Livro: Além do destino Página 3
Autor - Fonte: Kristie Knight
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deriam? E Samuel o perdoaria, nas ilusões dos quinze anos, por não usar a arma?
Sofria mais ao pensar nas pessoas que amava; a dor deles se misturaria com perplexidade, humilhação e tristeza.
A dez passos, Justin voltou-se. Mal conseguia divisar o vulto de Peter. Se ele errasse, talvez seu senso de honra ficasse satisfeito. Essa era a única esperança.
Nesse momento, tudo ficou confuso. Justin nem sequer ergueu a pistola, no entanto soaram dois tiros. Ele sentiu a bala zunir junto de seu rosto e Peter caiu, primeiro sobre os joelhos, depois de cara no chão. Largando a arma, Justin correu para junto do amigo, atordoado. Ajoelhou-se ao lado dele, voltou-o com delicadeza, apoiando-lhe a cabeça em seu colo e viu uma mancha de sangue espalhar-se em seu peito.
— Peter, fale comigo! — implorou, tentando conter o sangue com a mão.
Os olhos de Peter abriram-se com dificuldade.
— Justin. perdoe-me. Seu rosto. está machucado. — Ele tentou sorrir. — Tem sorte. meu tiro só pegou. de raspão. Por que você não. Quem atirou em mim?
— Não sei, mas vou descobrir!
Justin sentia o rosto ferido, mas não se importava. Olhou ao redor. Henry Wardlaw permanecia imóvel, apenas o contorno de seu corpo visível na neblina.
— Henry, quem atirou em Peter? — perguntou Justin. Henry aproximou-se e encarou-o:
— Quem? Apenas nós três estamos aqui e você pergunta quem atirou nele?
— Eu não atirei, Henry!
Com um choque, Justin lembrou-se de Samuel. Seu irmão dera o tiro que matara Peter. Se insistisse e mostrasse sua pistola intata, Samuel seria acusado do crime e não podia deixar que ele fosse enforcado por defendê-lo. Abaixou a cabeça, derrotado, a carga nos
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CAPÍTULO I
Thalia Freemont, montada em sua égua Guinevere, observava o campo de algodão. Flocos alvos destacavam-se no verde-escuro dos algodoeiros recortados contra o céu de um profundo azul. A brisa do mar sussurrava entre as folhas.
Viu Adam Wo
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dsley, administrador da fazenda Misty Glade, vindo em sua direção e acenou-lhe. Era a única pessoa de quem ela aceitava observações.
— Bom dia! — gritou, acenando de novo.
— Calma, pequeno furacão! — resmungou ele, aproximando-se.
— Pobre do homem que se casar com ela!
Ela riu, sabendo que ele falava por causa de sua dedicação à fazenda e porque adorava cavalgar. Fingiu não ter ouvido:
— Lindo dia, não, Woodsley?
Adam olhou o céu, empurrou o chapéu para trás, expondo os cabelos avermelhados com sombras de prata e passou a mão pela testa:
— Srta. Thalia, esta é a plantação de algodão mais linda que já vi. Meu pai e o seu ficariam orgulhosos de nós.
Thalia ficou séria. Seu pai morrera há pouco menos de dois anos e ela mal o conhecera. Sua mãe, Bethel Freemont, morrera ao dar-lhe a luz e o pai jamais a perdoara; logo depois do funeral, dera-a para sua irmã, Molly Bishop, e o marido, Martin, que não tinham filhos. Crescera na fazenda Sea Mist; a tia lhe ensinara a costurar e a dirigir uma casa, o tio a ensinara a dirigir uma fazenda. Ambos haviam encorajado seu gosto pela fazenda e a tinham tornado independente. Nenhum dos dois pensara em torná-la uma delicada dama, como tia Molly, respeitando sua natureza audaciosa e inquieta.
— Você é o melhor administrador da ilha de Edisto, Woodsley — disse ela, com um sorriso. — Talvez o melhor da Carolina do Sul.
Adam Woodsley riu, os olhos azuis cheios de energia e entusiasmo:
— Bem, se a senhorita nunca mentiu, agora chegou perto! — disse, modesto.
Desde que chegara à fazenda Misty Glade, ela tivera certeza que Adam Woodsley seria seu amigo e que poderia falar com ele sem medo. Não que o administrador a poupasse quando estava errada, mas sempre que a corrigia, fazia-o com gentileza e amizade.
— Woodsley. — começou.
— Acho que pode me chamar de Adam. Afinal, sou seu empregado — interrompeu-a ele.
— O senhor sabe que uma dama não deve tratar um hom ...
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Comentários:
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LUCIA MATOS: LINDA ESTÓRIA DO COMEÇO AO FIM VALE APENA LER RECOMENDO..
Dani Ornellas: Perfeito!!!.
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