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Contos de Eça de Queiróz
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Contos de Eça de Queiróz

Livro: Contos de Eça de Queiróz Página 3

Autor - Fonte: Eça de Queiróz

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... — Já vai aloirando o porquinho, irmão Egídio! A pele já tosta, meu santo! Entrou enfim na choça triunfalmente, com o assado que fumegava e rescindia, cercado de frescas folhas de alface. Ternamente ajudou a sentar o velho, que tremia e se babava de gula. Arredou das pobres faces maceradas os cabelos que o suor da fraqueza empastara. E, para que o bom Egídio não vexasse com a sua voracidade e tão carnal apetite, ia afirmando enquanto lhe partia as febras gordas, que também ele comeria regaladamente daquele excelente porco se não tivesse almoçado à farta na Locanda dos três Caminhos! — Mas nem bocado agora me podia entrar, meu irmão! Com uma galinha inteira me atochei! E depois uma fritada de ovos! E de vinho branco, um quartinho! E o santo homem mentia santamente — porque, desde madrugada, não provara mais que um magro caldo de ervas, recebido por esmola à cancela de uma granja. Farto, consolado, Egídio deu um suspiro, recaiu no seu leito de folha seca. Que bem lhe fizera, que bem lhe fizera! O Senhor, na sua justiça, pagasse a seu irmão Genebro aquele pedaço de porco!. E o ermitão, com as mãos postas, Genebro ajoelhado, ambos louvaram, ardentemente, o Senhor que, a toda necessidade solitária, manda de longe o socorro. Então, tendo coberto Egídio com um pedaço de manta e posto, a seu lado, a bilha cheia de água fresca, e tapado, contra as aragens da tarde, a fresta da cabana, Frei Genebro, debruçado sobre ele, murmurou: — Meu bom irmão, vós não podeis ficar neste abandono. Eu vou levado por obra de Jesus, que não admite tardança. Mas passarei no convento de Sambricena e darei recado para que um noviço venha e cuide de vós com amor, no vosso transe. Deus vos vele entretanto, meu irmão; Deus vos sossegue e vos ampare com a sua mão direita. Mas Egidio cerrara os olhos, nem se moveu, ou porque adormecera, ou porque seu espírito, tendo pago aquele derradeiro salário ao corpo, como a um bom servidor, para sempre parti ...
a, finda a sua obra na terra. Frei Genebro pensava quanto era magnânimo o Senhor em permitir que o homem, feito à sua imagem augusta, recebesse tão fácil consolação duma perna decerto assada entre duas pedras. Retornou a estrada, marchou para Terni. E prodigiosa foi, desde esse dia, a atividade de sua virtude. Através de toda a Itália, sem descanso, pregou o Evangelho Eterno, adoçando a aspereza dos ricos, alargando a esperança dos pobres. O seu imenso amor ia ainda para além dos que sofrem, até aqueles que pecam, oferecendo um alívio a cada dor, estendendo um perdão a cada culpa: e com a mesma caridade que tratava os leprosos, convertia os bandidos. Durante as invernias e a neve, vezes inumeráveis dava, aos mendigos, a sua túnica, as suas alpercatas; os abades dos mosteiros ricos, as damas devotas de novo o vestiam, para evitar o escândalo de sua nudez através das cidades; e, sem demora, na primeira esquina, ante qualquer esfarrapado, ele se despojava sorrindo. Para remir servos que penavam sob um amo feroz, penetrava nas igrejas, afirmando, jovialmente, que mais apraz a Deus uma alma liberta que uma tocha acesa. Cercado de viúvas, de crianças famintas, invadia as padarias, açougues, até as tendas dos cambistas, e reclamava imperiosamente, em nome de Deus, a parte dos deserdados. Sofrer, sentir a humilhação eram, para ele, as únicas alegrias completas: nada o deliciava mais do que chegar de noite molhado, esfaimado, tiritando, a uma opulenta abadia feudal, e ser repelido da portaria como um mau vagabundo; só então, agachado nos lodos do caminho, mastigando um punhado de ervas cruas, ele se reconhecia verdadeiramente irmão de Jesus, que não tivera também, como têm sequer os bichos do mato, um covil para se abrigar. Quando um dia, em Perusa, as confrarias saíram ao seu encontro, com bandeiras festivas, ao repique dos sinos, ele correu para um monte de esterco, onde se rolou e se sujou, para que daqueles que o vinham engrandecer, só ...

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