Livro: Ao Encontro da Paixão Página 3

... tempo para um marido, especialmente um marido cruel. — Bem, não me incomodo com a pobreza. Jamais me casarei — declarou Catie. Josie assentiu. Seu avô sempre a aconselhava a viver a vida intensamente e nunca contar com um homem. Ela deduzia que isso incluía um marido. — Proponho que façamos um juramento — Catie sugeriu. — Vamos prometer que nunca nos casaremos. Sou a mais velha, por isso serei a primeira. — Ela ergueu a mão. — Eu, Catherine Anne Fullbright, juro nunca me casar enquanto viver. Josie abriu a boca, ansiosa para fazer o juramento também, mas Catie anunciou: — Sua vez, Maddie. Josie mordeu o lábio impaciente. — Eu, Madeleine Richael Fullbright, juro nunca me casar enquanto viver. Agora é sua vez, Josie. — Eu, Josephine Linet Hale, juro nunca me casar enquanto viver. — Ela se levantou e pôs a mão sobre o peito. — E prometo ser uma pirata! Catie balançou a cabeça. — Agora você, Ashley. — Eu, Ashley Gweneira Brittany, juro nunca me casar enquanto viver. Mas vocês sabem o que isso significa, não sabem? Seremos solteironas. Josie não havia pensado nisso. "Solteirona" era uma palavra feia, mas alguns diziam que "pirata" também era. — Prefiro ser solteirona a ser espancada e trancada em um armário — anunciou Catie. — Não vai ser ruim continuar solteira, se todas vamos continuar solteiras — Josie opinou. — Nada é ruim quando não se está sozinha. — Sim, vai ser divertido. Seremos o Clube das Solteironas! — exclamou Catie. Josie queria aplaudir. — Isso mesmo! Ficaremos juntas. Não vamos permitir a entrada de homens ou meninas más nesse clube. Catie foi a primeira a estender a mão, e Josie foi a primeira a apertá-la. Dez anos depois Josephine Hale olhou pela janela do quarto e acenou para a prima Ashley, que retribuiu com um sorriso enquanto se detinha para trocar algumas palavras com o jardineiro. Por que ela não se apressava? Josie se perguntou ansiosa. Bem, talvez ...

or não saber que tinha motivos para se apressar. Ela não sabia que Josie finalmente encontrara o mapa. Ashley ficaria chocada quando soubesse que sua prima finalmente seria uma pirata! Ou, pelo menos, que viveria de um tesouro de piratas. Ashley entrou na casa, e poucos minutos depois as duas primas se abraçavam no quarto. — Bem-vinda a bordo, companheira! — Josie a recebeu com seu melhor jargão pirata. — Encontrei o mapa do tesouro do meu avô. — Ela agarrou a mão da prima e a levou para a escada, descendo apressada. Se a mãe a visse vestida daquela maneira, com calça, botas e casaco de homem, ficaria furiosa. — Não o vejo há anos. Já estava começando a pensar que meu pai podia ter jogado o mapa fora quando meu avô morreu, mas ele o havia escondido. — Muito interessante, Josie, mas aonde estamos indo? Josie parou na frente da porta da biblioteca. — Não quer ver o mapa? — Sim, mas. — Ótimo! — Josie abriu a porta e olhou para dentro do aposento. — Tudo bem — disse, constatando que a biblioteca estava vazia. Puxou a prima para dentro e fechou a porta. — Venha, está bem aqui — disse, apontando para as estantes e contornando a mesa imponente, raramente usada. Josie deslizou a escada pelas prateleiras de livros de Shakespeare, posicionando-a diante dos volumes de salmos e sermões bíblicos. Subindo até o último degrau e erguendo um braço, pegou o exemplar de Sermões para Jovens Mulheres de Fordyce e o entregou a Ashley. — Diga que não é isto que viemos buscar — ela se queixou, deixando o livro sobre a mesa. Josie piscou para ela e introduziu a mão no espaço deixado pelo livro, retirando dele outro volume muito velho. Era pesado, e Ashley correu a pegá-lo. Infelizmente, ela não estava preparada para o peso do livro, que aterrissou sobre a mesa com um baque estrondoso. As duas jovens pararam, olhando para a porta. Sessenta segundos se passaram sem que nada acontecesse, e então Josie desceu da escada. ...

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