Livro: A Professora da Ilha
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... Não havia saída para Oriel, a não ser entregar corpo e alma a Blaize Vivendo apenas para seus alunos, Oriel não imaginava que algum homem pudesse amá-la, pois cresceu achando que era muito feia e sem graça. Um acidente fez com que conhecesse Blaize Stephenson, um poderoso fazendeiro. Apreciador de desafios, ele simplesmente desprezou a imagem de "boa professora" que ela cultivava. Queria despertar-lhe as paixões mais loucas, fazendo-a vencer o medo de ser mulher. Oriel quis fugir. Blaize jurou segui-la até o inferno! Julia no. 629 Copyright © 1990 by Robyn Donald Publicado originalmente em 1990 pela Mills & Boon Ltd., Londres, Inglaterra Titulo original: A summer storm Tradução: Patrícia Nina Garcez Copyright para a língua portuguesa: 1991 EDITORA NOVA CULTURAL LTDA. Av. Brigadeiro Faria Lima, 2000 — 3° andar CEP 01452 — São Paulo — SP — Brasil Caixa Postal 2372 Esta obra foi composta na Editora Nova Cultural Ltda Impressão e acabamento no Círculo do Livro S.A CAPITULO I Oriel Radford encolheu-se na cadeira. Através da vidraça molhada, contemplava um mundo encharcado e castigado pela tempestade que viera acompanhada de um ciclone, originário dos trópicos. Mas a sala de estar para onde a simpática mulher a conduzira estava seca e quentinha. Apesar do cobertor que tinha sobre os ombros, ela não conseguia reprimir os arrepios que lhe percorriam o corpo. Pingos de água barrenta escorriam de seus cabelos negros para a toalha à volta de seu pescoço. Os lábios estavam arroxeados, e não havia uma única parte de seu corpo que não doesse. Qualquer movimento que fizesse com o pé enviava-lhe correntes de dor até a nuca. Com dedos trêmulos, ela explorou o maxilar inchado e fez uma careta, enquanto apalpava a testa ferida. Seu rosto fora atingido por uma pedra, quando ela caíra num buraco, enquanto abria caminho por entre o matagal, em direção à praia. Sorriu debilmente, ao lembrar o que a mãe ...

sempre dizia: "Menina desastrada." Uma voz masculina e autoritária falava ao telefone. Oriel olhou para o hall mergulhado na penumbra, e estudou a figura do homem que a socorrera. Era alto, forte, e devia ter quase um metro e noventa de altura. Ela sabia que ele era mesmo muito forte, pois, cerca de dez minutos antes, quando perdera os sentidos, fora tomada no colo e levada para dentro de casa. — Pronto — disse ele, aproximando-se. — A Defesa Civil já está avisada. Vão mandar um helicóptero buscar seu amigo. Agora, levarei você para cima. O banho deve estar pronto. — Será que eles encontrarão David? — Sim — afirmou ele, curvando-se para pegá-la. — A orientação que você deu foi bastante clara, e o piloto conhece a baía como sua própria casa. — Espero que o encontrem logo. — As pálpebras pesadas de Oriel fecharam-se sobre os olhos azuis. Não sentira nenhum embaraço quando ele a carregara para a casa, da primeira vez. Estava sentindo-se mal, preocupada demais para pensar em qualquer outra coisa. Agora, no entanto, apesar da exaustão, alguma parte de seu cérebro mantinha-se alerta. Inexplicável e ridiculamente, sentia-se ameaçada, e o tremor que lhe sacudia o corpo não se devia somente ao frio. Os músculos poderosos do homem que a carregava despertavam-lhe os sentidos, deixando-a consciente de um magnetismo animal, sensual e perturbador. No andar superior, ele atravessou um quarto e entrou num banheiro, ajudando-a a sentar-se na beirada da banheira. — Não preciso tomar banho aqui — protestou ela. — Posso esperar o helicóptero chegar. — O helicóptero não virá buscá-la. Está perto demais do anoitecer para arriscar viagens desnecessárias. Seu amigo é um caso de emergência, você não. Talvez amanhã isso seja possível, quando a água começar a baixar. — Eu poderia conseguir uma carona. Ele balançou a cabeça. — A estrada está bloqueada. Aqui em Northland, não são necessários muitos milíme ...

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