Livro: Paraíso amargo
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... Madrona Island Elizabeth Graham Sabrina Nº 169 Uma vez, sete anos atrás, Kelsey Roberts tinha destruído a vida de Lee. Seduzida e abandonada em seguida, grávida e sem família, ela viveu um inferno de ódio e amargura até recompor a sua vida. E agora tinha chegado a hora de ajustar contas. Para pôr em prática seu plano de vingança, Lee aceitou passar uma semana na pequena ilha que Kelsey possuía no litoral do Canadá. Mas, a sós com ele naquele pedaço de paraíso banhado por águas azuis e cristalinas, Lee sentiu-se novamente apaixonada. E agora? Como fazê-lo sofrer, se isso destruiria a sua alma também, perdida de amor por ele? Digitalização: Zaira Machado Revisão: Cris Paiva Copyright: ELIZABETH GRAHAM Título original: "MADRONA 1SLAND" Publicado originalmente em 1981 pela Mills & Boon Ltd., Londres, Inglaterra Tradução: DULCE DE ANDRADE Copyright para a língua portuguesa: 1981 ABRIL S.A. CULTURAL E INDUSTRIAL — São Paulo Composto e impresso em oficinas próprias Foto da capa: THREE LIONS CAPITULO Um dedo, com unha pintada de esmalte cor-de-rosa, apertou o botão do intercomunicador, e a voz da secretária, ligeiramente mais ofegante que o normal, encheu a sala: — Um chamado para a senhora, sra. Whitney, na linha um. O sr. Kelsey Roberts. Durante um rápido segundo, o dedo apertou com mais força o botão, antes que uma voz fria dissesse, com sua calma habitual: — Diga ao sr. Roberts que estou em conferência, agora, que ele faça o favor de deixar o recado. — Mas ele. — Ruth protestou, o que não era normal nela. — O sr. Roberts tem de partir para Seattle, dentro de poucos minutos. — Isso é problema dele, não meu — foi a resposta fria. — Pode lhe dizer que, se ele quiser me escrever de Seattle, eu terei muito prazer em responder às suas cartas. Lee Whitney desligou o intercomunicador e virou-se para Maitland Frasier, que estava sentado do outro lado da escrivaninha d ...

ébano, completamente à vontade. No entanto, por um ou dois segundos, não foi o rosto rosado e bem-cuidado dele que Lee viu, mas as feições masculinas e de pele bronzeada do homem que tinha acabado de dispensar pelo telefone, de um modo tão sumário. Será que Kelsey Roberts ainda conservava aquele ar de ave de rapina, dado por seus malares salientes, as bochechas, encovadas e o queixo firme e bem-feito? Ou seu corpo atlético e rijo já havia adquirido aquela aparência mais cheia, que geralmente a prosperidade dá? — Não faria mal nenhum conversar com ele — Maitland comentou, fixando seus olhos azuis nos de Lee, que eram de um castanho vivo e vibrante. — Pode ser que ele concorde em pagar um bom preço pela companhia de rebocadores que, como você sabe muito bem, atualmente é a parte menos importante de nossos negócios. Maitland tinha razão. A Whitney Empreendimentos havia percorrido um longo caminho, desde os tempos em que era a principal fornecedora de rebocadores das docas de São Francisco. Agora, seus negócios compreendiam várias áreas: produtos importados do oriente; acondicionamento e transporte de sucos de laranja e limão; uma cadeia de supermercados, construídos nas áreas mais pobres do estado, onde os preços eram mantidos num nível razoável e os produtos oferecidos sempre frescos e bem embalados; fazendas recentemente adquiridas; interesses em bancos mercantis, e até mesmo a exploração dos Vinhedos Gappozzi, que tinham sido comprados depois da morte do último membro masculino da família. Sob o hábil comando de Lee, a Whitney Empreendimentos tinha adquirido proporções que Fletcher Whitney, seu falecido marido, nunca sonhara! Lee suspirou, pensando na extensão das propriedades da companhia. Fletcher nunca teria tomado as decisões arriscadas que ela tomara, depois de sua morte, há cinco anos. E também por que ele as tomaria?, ela se perguntou silenciosamente, sentindo os olhos se encherem de lágrimas, ao lembrar do ...

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