelo colete.
— Você vai voltar? Não vai embora, como a mamãe?
— Voltarei, sim, Beth.
— Eu disse a mamãe que a amava, naquele dia. Eu não queria que ela fosse embora. — Fitou-o, angustiada. — Eu amo você também, papai.
Rafe abaixou-se e abraçou-a, fazendo força para não chorar. Uma fúria surda irrompeu em seu íntimo. Não precisaria estar ouvindo aquilo enquanto a morte os es-preitava. Se o mar bravio de Long Island Sound não houvesse matado sua esposa, ele poderia dar-lhe o troco por ela o ter lançado naquele verdadeiro inferno. A ele e sua única filha.
Precisava agir logo se quisesse pegar a boneca, pois a trégua não iria se prolongar.
— Amo você também, Beth, mais do que pode imaginar. - Atirando seguidamente para se proteger, ele saiu cor¬rendo de trás das rochas e uma bala passou de raspão em seu braço, fazendo-o cair. De bruços, arrastou-se até seus dedos alcançarem a barra da saia da boneca. Duas balas levantaram poeira ao lado dele. Agarrou a boneca. Aqueles tiros não tinham vindo do cânion, mas sim de trás dele. Começou a rastejar de volta.
Beth estava lá, sozinha.
Uma bala cravou-se no solo, muito perto dele
...
e a poeira levantada toldou-lhe a visão. Era um aviso. Rolou de lado, rápido. Outro tiro raspou-lhe o ombro esquerdo, ferindo-o de leve, e a boneca voou de sua mão, porém continuou segurando o revólver.
Rastejou de lado, então rolou o corpo mais duas vezes até enxergar o atacante. Dois profundos olhos negros ar¬diam no rosto moreno, largo, alterado pela pintura.
— McCade.
A pronúncia gutural soou como um aviso de morte. Com um arrepio percorrendo-lhe a espinha, Rafe ouviu o apache repetir seu nome.
Olhou o rifle apoiado no ombro do índio, mirando seu coração. Ao mesmo tempo que girava, Rafe pegou um punhado de terra e jogou na cara do apache, que errou o tiro. Rafe mirou-o e apertou o gatilho do 44, mas ou¬viu-se apenas um clique arrepiante. O apache avançou, brandindo o rifle como uma clava. Com dois giros rápidos, Rafe teve espaço suficiente e se pôs de pé. Atacou o apache com a coronha de sua arma.
Sabia que de pé se tornava um alvo fácil para os demais índios mas continuou lutando, determinado a afastar o apache do local onde Beth estava escondida. Largou o revólver e, agarrado com o índio, foi descendo a colina, levando vantagem sobre o inimigo que se movimentava de costas, sem ver onde pisava. Não viu a faca até que a lâmina afiada cortou-lhe as costas, à altura do rim. Recuou, o suor entrando nos, impedindo-o de enxergar direito.
O índio aproximou-se para matar. Rafe segurou-lhe o pulso e dobrou-lhe o braço com violência, fazendo a faca enterrar-se fundo no peito do índio. Quando ia correr para o esconderijo, o jovem capitão chamou-o:
— Aqui, McCade!
Abaixando-se, Rafe recuperou o 44, recarregou-o e só então viu o capitão e um soldado abrigados atrás de uma rocha. Ia perguntar-lhes quantos homens restavam, mas um olhar ao redor mostrou-lhe que eram poucos. Torceu para que os apaches não soubessem disso.
Limpando o sangue que lhe corria de um corte nos lábios, foi se arrastando para o esconderijo onde deixar ...
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Comentários:
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Ju : Amei muito......
Paula: Muito linda e emocionante esta estória!.
Mônica Borges: Muito emocionante, principalmente porquê eles confio um no outro compartilho tudo as tristezas, o companheirismo a confiança de entregar .Eu gostei bastante ,mostra que pra aqueles que pensam que a felicidade acabou, que se pode ter esperança o amo e deles e lindo....
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