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Urânia
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Urânia

Livro: Urânia Página 2

Autor - Fonte: CAMILLE FLAMMARION

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... astidiosos; são feitos maquinalmente, com o auxilio de tabelas preparadas, e pensando inteiramente em outra coisa. O ilustre Le Verrier era então Diretor do Observatório de Paris. Nada artista, possuía, entretanto, no seu gabinete de trabalho, uma pêndula de bronze dourado, de muito belo estilo, datando do fim do primeiro Império e devida ao cinzel de Pradier. O soco dessa pêndula representava, em baixorelevo, o. nascimento da Astronomia nas planuras do Egito. Uma esfera celeste maciça, cingida do círculo zodiacal, sustentada por esfinges, dominava o mostrador. Deuses egípcios ornavam os lados. Mas a beleza dessa obra artística consistia, principalmente, em uma sedutora estatueta de Urânia, nobre, elegante, diria quase majestosa. A Musa celeste estava de pé. Com a mão direita media, por meio de um compasso, os graus da esfera estrelada; à esquerda, caindo, empunhava pequena luneta astronômica. Soberbamente planejada, dominava na atitude da majestade e da grandeza. Eu não tinha visto ainda semblante mais belo do que o seu. Iluminado de frente, esse puro semblante se mostrava austero e grave. Se a luz descia oblíqua, tornava-se ele meditativo. Se, porém, a luz vinha do alto e de lado, esse rosto encantado se iluminava de misterioso sorriso, o olhar se lhe tornava quase carinhoso, e essa esquisita serenidade se transformava subitamente em uma expressão de alegria, de amenidade e de ventura, que se tinha prazer em contemplar. Era como que um cântico 4 interior; uma poética melodia. Essas mudanças de expressão faziam verdadeiramente a estátua viver. Musa ou deusa, era bela, era sedutora, era admirável. Cada vez que me, chamavam para junto do eminente matemático, não era a sua glória universal que me impressionava mais. Eu esquecia as fórmulas de logaritmos, e mesmo a imortal descoberta da obra de Pradier. Aquele belo corpo, tão admiravelmente modelado sob a sua antiga vestimenta, o gracioso ligamento do pescoço, ...
aquela figura expressiva, atraíam meus olhares e cativavam meu pensamento. Muitas vezes, quando às quatro horas deixávamos o gabinete para reentrar em Paris, eu espreitava pela entre abertura da porta a ausência do diretor. As segundas e as quartas-feiras eram os melhores dias; aquelas, por motivo das sessões do Instituto, a que ele quase nunca faltava, ainda que a elas assistisse sempre com ar desdenhoso; as outras, por causa das do Gabinete das longitudes, a que ele fugia com o mais profundo menosprezo, e que o faziam deixar o Observatório expressamente para melhor acentuar o seu desprezo. Então, eu me colocava bem defronte da minha querida Urânia, contemplava-a a minha vontade, extasiava-me com a beleza de suas formas, e retirava-me mais satisfeito, porém não mais feliz. Ela me encantava, mas me deixava saudades. Certa noite, à noite em que lhe descobri as mudanças de fisionomia conforme a luz, tinha achado ó gabinete inteiramente aberto, uma lâmpada posta sobre a chaminé e iluminando a Musa sob um dos aspectos mais sedutores. A luz oblíqua acariciava docemente a fronte, as faces, os lábios e o colo. A expressão era maravilhosa. Aproximei-me e a contemplei, a princípio imóvel. Acudiu-me depois a idéia de tirar a lâmpada do local onde estava e de projetar a luz sobre as espáduas, sobre o braço, sobre o pescoço, sobre os cabelos. A estátua parecia viver, pensar, despertar e até sorrir. Sensação esquisita, sentimento estranho, eu estava verdadeiramente cativo; de admirador, eu me tornara enamorado. Muito me haveriam surpreendido então se houvessem afirmado que não era esse o verdadeiro amor, e que o meu platonismo era um sonho infantil. O Diretor chegou, e não pareceu tão admirado da minha presença quanto eu pudera temê-lo (passava-se algumas vezes por aquele gabinete para ir às salas de observação). No momento, porém, em que eu depunha a lâmpada em cima da chaminé: - O senhor está demorando para ...

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