Livro: Querido Intruso
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... SHELLEY BRADLEY Digitalização: Pamina Revisora: Mel Londres, 1751 Doce rendição A revolta por ter sido condenado pela morte da esposa gerou em Dominic um profundo desejo de vingança. Ele não descansaria enquanto não punisse o homem que destruíra sua vida, e a melhor maneira de alcançar seu intento seria tomar para si um precioso bem do duque de Dalmont: a virtude de sua noiva. Mas depois de raptar a encantadora Victoria Tarrent, a sede de vingança deu lugar ao tormento do desejo. Victoria se negava a crer que seu noivo fosse capaz de cometer os atos desprezíveis dos quais Dominic o acusava. Afinal, quem se tornara conhecido em Londres por sua crueldade? E quem a mantinha em cativeiro num chalé isolado? Ainda assim, o comportamento de Dominic a intrigava, e sua proximidade despertava nela uma intensa atração. E se a chance de escapar era mínima, a de se apaixonar era imensa. Copyright © 1999 by Shelley L. Bradley Originalmente publicado em 1999 pela Kensington Publishing Corp. PUBLICADO SOB ACORDO COM KENSINGTON PUBLISHING CORP. NY, NY - USA Todos os direitos reservados. Todos os personagens desta obra são fictícios. Qualquer semelhança com pessoas vivas ou mortas terá sido mera coincidência. TÍTULO ORIGINAL: Sweet Enemy EDITORA Leonice Pomponio ASSISTENTE EDITORIAL Patrícia Chaves EDIÇÃO/TEXTO Tradução: Nancy Alves Copidesque: Roberto Pelegrino Revisão: Luiz Chamadoira ARTE Mônica Maldonado ILUSTRAÇÃO ThomasSchlückGMBH MARKETING/COMERCIAL Daniella Tucci PRODUÇÃO GRÁFICA Sônia Sassi PAGINAÇÃO Dany Editora Ltda. © 2006 Editora Nova Cultural Ltda. Rua Paes Leme, 524 - 10° andar - CEP 05424-010 - São Paulo - SP www.novacultural.com.br Impressão e acabamento: RR Donnelley Moore Tel.:(55 11)2148-3500 Prólogo Londres, Janeiro de 1750 Algemas pesadas de ferro machucavam ainda mais seus pulsos já feridos, parecendo transportar ...

ara a realidade a dor de sua alma. Seus braços, erguidos por correntes que pendiam do teto, já tinham parado de doer havia horas. Agora estavam adormecidos, inexistentes. Mas o mesmo não acontecia com sua raiva, seu ódio. Dominic Grayson estremeceu devido ao frio intenso e cerrou os olhos, para não mais ver a cela escura, suja, e tentando imaginar que se encontrava em casa. Mas sua mente fez desaparecer a ilusão, mostrando-lhe a imagem do cadáver machucado e retorcido de sua esposa, que acabara com suas esperanças no futuro e o trouxera para onde estava agora: a Prisão Newgate. Encostando o queixo ferido contra a parede úmida e gelada, Dominic tentou esquecer o som sempre presente dos lamentos de outros prisioneiros, que gemiam e gritavam nas celas contíguas à sua. Tentou concentrar-se em Philip Dowling. E um intenso sentimento de raiva e vingança o tomou, como sempre. Segundos depois, o ruído de uma chave girando no ferrolho da porta o fez retesar-se. Um guarda entrou. — Está se divertindo, Grayson? — perguntou o soldado. — Vá para o inferno, Boyd — Dominic respondeu, num murmúrio rouco, tentando, em vão, soltar os braços. Cada um de seus dedos parecia estar sendo picado por centenas de agulhas afiadas, tamanha era a dor que sentia ao tentar fazer qualquer movimento. E mais sangue escorria de seus pulsos. Murmurou algumas imprecações, sabendo que, pela manhã, os guardas banhariam seus ferimentos com água e sal e depois ririam de sua dor. — Desista, assassino. Você não vai escapar — Boyd zombou: Desistir de sua vida? De sua liberdade? Dominic cerrou os dentes e sussurrou, com ódio: — Eu vou escapar. — Parece-me mais possível que morra tentando. Ou, antes, que os magistrados o condenem à morte. Marque bem minhas palavras! Um acesso de fúria apossou-se de Dominic. Ergueu os pés, chutou, quase atingindo o estômago do guarda, que, com uma praga, afastou-se depressa e acertou o prisioneiro com um soco no queixo. A ...

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