Livro: Paixão primitiva
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... Patrícia Lake Moment of Madness CAPITULO I O avião foi parando devagar, e Alexandra olhou pela janelinha, sorrindo. Estava finalmente em casa, e o sol brilhava! O homem sentado a seu lado olhava para ela um pouco decepcionado; Alexandra sorriu para ele, com amabilidade, mas sem interesse. Tinham conversado durante o vôo da Suíça à Inglaterra, e não havia dúvida de que aquele jovem e elegante francês tinha ficado encantado com ela. Saíram juntos do avião, caminhando pelos corredores brancos, aparentemente intermináveis, até o balcão da alfândega. Os pensamentos de Alexandra estavam longe dali. Pensava na família e na casa. Será que alguém tinha vindo buscá-la? Esperava que sim. Seria uma chateação ter que procurar um carro para alugar ou brigar para conseguir um táxi. Pegou as malas e, por sorte, arranjou um carrinho para transportá-las. Tinha perdido de vista o companheiro de viagem. Subitamente, viu seu irmão de criação. Nick. Ele se aproximou sorrindo e abraçou-a. — Alex, que bom ver você! Tive receio de chegar atrasado, porque o trânsito está terrível! — Como vai, Nick? — Beijou-o no rosto, com os olhos brilhantes de felicidade. Como era bom estar de novo em casa! Olhou radiante para Nick. Ele vestia jeans surrado com paletó de veludo cotelé. Não tinha mudado; continuava com o mesmo jeitão displicente, o mesmo cabelo negro despenteados, o mesmo olho expressivo e risonho. — Vou muito bem, garota. Mas quero saber é de você. — Estou feliz por ter resolvido voltar, afinal. Dois anos é muito tempo. — Uma sombra de tristeza passou pelos luminosos olhos verdes. — Tempo demais — concordou Nick, começando a empurrar o carrinho para ela. — Senti saudades. Alexandra sorriu e deu o braço a ele. — Eu também senti saudade de todos. — Imediatamente, veio à sua mente o rosto de Jase. Sentira mais saudade dele do que de todos os outros juntos, mas não sabia por quê. Nick pôs toda a bagagem no ...

spaçoso porta-malas do carro esporte branco e depois abriu a porta para que ela se sentasse a seu lado, no banco da frente. Deu a partida, e saíram em direção à cidade. Nick virou-se para ela, quando tiveram que parar num sinal vermelho. — Você está uma beleza, eu já lhe disse? — Não, acho que não. — Passou a mão pelos cabelos dourados. — Você não está nada mal, também. O sinal mudou para o verde e o carro seguiu em frente. Alexandra ia reconhecendo e se lembrando de vários lugares por onde passavam. Tinha que concordar com ele: realmente, dois anos era tempo demais. Agora que estava de volta, não sabia por que havia demorado tanto tempo longe. — Como estão todos? Quero que me conte tudo. Nick pós um cigarro entre os lábios e lhe ofereceu um, que ela recusou. — Rex continua o mesmo. Os médicos avisaram que precisa diminuir o ritmo de trabalho, mas ele não liga e continua trabalhando demais. Talvez você o convença a descansar um pouco, agora que voltou. — Está brincando! — respondeu Alex, sorrindo, ao se lembrar de seu padrasto, sua imensa bondade, seu gênio impulsivo, sua personalidade forte e dominadora. Nunca seria capaz de convencê-lo a fazer qualquer coisa que não quisesse. Será que ele realmente gostaria de revê-la? Ou só o faria se lembrar dolorosamente da esposa morta? Mas ele parecera tão seguro no telefone! Queria que ela voltasse, tinha garantido. Mesmo assim, estava muito ansiosa. — Sim, talvez você não consiga mesmo — reconheceu Nick. — A nossa terrível Sra. Frone tem travado uma batalha perdida com ele, desde que teve aquele ataque do coração. Hoje, a velha começou a cozinhar de madrugada. Parece que vamos ter um jantar em homenagem a você, por sua volta. Alexandra riu. Há anos, a Sra. Frone era a governanta de Rex. Ríspida e inflexível, governava a casa com mão de ferro, embora todos soubessem que tinha um coração de ouro. — Marny está em casa? — Está. E Jase também ...

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