Livro: O cassino da ilha
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... Copyright: Susanne McCarthy Título original: A Long Way from Heaven Publicado originalmente em 1986 pela Mills & Boon Ltd., Londres, Inglaterra Tradução: Vera Caputo Copyright para a língua portuguesa: 1988 EDITORA NOVA CULTURAL LTDA. Av. Brigadeiro Faria Lima, 2000 — 3 andar CEP 01452 — São Paulo — SP — Brasil Esta obra foi composta na Editora Nova Cultural Ltda. e impressa na Divisão Gráfica da Editora Abril S.A. Susanne McCarthy O cassino da ilha Amanhecia. Já não se ouviam as vozes excitadas dos jogadores no cassino. Apenas os pássaros quebravam o silêncio, saudando o novo dia. Mas Lauren sabia que Joe devia estar na praia, em seu refúgio secreto, esfriando na água o fogo de uma paixão insatisfeita. Ah, mas por que deixá-lo só e infeliz se ela também vibrava e o desejava com loucura? Não haveria de ser o fato de ser dona de tão grande fortuna que os iria separar. Entre o amor e a riqueza, ela escolhia sem remorsos a delícia de se entregar Digitalização: AnaCris Revisão: Lara Camis CAPÍTULO I — Linda! Você está absolutamente linda como viúva! Lauren virou-se devagar ao ouvir a voz familiar de Joe Daley. Mesmo vivendo há dez anos em St. Arnoux, uma das ilhas do Caribe, ele ainda não perdera o sotaque nova-iorquino. — Olá, Joe — respondeu ela com indiferença. — É muita gen¬tileza sua vir tão depressa para dar-me os pêsames! — Não gostaria de perder a oportunidade de vê-la de luto, mi¬nha querida. Afinal, o preto sempre lhe caiu muito bem. Sem nenhuma pressa ele correu o olhar pelo vestido, que realça¬va com elegância aquele corpo esbelto e perfeito. A maciez da seda negra delineava suavemente a curva dos seios, enquanto a saia moldava-lhe as pernas esguias de maneira sedutora. — O show deve continuar — declarou ela sem se perturbar. — E de qualquer maneira preciso dirigir o cassino. — Ótimo! Assim você consegue disfarçar muito bem sua dor e já fala como um ...

excelente mulher de negócios! Os olhos negros de Lauren brilharam. Embora fosse bastante ho¬nesta para não fugir, o cinismo de Joe a incomodava. Ergueu leve¬mente os ombros ao mesmo tempo em que Raoul, o gerente, aproximava-se para consultá-la quanto ao crédito que concederia a um cliente habitual. — Ele já nos deve seis mil e quinhentos dólares, — sussurrou-lhe ao ouvido — mas por enquanto tem sido um bom pagador. — Muito bem, deixe-o jogar. Mas, se ele chegar perto dos dez mil, avise-me. — Sim, madame. Raoul afastou-se e Lauren voltou a atenção ao indesejável recém-chegado. — Toma um drinque comigo, Joe? — convidou-o com uma gen¬tileza que não passava de mera formalidade. — Ficaria encantado, minha senhora! Lauren passou-lhe, então, a mão pelo braço, seguindo através do enfumaçado salão verde-escuro até atingir o bar pouco iluminado. Havia sempre uma mesa discreta reservada para ela perto da corti¬na que separava os dois salões. Dali podia-se ver todo o ambiente inclusive o restaurante no andar superior. Ela sentou-se graciosa¬mente ao lado de Joe, cruzando as longas pernas com elegância. — Traga uma garrafa de Bollinger, safra de 69, Harry. — disse ele. — É claro, patrão! É verdade que pescou um peixão daqueles já em Prickly Point, e que ele pesava mais de quinhentos quilos? Joe riu. — Não! Não fui eu que o peguei, mas um dos meus convidados do Dama da Noite. — É, mas era você quem manejava o barco, não é mesmo? — Joe assentiu, e Harry continuou com bastante entusiasmo. — Não é só quem segura a linha que tem o mérito de pescar o peixe. Um tubarão daqueles requer a força e a segurança de um piloto para conduzir o barco. Lauren sorria sem nenhum humor. — Pelo que vejo, meu pessoal continua a venerá-lo, Joe. Não é de admirar que você goste tanto de vir aqui! —Ah, o Rainha de Ouro tem inúmeras atrações — ele argumen¬tou umedecendo os lábios enquanto percorria com ...

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