Livro: Aprendendo a Amar - Katherine Garbera Página 2

... saiba, a política da companhia não permite que as pessoas tenham acesso aos andares superiores sem que se identifiquem. — Cami Jones, normalmente trabalho aqui como bibliote¬cária, mas nos próximos meses serei a coordenadora de eventos. O nome era vagamente familiar, com certeza logo os dois teriam que trabalhar juntos. Duke quis sorrir ao notar a expressão da mulher, que parecia levemente desconfortável com sua nova função. — Duke Merchon, chefe da segurança. — Oh, não. — Oh, sim. Num gesto dramático, Cami colocou a valise no chão e ofe¬receu os pulsos com um suspiro. — Tudo bem. me prenda. Duke teve que morder o lábio inferior para não sorrir. Um sorriso podia significar um gesto amistoso, e em sua função a amizade facilmente podia conduzir a uma tragédia. Ele apertou novamente o botão no painel do elevador, e a máquina colocou-se em movimento, conduzindo-os direto ao décimo quarto andar. Cami apanhou a valise no chão e saiu assim que as portas se abriram, e só então virou-se para encará-lo. — Pensei que seu escritório fosse no décimo segundo. — E é. — Certo. Até logo, sr. Merchon. Os quadris dela balançavam suavemente à medida que se afastava. A visão das pernas torneadas perturbou Duke imen¬samente. O corpo da mulher era sinuoso e suave, totalmente feminino. Tudo o que ele sabia que nunca teria. Mas, de qual¬quer forma, Duke observou-a e desejou-a. Foi difícil manter o controle. Há anos não se sentia tão inclinado a flertar com uma mulher como naquele momento. Mas, enfiando as mãos nos bolsos, sentiu um dos dedos esbarrar no anel de Rebecca. Ele nunca saía de casa sem aquele anel. Era seu talismã pessoal. Não era um homem talhado para relacionamentos, e não seria uma garota qualquer que o faria se esquecer daquilo. Quando se tratava de amor, Duke tinha tendências destrutivas. Apesar de ter sido convidado para a reunião, sentiu-se es¬tranho ao seguir Cami Jones até a sala de confer� ...

ncias. Mas, quando Max estendeu-lhe a mão, Duke cumprimentou com na¬turalidade o presidente das Empresas Pryce. O cargo de chefe de segurança da companhia e guarda-costas pessoal de Max Williams fizera com que conhecesse muitas pessoas com o passar dos anos. As Empresas Pryce eram cons¬tituídas de uma rede de televisão, jornais e um enorme com¬plexo de provedores na Internet. Max, que assumira a presidência quatro anos antes, fora quem o trouxera para a Pryce, mas mesmo assim Duke nunca se sentira à vontade em Atlanta. Aquele lugar lhe trazia recordações demais. Ele olhou para a mulher outra vez, e notou que estivera sendo observado. A srta. Jones corou, desviando o olhar ime¬diatamente, como se estivesse envergonhada. Será que seu ros¬to ficava tão vermelho quando fazia amor? Cami Jones não era o tipo de mulher que ele normalmente achava atraente, mas mesmo assim fora capaz de perturbá-lo. E enquanto estava trabalhando, Duke sempre gostava de agir como um perfeito profissional. Lentamente, o salão ficou repleto e todas as pessoas toma¬ram seus lugares, depois de uma sessão de adulações com a qual a maioria tentava conseguir as atenções de Max. — Boa tarde, senhoras e senhores — Cami disse, iniciando a reunião. — O baile de gala deste ano promete ser o maior evento da década. Vou apresentar as sugestões de vários profis¬sionais para a decoração do salão e então poderemos prosseguir. Sem mover um músculo do rosto, Duke assistiu a competente exposição da jovem mulher. Já fazia muito tempo que alguém não o interessava tanto. De qualquer forma, estranhamente, a voz da srta. Jones não parecia tão doce e melodiosa quanto minutos antes no elevador. Mas ainda que apresentasse suas idéias com segurança, ela mantinha na expressão uma certa fragilidade, como se preci¬sasse de proteção. A onda de calor que percorreu todo o corpo dele foi obvia¬mente motivada por uma irresistível atração sexual. Talvez seja hora ...

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