Livro: Descobrindo a Paixão Página 2

... ão conseguia encontrar a pessoa certa? Há cinco anos queria formar uma família. Imaginou que a esta altura já estaria feliz e contente, casado, com pelo menos um filho nascido e outro a caminho. Nada em sua vida estava correndo como devia, ou como planejara. Depois que Nick interrompeu abruptamente a cerimônia de casamento, Zoe o levou até o hotel onde estava reservada a suíte para a lua-de-mel e o champanhe gelado o esperava. Como Nick não queria beber o champanhe sozinho, ele a convidou. Zoe então pediu que o serviço de quarto trouxesse jantar para dois, mesmo ele dizendo que estava sem fome, e colocou gelo no seu queixo. Ela sempre cuidava dele e assim fizera na noite passada. Nick não sabia dizer exatamente como tudo começou. Num momento eles estavam sentados conversando, de repente, ela olhou para ele de um jeito, e logo estavam se beijando e arrancando as roupas um do outro. Os lábios dela eram quentes e doces, seu corpo macio e sensível. E o sexo foi simplesmente fantástico. Nunca conheceu uma mulher que gostasse tanto de falar durante o sexo. Não precisou adivinhar o que ela queria, pois não teve vergonha de pedir. Nossa, ele realmente se deitara com Zoe. Estaria mentindo se dissesse que nunca olhou para ela com esta intenção. Sempre se sentira atraído por ela. Zoe era bonita, mas de uma beleza sutil, não do tipo que hipnotizava os homens com sua aparência. Sua beleza vinha de dentro, da sua personalidade e da sua força. Mas certos limites não podiam ser ultrapassados. E fazer sexo era a maneira mais fácil para um homem acabar a amizade com uma mulher. Nick sabia disso por experiência própria. Mas, felizmente, não foi um dano irreparável. Pois enquanto Nick desejava ansiosamente constituir uma família, Zoe fazia questão de continuar solteira e sem filhos. Ao contrário do que aconteceu com outras funcionárias com quem fez a besteira de ir para a cama quando era jovem, arrogante e estúpido, com ela seria diferente. Zo ...

não esperaria e nem desejaria qualquer compromisso com ele. O que era um alívio, certo? Neste momento ele ouviu outro baque e algo que parecia um grito sufocado de dor, desta vez, bem próximo da cama. Nick tinha duas opções, ou continuava fingindo que dormia e a deixava zanzar pelo quarto escuro ou então enfrentava aquela situação. Nick esticou o braço e acendeu a luz. Com os olhos apertados por causa da claridade, ele foi surpreendido com a agradável visão de um traseiro nu, muito bem feito, a poucos centímetros do seu rosto. Zoe Simmons soltou um grito estridente e virou-se piscando em razão da luz, agarrada ao vestido embolado junto ao corpo para esconder sua nudez. Parecia que ela estava vivendo a cena de um sonho que tinha com certa freqüência, onde caminhava nua dentro de um supermercado, só que era pior porque agora estava acordada. Mas agora ela teria preferido ser apanhada nua em um quarto cheio de estranhos a estar com Nick. — Você me assustou — ela o repreendeu. Seus planos de sair discretamente antes que Nick acordasse não deram certo. Não era uma questão de medo, só não estava preparada para encarar o que tinham feito ali. Sem falar de quantas vezes haviam feito. E das várias posições que experimentaram. O estado em que o quarto se encontrava dizia tudo: o lençol da cama todo amarfanhado e diversas embalagens de preservativos descartadas e espalhadas na mesinha de cabeceira e pelo chão. Ela estremeceu só de pensar na maneira como haviam se tocado e onde se tocaram. E como a noite fora tão surpreendente e maravilhosa. E como não poderia nunca, jamais, voltar a acontecer. — Vai a algum lugar? — ele perguntou. — Acho que sim. Nick olhou para o relógio digital na cabeceira. — Mas estamos no meio da noite. — Achei que seria melhor ir embora. — Mas ele não estava facilitando as coisas. Estava ali sentado, nu da cintura para cima, como um deus grego, um monumento musculoso e de pele bronzeada, e ...

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