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Você Não Tem Coração

Livro: Você Não Tem Coração

Autor - Fonte: Sara Craven

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... Sara Craven Título original: "SOLITAIRE" Aquela mansão no sul da França teria sido a salvação, o refúgio de Martine. Ela esperava encontrar um lugar que lhe desse um pouco de felicidade e paz, mas o futuro lhe preparou uma cruel surpresa; um desconhecido estava à sua espera na porta da mansão! Morta de medo, Martine viu o homem se aproximar, olhar demoradamente para seu corpo, com os olhos negros faiscantes de sensualidade, e convidá-la para morar sozinha com ele naquele imenso e solitário casarão! Quem era aquele homem? Que estranho poder ele tinha para arrastá-la a um perigoso destino? Digitalização: Simone Ribeiro Revisão: Crysty CAPÍTULO I Ao descer do velho ônibus rural, Martine Langton encontrou a pequena praça deserta. Fazia um calor sufocante e, olhando o reló¬gio, ela viu que passava um pouco do meio-dia. Apesar de estar no sul da França há menos de uma semana, já tinha se acostumado a encontrar tudo parado depois da hora do almoço, quando todos, turistas e moradores, faziam uma breve sesta. Pôs a mala no chão e estirou os músculos doloridos pela longa viagem. Finalmente tinha chegado a Les Sables des Pins, trazendo com ela tudo o que possuía no mundo. Apesar de ter sido uma boa aluna de francês, tinha se atrapalhado muito com os sotaques regio¬nais e com a rapidez com que lhe falavam. Mesmo assim, estava en¬cantada com as pessoas que, talvez percebendo seu abandono, a tra¬tavam com muita simpatia. Depois que o ônibus desapareceu na curva, ela olhou à sua volta. Tinha sentido solidão muitas vezes em sua vida, mas nunca como a que sentia agora. A única coisa que a animava era a carta de seu tio Jim, bem guardada dentro de sua bolsa. Eu não estou só, pensou emocionada. Tio Jim está me esperando como me prometeu há tantos anos. Não preciso me preocupar. Agora terei um lar de verdade! Um lar de verdade! Apesar deste sonho estar prestes a se realizar, Martine mal podia acreditar! Há menos de um m ...
s, ela ainda traba¬lhava naquele monótono escritório de advocacia, e quando chegava a casa, na hora do jantar, além do serviço caseiro que precisava fazer, tinha que ouvir sempre as mesmas lamúrias de tia Mary, em meio ao relato dos fatos do dia. As duas moravam numa casa grande e velha, nos arredores de uma pequena cidade da Inglaterra, e, desde que fora morar com a tia, há quatorze anos, tinha se habituado com a amargura e com as recriminações constantes. Sua tia a recolhera quando a irmã morreu, mas sempre deixou bem claro que era uma carga muito pesada e não dese¬jada. Só depois de moça é que Martine percebeu que nunca tinha sido ela a causa das viagens adiadas ou da falta de amizades, mas servira de pretexto para as frustrações da tia. E agora, além de se sentir um peso, não tinha afeição por aquela mulher que nunca lhe dera carinho algum. Foi talvez por isto que tio Jim tornara-se tão importante para Mar¬tine. Ele sempre deixava claro o quanto a amava e como se preo¬cupava com ela, embora não fosse realmente seu tio, mas sim primo mais velho e distante de seu pai. As primeiras lembranças de sua infância estavam ligadas a ele. Tio Jim não tinha época certa para suas visitas. Sempre chegava inesperadamente, carregado de presen¬tes para a menina. Mas era principalmente sua alegria e suas garga¬lhadas bem-humoradas que mais agradavam a ela. Martine, ou Tina, como a chamava tio Jim, começou a atravessar a praça deserta, carregando a mala pesada, sorrindo ao lembrar do tio querido. Mesmo sua mãe, que dificilmente sorria depois que o marido morreu, se transformava quando tio Jim surgia casa adentro. Somente tia Mary não perdia a oportunidade de dizer muito clara¬mente, para que ninguém tivesse dúvidas quanto à sua opinião, que a irmã tinha se casado abaixo de sua condição social. E repetia isto, principalmente, quando ele estava presente. — Sinceramente, Tina — Martine a ouviu falar uma vez à mãe —, não sei por ...

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Comentários:
Mary Santos: muito bom,mais ela sofre que so uma condenada e so e esclarecido os mal entedido no final.
Eva: o livro é bom, apesar de ter ficado muitas coisas para o final mais é bom .
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