Livro: A Mulher Ideal Página 3
Autor - Fonte: Phyllis Halldorson
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ito, tomaria conhecimento do desmaio e pode¬ria ter ficado ao lado dele nesses últimos dias.
Sacudindo a cabeça para afastar os pensamentos deprimentes, perguntou ao irmão:
- Como papai está encarando tudo isso? Ele sabe que a coisa é séria?
- O pior é que ele sabe! - exclamou Ben. - Eu estava com ele quando o Dr. Leo e o chefe do laboratório deram a notícia. Fi¬quei tão chocado que nem me passou pela cabeça pedir para falar a sós com os médicos. Foi papai quem fez as perguntas e os obri¬gou a dizer toda a verdade sobre a moléstia e os prognósticos. Se quer saber, a reação dele foi melhor que a nossa. Ele só pediu pa¬ra chamar um padre. O capelão do hospital ainda estava com pa¬pai quando desci para ficar a sua espera.
Marc receava fazer a próxima pergunta.
- E qual é o prognóstico, Ben? Quanto tempo de vida ainda lhe resta?
- Os médicos trataram o caso com delicadeza e consideração. Disseram que a evolução da doença varia muito de caso para ca¬so. Agora vão lhe fazer uma transfusão de sangue, e se ele reagir bem, vão mandá-lo de volta para casa dentro de uns dois dias.
- Dois dias! - repetiu Marc, achando o prazo muito curto.
- O Dr. Leo me disse que existe uma boa chance da doença regredir após o primeiro surto. Se isso acontecer, ele vai poder até retornar ao trabalho e levar uma vida quase normal. Por outro la¬do, se não houver regressão. - Um soluço interrompeu o relato de Ben, que não pôde prosseguir.
Marc também sentiu um nó na garganta e os olhos marejados de lágrimas. Apertando o braço do irmão com afeto, afastou a ca¬deira e se levantou.
- Creio que o capelão já deve ter terminado. Gostaria de ver papai. Será que ele está preparado para me receber?
- Ele está esperando por você, Marc - disse Ben, também se levantando. Vou aproveitar para dar uma saidinha. Carla já deve ter chegado em casa, e ainda não está sabendo de nada. Achei me¬lhor não afligi-la no trabalho, já que não poder
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a ser útil em nada. Naturalmente, ela vai querer visitar papai, portanto, estaremos aqui depois do jantar. Vejo você logo mais.
Marc saiu do elevador e procurou pelo número do quarto que Ben lhe fornecera. Abriu a porta devagarinho, não querendo acor¬dar Vito, caso ele estivesse dormindo.
No quarto havia duas camas, uma delas vazia. Na outra, par¬cialmente erguida, viu a figura do pai, com a vestimenta verde-clara do hospital. Vito estava de olhos fechados, coberto até a cin¬tura por um lençol e um cobertor.
Marc fechou a porta com cuidado e se aproximou da cama pé ante pé.
Ben tinha razão. O pai havia emagrecido a olhos vistos e um amarelão tingia a face macerada. O cabelos negros e a barbi¬cha estavam mais grisalhos do que da última vez que Marc o vira. Ele parecia bem mais velho e vulnerável.
Marc pestanejou. Vulnerável? O pai? Jamais! Vito era uma ro¬cha, o alicerce que sustentava a família e sobre o qual também se apoiavam os negócios. Era o provedor, o ombro amigo, o esteio, o homem com quem todos contavam para resolver os problemas da forma mais correta.
Papá era indestrutível.
Um som rouco subiu pela garganta de Marc, e Vito se remexeu na cama, abrindo os olhos. Piscou várias vezes, como se tivesse dificuldade de focalizar a imagem do filho, e com vagar estendeu os braços para Marc, que se inclinou e abraçou-o.
Quando se afastaram um do outro, Marc sentou-se na beira da cama, sem saber o que dizer, mas foi Vito quem falou primeiro.
- Marco, você deveria ter ficado em Duluth para se assegurar de que o novo supermercado estará pronto para a abertura. Ele havia falado com voz áspera, mas seu rosto estava iluminado de satisfação por rever o primogênito.
- É claro que deveria, disse Marc, tentando ser casual, mas eu queria muito ver você, paizão. Sua voz estava embarga¬da, e ele procurou pelo lenço no bolso e assoou o nariz, tática que lhe daria tempo de retomar o autocontrole.
- Ah, Marco, você andou ouvindo as ...
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Comentários:
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Raymunda : Bonita história..
Resa Mello: História tranquila e boa.06/21 ***.
Irene: A leitura é mais ou menos..
Bruna: Perfeito 30/07/2018.
Lila: Bom de ler, mas é um romance simples..
Mary Santos: Muito lindo amei eles são simplesmente demais .
jo: bom....
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