Livro: O Homem do Terno Marrom
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Autor - Fonte: Agatha Christie
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Agatha Christie
Círculo do Livro S.A.
Edição integral
Título do original: "The man in the brown suit"
Copyright © 1924 by Dodd, Mead & Co., Inc.
Copyright © 1952 revewed by Agatha Christie Mallowan
Tradução: Maria Antonietta Brand Corrêa
Prólogo
Nadina, a bailarina russa que tomara Paris de assalto,
inclinava-se ora para um lado ora para o outro, ao som dos
aplausos. Os negros olhos oblíquos pareciam estreitas frestas a
acompanhar a linha dos lábios rubros, curvados num meio
sorriso. Franceses entusiastas continuavam a bater com os pés
no soalho, em sinal de aprovação, enquanto a cortina, ao fecharse
com um som sibilante, ocultava o bizarro décor colorido de
vermelho, azul e carmesim. Envolta num turbilhão de gazes
azuis e cor de laranja, a dançarina retirou-se do palco. Um
senhor de barba recebeu-a nos braços. Era o empresário.
— Magnífico, petite, magnífico — exclamou. — Esta noite,
você superou a si mesma. — Beijou-a com galanteria, em ambas
as faces.
Habituada a elogios, Mme Nadina aceitou o tributo, sem
constrangimento, e seguiu para o camarim. Aí se viam, por toda
parte, ramos de flores amontoados descuidadamente e vestidos
maravilhosos confeccionados em tecidos com desenhos
futuristas. O odor das flores em abundância e os perfumes e
essências sofisticados misturavam-se à atmosfera morna,
tornando-a levemente adocicada. Jeanne, a camareira, atendia a
jovem, tagarelando sem parar, numa torrente de elogios
fastidiosos.
O dilúvio de palavras que lhe escorria dos lábios foi
interrompido por uma leve batida na porta. Jeanne abriu-a,
voltando com um cartão de visita.
— A senhora recebe?
— Quero saber quem é.
Languidamente, a bailarina estendeu o braço, mas, ao
ler o nome — Conde Sergius Paulovitch —, rápida centelha
perpassou-lhe pelo olhar.
— Diga-lhe que entre. Depressa, Jeanne, o penhoar amareloclaro.
Quando o conde entrar, você pode retirar-se.
— Bien, madame.
Sorrindo
...
para si mesma, Nadina vestiu o penhoar — uma
coisinha original, feita de chiffon amarelo ornado de arminho.
Instantes depois, dedos longos, muito brancos, tamborilavam
suavemente no espelho do toucador.
O visitante era de estatura mediana, talhe esbelto, elegante; o
rosto pálido aparentava extrema fadiga. Os traços fisionômicos
não despertavam a atenção; seria mais fácil reconhecê-lo pelo
tratamento cortês, um tanto exagerado, que costumava dispensar
às pessoas. O conde curvou-se para beijar a mão da bailarina,
pois bem avaliava o valor do privilégio que lhe era concedido.
— Senhora, é um grande prazer.
Ao fechar a porta atrás de si, Jeanne ainda teve tempo de
ouvir a frase. Tão logo se viu a sós com o jovem, o sorriso de
Nadina transformou-se.
— Creio que, embora sejamos compatriotas, não vamos falar
russo — observou.
— Será como quiser, visto não conhecermos uma única
palavra desse idioma — concordou o moço.
Feita a combinação, continuaram a exprimir-se em inglês.
Agora que o conde abandonara os maneirismos, ninguém teria
dúvidas sobre o seu país de origem. De fato, começara a vida
como artista nos teatros de variedades de Londres. Era exímio
em mudar rapidamente de trajes e de caracterização.
— Esta noite você fez um verdadeiro sucesso — observou.
— Minhas felicitações.
— No entanto — disse Nadina —, estou preocupada. Não
me sinto em situação segura. A suspeita perdura desde a guerra.
Sei que me espreitam, que sou continuamente vigiada.
— Já a acusaram de espionagem?
— Nosso chefe está tramando para que isso venha a
acontecer.
— Muitos anos de vida ao "Coronel" — disse o conde,
sorrindo. — A notícia de que pretende aposentar-se é
simplesmente espantosa, não acha? Aposentar-se! Como um
simples médico, açougueiro ou encanador.
— Ou como qualquer comerciante — terminou Nadina. —
Não nos surpreenderia. É o que sempre foi: um excelente
comerciant ...
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