Livro: Inocencia e Pecado - Kat Martin Página 3

... m, não está? O que está olhando para você como se fosse devorá-la? Caitlin riu. Não havia pensado naqueles termos, mas era difícil não notar o interesse dele. — Sim, o mais alto. O que tem olhos e cabelos escuros. — E ombros tão largos que mal passam pela porta do salão? Além da sua inteligência, está bem claro que você tem excelente gosto, querida. Àquele é Randall Clayton, o duque de Beldon. Talvez o melhor partido de Londres. É muito rico, e um dos homens mais bonitos e charmosos da cidade, e também, creio eu, o mais perigoso, pelo menos em relação às mulheres. Caitlin entendeu bem o que Maggie queria dizer. Alto, forte, bonito e um tanto arrogante, o duque era uma presença que nenhuma mulher, e nenhum homem tampouco, poderia ignorar. Transpirava poder e autoridade, e até mesmo à distância, toda vez que ele olhava para ela, Caitlin podia sentir seus olhos castanhos brilhar como fogo, um fogo que lhe queimava a pele. Infelizmente era um duque, ela pensou, com uma ponta de pesar. Com exceção do pequeno e seleto grupo de amigos que ela e seu pai haviam feito desde a sua chegada, Caitlin achava que a maioria da aristocracia era arrogante, egocêntrica e mimada. Eles se achavam acima dos homens comuns. E um duque, no topo da pirâmide da aristocracia e ao lado da verdadeira realeza, seria, provavelmente, pior do que a maioria. Olhando-o de soslaio, Caitlin estudava o homem e viu que também era observada por ele. Estremeceu ao notar que Randall vinha em sua direção, abrindo caminho na pista de dança com movimentos firmes e elegantes. Mesmo à distância, ela podia sentir a eletricidade que se formara entre os dois, sentir o calor e a sensualidade que emanavam dele. E pensou que, se tivesse um pouco de bom-senso, deveria virar-se e sair correndo. Mas Caitlin nunca tivera medo de fogo, mesmo quando criança. E amava um desafio. Em vez de fugir quando o duque ficou a sua frente momentos depois, fitou a figura arrogante e atraente, ...

e sorriu. — Vossa Graça. — Margaret virou-se para apresentá-los. — Gostaria de lhe apresentar minha amiga, a Srta. Caitlin Harmon. Os dois se fitaram por um longo momento, como se não houvesse outras pessoas no salão. Caitlin notou que os olhos dele tinham alguns pontos dourados, o que lhes imprimia um tipo estranho de calor. Q duque fez uma reverência formai e estendeu a mão. — Muito prazer, Srta. Harmon. Eu ansiava por conhecê-la. — O prazer é meu. Vossa Graça. As duas últimas palavras não foram pronunciadas com facilidade. Com a maior parte da nobreza, Caitlin agia de acordo com as regras da sociedade britânica, mas com Beldon, por alguma razão, sentia-se contrariada por ter de tratá-lo como se ele fosse superior. Os olhos escuros do duque brilharam, divertidos. Era evidente que adivinhara os pensamentos dela. — Ouvi dizer que a senhorita é americana. — Nasci em Boston. Sou mesmo muito americana. — Sorriu com expressão desafiadora. — O senhor deve se lembrar da Festa do Chá de Boston. Margaret ergueu as sobrancelhas, e o duque sorriu. — Foi bem antes do meu tempo. Além disso, a guerra acabou. Deve se lembrar disso, srta. Harmon. — Sim, é verdade. Que eu me lembre, a guerra acabou com a aprovação da Carta dos Direitos, tornando todos os homens iguais. Não acredito que esse pensamento seja comum neste país. Ou estou enganada. Vossa Graça? — Está enganada, Srta. Harmon. Aqui na Inglaterra, sabemos tudo a respeito de igualdade. Apenas acreditamos que alguns homens são mais iguais do que outros. Os olhos do duque brilhavam, divertidos, querendo dizer mais alguma coisa que ela não conseguiu identificar. O coração de Caitlin acelerou, e o ar entre ambos pareceu faltar. Quando o sorriso dele se alargou e uma covinha se formou do lado esquerdo de seu rosto, ocorreu a Caitlin que o duque de Beldon era um homem perigosamente atraente. Logo em seguida, ele olhou para Margaret. — Seu irmão gostaria de t ...

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