Livro: Apaixone-se por Mim Página 3

... m bordadas no bolso da blusa e impressas em vermelho nos lados da enorme caixa aos pés dela. Ele descobriu então de onde vinha o cheiro tentador de comida. Pampered Palate. Por que lhe soavam tão familiares essas palavras? Com certeza já encomendara comida lá. Tentou se lembrar, mas estava tão cansado que suas células cerebrais se recusaram funcionar. Mais tarde se recordaria. O elevador parou no térreo e Chris saiu depressa, com grande alívio. Atravessou o saguão. "Graças a Deus hoje é sexta-feira", ele sussurrou mentalmente. Teria um grande fim de semana à frente. Leria o jornal. Faria as palavras cruzadas. Em quinze minutos estaria em casa. Seu carro se encontrava a poucos passos. Mas, que pena, precisaria voltar ao escritório pois se esquecera de apanhar alguns papéis para levar consigo. Mas não teve tempo de pensar muito no caso quando viu o que acontecera. Algum idiota bloqueara a saída de seu carro. Olhou pela janela do dilapidado Dodge. Ninguém dentro. Por certo o dono abandonara aquele lixo. O que mais iria sair errado para ele naquele dia? Um segundo mais tarde uma gota de chuva caiu em seu nariz. Um instante depois de ter saído do elevador, Melanie parou na recepção. Tinha o telefone do escritório dos advogados. Ligou e deixou que tocasse dez vezes. Nada de resposta. Desligou e telefonou para a Pampered Palate. — Que posso fazer para ajudá-lo? — Uma voz atendeu. — Nana, é Melanie. Estou. — Graças a Deus que você telefonou — Sylvia Gibson disse. — Os advogados cancelaram o pedido cinco minutos depois de sua saída. — Ok. Estou aqui agora. O que aconteceu? — Não sei. Alguma emergência. Todos tiveram de sair. Parece que vamos ter de comer frango frito durante algum tempo. — Acho que sim. Como vão as coisas por aí, Nana? Tudo bem? —Melanie preocupava-se com a avó de setenta anos de idade. Não queria que ela trabalhasse demais. — Tudo bem. O irmão de Mike apareceu e me ajudou com as encomenda ...

, e Wendy controla as contas. — Bom. Estou saindo agora. Estarei com você em meia hora. — Venha com calma, querida. Tudo vai bem. A correria da manhã terminou. Melanie desligou o telefone, apanhou a caixa de comida e saiu do prédio. Foi quando descobriu que chovia. E torrencialmente. Como se São Pedro quisesse compensar pela longa seca que tiveram. Claro, seu guarda-chuva se encontrava no carro. Mesmo se o carro estivesse perto, ficaria encharcada antes de chegar lá. Acho que vou tornar meu banho mais cedo do que pensei. Tirou o outro sapato, o que não quebrara, e jogou-o numa lata de lixo ali perto. Correu na direção do carro. Ficou ensopada antes de dar dez passos. Enquanto equilibrava a caixa de comida no braço e abria a porta, ouviu a porta de outro carro bater. — Chegou mais do que na hora — um homem disse. Ele segurava um enorme guarda-chuva preto. Sem dúvida era o dono do Mercedes que ela bloqueara. Muito bem, o Sr. Mercedes parecia furioso. Mas não tinha nas mãos nenhuma arma. Mesmo assim, ela lamentava ter jogado fora seus sapatos. A única arma que possuía agora era uma coxa de frango frito. Ergueu a cabeça. — Desculpe. Está falando comigo? — disse. — Me deve desculpas, pois estou esperando aqui por quase quinze minutos. No lugar de onde venho, pessoas que param em fila dupla arriscam ter os pneus de seu carro despedaçados. — Que linda vizinhança! — ela sussurrou, com ironia. Porém, imaginando que o homem tinha razão de estar irritado, acrescentou: — Desculpe-me, mas é que eu precisava apenas subir por uns minutos. — Uma vez que eu esperei por quinze minutos, isso é mentira, não é? A fúria de Melanie subiu à superfície. Ela já pedira desculpas ao Sr. Mercedes. O que mais queria ele? Um juramento de sangue? — Como já lhe disse, sinto muito. Já vou tirar meu carro daí e irei para casa. Ela entrou no carro, jogou a caixa com a comida no assento do passageiro e sentou-se na direção. Ol ...

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