Livro: Aprendendo a Amar - Katherine Garbera Página 3

... de começar a flertar com mulheres de novo. Trabalhar com a coordenadora de eventos naquele ano seria mais difícil do que ele havia imaginado. Como chefe da segurança, Duke era responsável pelo perfeito andamento do baile de gala, o evento anual mais importante que comemorava o aniversário de fundação da companhia. Normalmente as estrelas de televisão eram as únicas cele¬bridades presentes, mas naquele ano com certeza haveriam vários atletas e esportistas, pois Max tinha acabado de comprar um time de hóquei. E, pela primeira vez em cinco anos, toda a diretoria tinha confirmado presença no evento. E, para complicar as coisas, a srta. Jones não era exatamente o tipo de profissional com quem Duke imaginara ter que trabalhar. Havia algo nela que o incomodava. Algo que ao mesmo tempo o deixava ansioso e o fazia desejar estar longe daquele lugar. Definitivamente, ele considerou que era o momento de co¬meçar a marcar encontros outra vez. Pensou até em recorrer aos nomes de velhas amigas em sua agenda. Quando Cami pegou a caneta laser, Duke perguntou-se o que aconteceria a seguir. Ela fez sinal para um assistente e as luzes se apagaram. Em seguida, uma série de slides começou a ser projetada. Durante a explanação, o olhar de Duke fixou-se no rosto de Cami como se fosse atraído por uma força magnética. Apesar da penumbra, ele examinou em detalhes os lábios vermelhos e carnudos que adornavam o rosto incrivelmente feminino. Aqueles lábios pareciam convidar qualquer homem com san¬gue nas veias a beijá-los. Mas era preciso ser realista. A mulher parada em pé do outro lado da sala não era seu tipo. Ela não era seca e objetiva como as garotas que Duke conhecera no passado. Na verdade, parecia etérea demais para ele. De qualquer forma, Duke não podia tirar os olhos dela. Era como se a presença da srta. Jones lhe transmitisse uma sen¬sação inexplicável e apaixonante, capaz de hipnotizá-lo. E, pai¬xão pela vida era algo quase desconh ...

cido para ele. Embora o orfanato tivesse sido um bom local para ficar, Duke nunca havia sido maltratado lá, a infância solitária praticamente o impedira de conhecer o significado da palavra "afeição". Era óbvio que Cami Jones tinha sido amada. O sorriso fácil nos lábios carnudos seria o bastante para convencer qualquer um disso. Depois de ajeitar o corpo na poltrona, Duke continuou ou¬vindo-a atentamente. A suave voz feminina o encantava, e o discurso objetivo era inteligente e eficaz. — Organizar um evento dessa magnitude é muito trabalhoso, mas tenho certeza de que os senhores obterão sucesso absoluto se escolherem a pessoa certa para cuidar de tudo — finalizou. — Muito bem, srta. Jones. Você acaba de nos convencer que é a mulher certa para o trabalho — Max declarou. Max Williams era tudo o que Duke não era. Suave, sofis¬ticado, criado no seio de uma família amorosa. Mas alguém deixou escapar uma pequena risada, e Duke perguntou-se quem seria tão pouco cortês com aquela dama. Ela parecia fora do seu elemento naquele salão cheio de executivos que já haviam visto e experimentado quase tudo. Ela parecia quase. pura. Era realmente tolo, levando-se em conta o comportamento profissional de Cami Jones até aquele momento, mas Duke sentiu um estranho impulso de protegê-la de tudo e de todos. Houve um momento de silêncio, depois do qual Max quebrou a tensão com um sorriso encantador. — Apesar dos problemas adicionais que teremos esse ano, srta. Jones, tenho certeza de que você cuidará muito bem do evento. E já pedi a Duke Merchon, nosso chefe de segurança, para ajudá-la em tudo o que for necessário. Duke aproximou-se naquele momento, e estendeu a mão num cumprimento. Como regra, ele sempre evitava apertos de mão. Depois de passar os últimos quatro anos trabalhando no Japão, adquirira o costume de fazer apenas uma reverência com a cabeça. Mas como estava de volta aos Estados Unidos, talvez fosse melhor praticar o cost ...

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