Livro: Atraída Pelo Príncipe Página 2

... Porém. maledizione. tinham chegado ao escritório. Ago¬ra entrariam cada qual para o seu lado. Essa fora a condição que Jade estabelecera quando concordara que Eduardo a vies¬se buscar todas as manhãs e a levasse ao trabalho. Era isso que alimentava o constrangimento e a relutância dela: o fato de ele ser seu patrão. E bilionário. E um prín¬cipe de Castaldini. Quem poderia imaginar que isso seria um ponto negativo aos olhos de qualquer mulher? Era negativo para Jade. Eduardo lutava para que ela o visse apenas como um ho¬mem. Jade fugira de seus avanços na reunião que tivera com cada um dos novos funcionários graduados. A reunião de negócios que ele tornara pessoal. Algo que nunca fizera na vida, pois jamais misturava trabalho com prazer. Entretanto, não pudera evitar. Desde o primeiro olhar, sentira-se atraído pela beleza dela, que correspondia ao seu ideal. Pela demonstração de inteligência e capacidade. Fica¬ra abalado ao descobrir a mulher que unia força e vulnerabi¬lidade, franqueza e timidez e que compartilhava com ele as mesmas crenças, ética e preferências. O fato de Jade se sentir constrangida por ele ser o patrão apenas aumentara a atração que Eduardo sentia por ela. Retornando ao momento presente, ele resmungou diante da interrupção, afastando-se um pouco do corpo macio e dizendo: — Hoje à noite, Jade. Chega de esperar. Ela arregalou os olhos, enquanto Eduardo a ajudava a se aprumar, ajeitar as roupas e retornar à normalidade. Seria excitação que o fazia tremer? Antecipação? Antes que ele pudesse refletir, Jade silenciou seus pensamentos com um beijo arrebatador e depois desceu do carro. Eduardo se recostou no assento lutando para se controlar e a observou se distanciar com passos trôpegos. Esperou até que ela desaparecesse no interior do arra¬nha-céu onde funcionava a empresa D\'Agostino Digital Development e depois também desceu do carro, tomando seu elevador particular. Entrou em seu escritório ...

a cobertura e rumou diretamen¬te para as janelas que iam do chão ao teto, descortinando Manhattan. Mas não via nada além do rosto de Jade. O desejo dos dois era igual. Só podia ser a incerteza que a fazia hesitar. E isso poderia acabar mal. Porém Eduardo pretendia terminar com todas as dúvidas. De sua parte, não tinha nenhuma. Jade era a mulher que desejava. E nessa noite, iria pedir. — O sr. Steele está aqui para vê-lo, alteza. Com urgência. Eduardo se voltou. Ciro, seu braço direito, acompanhava Brandon Steele. Devia ser muito urgente para que eles en¬trassem sem pedir sua permissão. Ainda incapaz de afastar os pensamentos de Jade, Eduardo encarou o homem solene à sua frente. Steele atirou uma pasta em sua mão. — A evidência é conclusiva. Jade Mitchell é uma espiã. CAPÍTULO DOIS Eduardo fitou o homem alto com aparência de pantera como se tivesse falado em um idioma que não reconhecia. — Foi seu raro e repentino interesse nela que me fizeram investigá-la. Precisava me assegurar de que era sincera, já que o senhor estava lhe dando muito poder. — Os olhos ne¬gros de Brandon retiveram os de Eduardo como se fossem um ímã, enquanto enfiava as mãos nos bolsos e deixava o ar escapar dos pulmões lentamente. — Precisava me assegurar de que ela era inocente. Sem querer, Eduardo suspirou, recuperando o fôlego. — Claro que é inocente. — Parecia inocente demais — interrompeu Brandon, diante da indignação de Eduardo. — Não teve nenhum con¬tato com o mundo exterior durante as oito semanas desde que entrou para o setor de programação, nenhum registro de acesso a nada nem mesmo aos sistemas que deveria acessar. Seu computador pessoal era mais protegido que os da CIA. Isso me deixou ainda mais desconfiado. Então aprofundei minha pesquisa discretamente. Estava para admitir que me tornara paranóico, quando descobri a primeira pista, que me levou a outras. E a mais outras. Até que compilei isto. — To ...

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