Livro: Apaixone-se por Mim Página 2

... para o décimo terceiro andar. De forma alguma chegaria atrasada. Impossível. O elevador subiu e ela chegou ao destino em alguns segundos. Sim! Conseguira! Colocou a caixa fora, junto às portas dos escritórios dos advogados Slickert, Cashman, e Rich. Ergueu a mão para tocar a campainha, e gelou. Olhou o relógio da sala de recepção, que podia enxergar através do vidro, e mal acreditou no que viu. Eram sete horas e quarenta minutos. Olhou o próprio relógio: sete e dez. Droga, droga, droga! Bateu com a mão no mostrador. Nem sinal de vida. Seu relógio de pulso estava parado. Como pudera aquilo acontecer? Comprara-o havia apenas um mês. Um presente para os seus vinte e oito anos de idade. E custara duzentos dólares. Duzentos dólares que não poderia perder daquele jeito. Olhou para a caixa de comida e teve vontade de chutá-la longe. Vários jantares, pratos, talheres, tudo enfim para um jantar da Pampered Palate. Jantar de alta classe, enfim. Paladar mimado, não era isso que dizia o nome? Melanie teve vontade de ir embora, de pegar a enorme caixa e abandonar tudo. Mas não poderia. Seu negócio sofreria com isso. Trabalhara duro demais e por muito tempo para arriscar sua reputação com um de seus melhores clientes. Além disso, um faminto Cashman ou um Slickert a ameaçariam com um processo legal. Melanie suspirou fundo e tocou a campainha. Esperou e mentalmente amaldiçoou Mike, seu entregador. Claro, não era culpa de Mike estar doente, mas ter de fazer todas as entregas transformara seu dia num inferno. O dia começara mal desde o amanhecer. O despertador não tocara e ela acordara quarenta minutos atrasada. Não conseguira água quente para o banho e, na pressa, derrubara xampu nos olhos. Queimara os dedos passando a ferro sua blusa e desfiara a meia. Isso tudo antes de chegar ao trabalho uma hora atrasada. Tocou a campainha mais uma vez e bateu na porta de vidro. Um minuto se passou, e nada de resposta. Muito bem. Com certeza haviam desis ...

ido dela e ido embora para casa. E agora, o que fazer? Não poderia deixar a comida no hall. E se não aparecessem mesmo lá para apanhar a caixa? E por que deixar tudo aos ratos? Carregando o enorme pacote foi ao elevador. Ao entrar prendeu o salto de um dos sapatos no trilho da porta. Quebrou o salto e largou o sapato lá. Entrou mancando e apertou o botão para descer. Por que tanta coisa ruim estava acontecendo? Amava os animais e as crianças, e respeitava os idosos. Sempre segurei a porta para as pessoas mais velhas, alimentei gatos abandonados e não roubo no pagamento de impostos. Olhou para seu pé descalço e notou que os dedos apareciam pelo buraco da meia. O elevador, que subira, parou no vigésimo quinto andar, e lá entrou um cavalheiro que também apertou o botão do térreo. Muito bem. Estava cansada demais para conversar. Seus olhos fechavam-se. Mas assim mesmo notou que o homem era alto, e carregava o paletó no braço junto a uma pasta de couro vinho. O terno era cinzento. Melanie sentiu o aroma da colônia. Quem quer que ele fosse, tinha um cheiro delicioso. E ela? Cheirava a frango frito, a salada, e a molho de carne. Christopher Bishop não notara, ao entrar no elevador, que havia outra pessoa lá. Estava exausto. Olhou o relógio. Sete e quarenta e cinco. Era o fim de outro dia de trabalho de quatorze horas. Suspirou. Desde que se unira como sócio a uma firma de contabilidade, seu trabalho se tornara excessivo. Mal podia esperar a hora de voltar a casa, tirar o paletó e a gravata, pegar uma cerveja e relaxar. E comer. Qualquer coisa para comer viria a calhar. De repente, sentiu um aroma. de dar água na boca. Frango frito? Virou-se e notou a moça encostada no fundo do elevador. Tinha os olhos fechados e parecia muito cansada também. Seus cabelos eram avermelhados, a blusa branca, saia preta e. um sapato apenas? Porém as pernas eram lindas, embora os dedos de um pé saíssem por um buraco da meia. As palavras Pampered Palate estava ...

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